Eu, pintora: Élisabeth Vigée-Lebrun

13 04 2016

 

 

selfportAuto-retrato com chapéu de palha, depois de 1782

Élisabeth-Louise Vigée-Lebrun (França, 1755-1842)

óleo sobre tela, 98 x 70 cm

National Gallery, Londres





Imagem de leitura — círculo de Vigée-Le Brun

10 10 2015

 

 

Countess Potocka – 1776, oil on canvas,101.6 x 76.2 cm Portrait of a lady reading, unsigned. school of Vigée Le Brun.Retrato de mulher lendo, 1776

[Retrato de Zofia Potocka?]

círculo de Élisabeth Vigée-Le Brun

óleo sobre tela, 101 x 66 cm





Auto-retrato, dia 1 do desafio de escrita #PHpoemaday

1 06 2014

 

 

self-portrait_in_a_Straw_Hat_by_Elisabeth-Louise_Vigée-LebrunAuto-retrato com chapéu de palha, depois de 1782

Elisabeth Vigée-Lebrun (França, 1755-1842)

óleo sobre tela, 97 x 70 cm

National Galllery of Art, Londres

 

Descompasso: a imagem do espelho não é a que sinto cá dentro. Não que seja outra, mas assim, cara a cara, somos só duas. Onde estão as outras? Trago em mim todas as mulheres que sou e que já fui. E a semente das que serei no futuro.

Rebelde era o rótulo familiar da auto-afirmação. Hoje, em caminho próprio, já não pareço indócil. Ao contrário. Poucos percebem na maneira afável e no sorriso largo, a robusta determinação de que sou feita. Auto-contida, satisfaço-me comigo mesma por um longo tempo. Sou impaciente, mas aprendi a me controlar. Só os íntimos conhecem os sinais da ansiedade, companheira das madrugadas insones.

Os cabelos louro-escuro e revoltos, companheiros de infância, continuam a desafiar restrições; os olhos azul-acinzentados, facetados como um caleidoscópio, ainda são míopes. O riso fácil não cascateia mais com tanta freqüência. Não sou sentimental e não gosto de me expor. Sou reservada, até comigo mesma. Há uma esfinge que me questiona no auto-retrato, ainda preciso adivinhar o seu enigma.

 

©LadyceWest, Rio de Janeiro, 2014

DIA 1 — Autoretrato