Curiosidade literária

31 07 2023

Saguão de entrada de hotel, 1943

Edward Hopper (EUA,1882-1967)

óleo sobre tela, 81 x 103 cm

Museu de Arte de Indianápolis

 

 

 

O dramaturgo americano Eugene O’Neill, (1888-1953), recipiente do Prêmio Nobel de Literatura em 1936, recebido em 1937 e diversos Prêmios Pulitzer, nasceu em um quarto de hotel, The Barrett House, na esquina de Broadway com rua 43, em Times Square,  Nova York.  Na época Times Square chamava-se Longacre Square.  Filho do imigrante irlandês James O’Neill, ator, e Mary Ellen Quinlan, americana de origem irlandesa, Eugene se familiarizou com o teatro desde cedo.  Uma das muitas curiosidades a seu respeito tem a ver exatamente com a coincidência de seu nascimento e morte. Eugene O’Neil faleceu em 1953, também num quarto de hotel, desta vez no Sheraton Hotel, em Boston (hoje Kilachand Hall no campus da Boston University) na Bay State Road.  Ficou conhecido por suas últimas palavras demonstrando sua incredulidade: “Eu sabia.  Eu sabia.  Nascido em um quarto de hotel e morto em um quarto de hotel!”  

 





Curiosidade literária

24 07 2023

Primeira fila orquestra, 1951

Edward Hopper (EUA, 1882-1965)

óleo sobre tela, 79 x 101 cm

Hirshhorn Museum and Sculpture Garden,

Washington DC

 

 

O escritor russo Boris Pasternak, autor do livro Doutor Zhivago, foi o primeiro escritor a recusar o Prêmio Nobel para Literatura.  Ele ganhou o prêmio em 1958 por conseguir, em linguagem poética contemporânea, dar continuidade à tradição épica da literatura russa.  A princípio, ele aceitou o prêmio, mas, pressionado pelo governo soviético, acabou recusando-o com medo que prendessem a ele e sua família.  Foi só trinta e um anos mais tarde, em 1989 que o filho de Pasternak foi à Suécia receber o prêmio por seu pai.

 





Em casa: Edward Hopper

5 03 2023

Sala em Nova York, 1932

Edward Hopper (EUA, 1882-1967)

óleo sobre tela, 73 x 91 cm

Sheldon Museum of Art, University of Nebraska

 





Em casa: Edward Hopper

18 10 2020

Manhã em Cape Cod, 1950

Edward Hopper (EUA, 1882-1967)

óleo sobre tela, 86 x 102 cm

American Art Museum, Washington DC





Olhando para Hopper

14 12 2019

 

 

 

people-in-the-sunPessoas no sol [Banho de sol], 1960

Edward  Hopper (EUA, 1882-1967)

Óleo sobre tela, 102 x 153 cm

National Museum of American Art, DC

 

 

“Certa vez, escrevi uma série de sonetos spencerianos tentando contar as histórias baseadas nas pinturas de Hopper. Tristes e sórdidas histórias todas elas, de pessoas patéticas, solitárias e infelizes, marginalizadas, bêbados e pedófilos, mas acabei por rasgar os sonetos e jogá-los no lixo. Os poemas sobre pinturas são pretensiosos, não importa o quanto você os burile. Ainda assim, um quadro de Hopper fazia doer lugares desconhecidos dentro de mim. Lugares onde eu era suscetível ao toque, porque as pessoas de Hopper são, também, pessoas solitárias. Só de olhar para elas você pode dizer que não são amadas e, independentemente do número de figuras no quadro, cada uma delas é um ser solitário. Como se existissem numa caixa invisível que não pode ser penetrada pelo amor, ou pelo toque. Dentro de si mesmas, elas estão entorpecidas e sem esperança.”

 

Em: Poesia pura, Binnie Kirshenbaum, Rio de Janeiro, Record: 2002, tradução de Lourdes Menegale, página 35.





Imagem de leitura — Edward Hopper

20 10 2017

 

 

EdwardHopper -- The Barber Shop, 1931Barbeiro, 1931

Edward Hopper (EUA, 1882-1967)

óleo sobre tela, 152 x 198 cm

Coleção Particular





Paródias da arte no espírito natalino!

15 12 2014

 

91JO7d6rhCL._SX425_Cartão de Natal.

CRI_147112Dança (I), 1909

Henri Matisse (França, 1869-1954)

óleo sobre tela, 259 x 390 cm

MOMA [Museu de Arte Moderna] Nova York

 

Há uma segunda versão dessa obra, no Hermitage na Rússia.

 

91FYUv7+3zL._SX450_Cartão de Natal.

chop-suey-1929Chop Suey, 1929

Edward Hopper (EUA, 1882-1969)

óleo sobre tela, 96 x 81 cm

Coleção Particular

912lQnNAOfL._SX450_Cartão de Natal.

1024px-Great_Wave_off_Kanagawa2A grande onda de Kanagawa, c. 1830

Katsushica Hokusai (Japão, 1760-1849)

Xilogravura policromada,  25 x 37 cm

 

Donnalyn-parody2Cartão de Natal.

 

1280px-Van_Gogh_-_Starry_Night_-_Google_Art_Project Noite estrelada, junho de 1889

Vincent van Gogh (Holanda, 1853-1890)

óleo sobre tela, 73 x 92 cm

MOMA [Museu de Arte Moderna] Nova York

 

343380_5c06_625x1000Cartão de Natal

 

 

wtrpitchMulher com jarra d’água, 1665

Johannes Vermeer (Holanda, 1632-1675)

óleo sobre tela, 45 x 4o cm

Metropolitan Museum of Art, Nova York

 

46e82191ba8c9b5173452502510589f2Cartão de Natal.

 

Ren? Magritte, The Son of Man, 1964, Restored by Shimon D. Yanowitz, 2009  øðä îàâøéè, áðå ùì àãí, 1964, øñèåøöéä ò"é ùîòåï éðåáéõ, 2009O filho do homem, 1964

René Magritte (Bélgica, 1898-1967) )

óleo sobre tela, 116 x 89 cm

Coleção Particular

 

3b42789206b574ee2124bf9d966c501fCartão de Natal.

 

hand-with-reflecting-sphereMão com esfera refletora, 1935

M. C. Escher (Holanda, 1898-1972)

Litografia, 31 x 21 cm





A memória, desafio # Poemaday dia 2

2 12 2014

 

 

1954.031Sol da manhã, 1952
Edward Hopper (EUA, 1882-1967)
Óleo sobre tela
Columbus Museum of Art, Oh, EUA

 

Memória

 

Ladyce West

 

A memória te data,
Te mata,
Retrata
No passado
Sempre presente.
A memória,
Pingente fluido
Da mente.
Enevoada,
Idealizada.
Mente.

 

©Ladyce West, Rio de Janeiro, 2014





Harry Quebert, um suspense multifacetado

20 06 2014

 

 

9659Retrato de Orleans, 1950

Edward Hopper (EUA, 1882-1967)

óleo sobre tela, 66 x 101 cm

Museu de Belas Artes de San Francisco

 

Semana de férias. Nada melhor do que um livro de suspense! Apesar de recomendado por quase toda a imprensa internacional, comecei a leitura desconfiada: não é fácil para um autor prender minha atenção por 570 páginas. Em geral, um bom livro, uma boa trama, não precisa de tantas horas da minha atenção. Mas neste caso, valeu a pena!

O mais surpreendente em A verdade sobre o caso Harry Quebert são os diversos níveis de tramas, de segredos e de suspense que, por causa da constância com que aparecem e reaparecem na narrativa, deixam o leitor descobrir novidades até a última página. Todos os detalhes são importantes na narrativa. Até mesmo aqueles que nos parecem parte do pano de fundo. Um mestre, o autor suíço, Joel Dicker, usa uma grande variedade de gêneros de texto: epistolar, narrativa, entrevistas, descrições, relatórios, trechos de romances, tudo bem dosado, para desenvolver uma trama complexa e fascinante.

 

A_VERDADE_SOBRE_O_CASO_HARRY_QUEBERT_1397667963P

A história, que começa simples e quase clichê, com um escritor de sucesso que se encontra sem escrever vendo os meses passarem e nenhuma ideia se firmar para o próximo romance contratado pela editora, logo logo prende a atenção e deixa de lado qualquer dúvida sobre a qualidade da trama.  Torna-se um romance policial, um romance de suspense,  de grande intensidade.  Com o narrador Marcus Goldman vamos e voltamos no tempo na tentativa de solucionar um crime acontecido mais de 30 anos atrás; acompanhamos seu esforço para salvar seu único amigo da cadeia e ainda testemunhamos sua tentativa de dar a volta por cima na própria carreira literária, que se encontra prestes a desabar. Aos poucos a leitura que já tem um grande ritmo desde o início, começa a pegar velocidade e é tão repleta de reviravoltas, de pistas que levam a lugar nenhum, surpresas inconcebíveis que o que resta ao leitor é, simplesmente, se entregar à manipulação do autor e deixar o texto correr pela montanha russa de altos e baixo das aventuras apresentadas. Totalmente cativante.

 

joel dickerJoël Dicker

Este é um thriller.  Um romance de mistério, uma história de suspense escrita por um jovem advogado, que faz desse texto um mostruário de suas muitas habilidades.  Se continuar assim teremos no futuro thrillers e suspenses de qualidade invejável. Excelente entretenimento.