Curiosidade literária

22 08 2022

Notícias de hoje

Nick Botting (Inglaterra, 1963)

óleo sobre tela

Quando Laurence Sterne, autor do clássico Tristram Shandy, morreu em 1768, seu corpo foi surrupiado depois do enterro, por ladrões que o venderam para aula de anatomia. O corpo foi parar na Universidade de Cambridge, onde o professor cirurgião reconheceu o rosto de Sterne e mandou que o corpo fosse enterrado em lugar seguro, em Coxwold.





Curiosidade literária

15 08 2022

Mulher azul com livro

Alphonse Fritzner (Haiti, 1938-2006)

óleo sobre tela

Cormac McCarthy escreveu seus livros, artigos, ensaios na mesma máquina de escrever por mais de cinquenta anos.  Quando a máquina finalmente estragou, levou-a a leilão para levantar fundos para o Instituto Santa Fé, no Estado do Novo México.  A máquina foi vendida por US$ 250,000 [duzentos e cinquenta mil dólares] em 2009. O Instituto é uma organização sem lucro, dedicada à pesquisa de sistemas complexos.





Curiosidade literária

8 08 2022

Seu livro vermelho de Ralph Miliband, 2017

Andre Mulard (GB, contemporâneo)

Óleo sobre madeira, 25 x 30 cm

Émile Zola, escritor francês, autor dos vinte romances que fazem a coleção Os Rougon-Macquart (Les Rougon-Macquart) além de outras obras, morreu em 1902, envenenado por monóxido de carbono, porque a chaminé da casa se encontrava bloqueada por falta de manutenção.  Mas até hoje há dúvidas sobre esse acontecimento.  A questão é:  teria sido acidente ou assassinato por aqueles que não gostavam de seu apoio a Alfred Dreyfus? Até hoje não se chegou a qualquer conclusão que satisfaça ambas teorias.





Curiosidade literária

25 07 2022

Mulher lendo na costa

Albert Claes Thobois (Bélgica, 1883-1945)

Yasunari Kawabata levou doze anos para completar a obra prima, O país das neves.  Seu maior problema era o final.  Tinha mais de uma dúzia de possíveis conclusões.  Mas toda sua preocupação acabou lhe valendo muito pois acabou o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1968.





Curiosidade literária

18 07 2022

Jovem lendo

Ernest Anders (Alemanha, 1845-1911)

óleo sobre madeira, 33 x 26 cm

O maior nome da literatura irlandesa moderna, James Joyce, não conseguiu viver no seu país de origem, por discordar do conservadorismo social e do domínio da religião sobre todos aspectos da vida,  Sua dificuldade com a cultura irlandesa está bem descrita em Retrato do artista quando jovem.  Depois de 1912, quando emigrou para a Europa continental, sobreviveu dando aulas de inglês, mas nunca mais voltou à Irlanda.  Em Paris, encontrava-se rodeado por Marcel Proust, Ernest Hemingway, Samuel Beckett, Ezra Pound, TS Eliot and WB Yeats, mas frequentemente deixava a companhia deles para procurar viajantes vindos de Dublin.  Queria se familiarizar com os nomes das mais recentes lojas e tavernas entre a Rua Amiens e a Coluna de Nelson, na rua O’Connell, para poder colocá-las em suas obras.

 





Curiosidade literária

11 07 2022

 

Moça lendo, 2008

Diana Huijts (Holanda, 1954)

gravura em linóleo, 30 x 40 cm

 

 

Quando o escritor Umberto Eco visitou Paris pela primeira vez, era estudante de história medieval  na Universidade de Turim.  Na época ele não conseguia pensar em mais nada que não fosse seu campo de estudos.  Para aprofundá-lo, obrigou-se a andar a pé e só pelas poucas ruas cuja arquitetura havia resistido à grande reforma de Haussmann (1852-1870) pelo embelezamento estético e político de Paris, quando dezenas e dezenas de ruas e construções medievais foram demolidas.





Curiosidade literária

4 07 2022

Leitura, c. 1888

Georges Lemmen (Bélgica, 1865-1916)

óleo sobre placa, 30 x 38 cm

Stephen Crane escreveu a maior obra sobre a Guerra Civil americana quando lançou O emblema vermelho da coragem.  Quando lhe perguntaram como conseguira descrever tão bem, com tanta acuidade cenas de batalha,  tendo nascido cinco anos após o término da guerra, respondeu que tudo que precisou saber, aprendeu observando jogos de futebol americano.





Curiosidade literária

27 06 2022

Menina lendo

Vsevolod Chistiakov (Russia, contemporâneo)

óleo em tela de linho, 40 x 30 cm

Quando saiu da Rússia, fugindo da revolução bolchevique, Vladmir Nabokov deixou para trás também o luxo e a fortuna da família.  Teve que trabalhar para viver tanto na Europa quanto nos Estados Unidos para onde emigrou mais tarde. Nabokov dava aulas particulares e também ensinava tênis.   Ensinou por uma década, em tempo integral, na Universidade de Cornell, em Ithaca, Nova York.  Mas, mesmo, tendo nesse período obtido respeito da crítica, só veio a ter sucesso comercial em 1958, aos sessenta anos, quando publicou Lolita.  Nesta ocasião parou de trabalhar para outros e se dedicou à escrita pelo ano seguinte.





Curiosidade literária

20 06 2022

Senhora sentada lendo, década 1930

Roland Wakelin (Nova Zelândia-Austrália, 1887-1971)

óleo sobre madeira

John Steinbeck disse a um amigo que seu cachorro comeu seu primeiro manuscrito, Ratos e homens (1937).  Ficou agradecido porque não só estava só pela metade, como descobriu que a obra necessitava de enormes revisões.







Curiosidade literária

13 06 2022

Hora tranquila, 1885

Vittorio Matteo Corcos (Itália, 1859-1933)

óleo sobre tela

 

 

James Joyce gostava imensamente das peças de teatro do norueguês Henrik Ibsen.  Por isso queria mandar uma carta dizendo o quanto admirava o dramaturgo.  Não teve dúvida, foi aprender norueguês básico para poder lhe escrever.  Joyce era fluente em diversas línguas: francês, italiano e alemão. Sabia latim.  E chegou a usar no seu  romance Finnegans Wake palavras em inglês arcaico, provençal, e swahili.