Adolphe Monet no jardim de Le Coteau em Sainte-Adresse, 1867
Claude Monet (França, 1840-1926)
Óleo sobre tela, 82 x 100 cm
Adolphe Monet no jardim de Le Coteau em Sainte-Adresse, 1867
Claude Monet (França, 1840-1926)
Óleo sobre tela, 82 x 100 cm
Meditação, Mme Monet no canapé, 1871
Claude Monet (França, 1840-1926)
óleo sobre tela, 42 x 74 cm
Musée d’Orsay, Paris
Impressão, nascer do sol, 1872
Claude Monet (França, 1840-1926)
óleo sobre tela, 48 x 63 cm
Museu Marmottan Monet, Paris
A grande surpresa da semana foi saber a hora precisa em que Claude Monet pintou o quadro que deu o nome ao movimento artístico mais popular do final do século XIX: o impressionismo. É fato conhecido que, o responsável pelo batismo do movimento que surgia, foi o crítico de arte Louis Leroy. Sua reação negativa à obra, no jornal satírico Le Charivari, quando comentava a arte mostrada no Salão dos Independentes de 1874, se utilizava do título do quadro de Claude Monet, reproduzido acima, com a intenção de debochar do que estava sendo exposto. De nada adiantou a crítica de Leroy, pois o movimento que se iniciava, ainda sem proposta clara e sem destino previsível, tornou-se o mais popular entre os amantes da arte nas gerações seguintes.
O impressionismo continua até hoje a maneira de pintar que mais consegue novos adeptos, quer apreciadores da arte, quer pintores amadores ou profissionais. Prova do interesse sobre os impressionistas pode ser obtida na preocupação do físico Donald Olson, da Universidade do Estado do Texas, em São Marcos, que não só descobriu o lugar preciso de onde Monet havia pintado a cena acima [da janela de seu hotel no Le Havre], como observando e estudando centenas de fotografias e mapas, comparando-as com a imagem representada por Monet, e ajustando matematicamente suas contas, levando em consideração, inclusive, as horas de distanciamento de Le Havre do meridiano de Greenwich, conseguiu precisar a localização de Monet e a hora em que o sol estava como na tela: 15 de novembro de 1872, à 7: 35 da manhã.
Para saber o processo pelo qual o Prof. Olson chegou a essa conclusão é uma boa ideia ler o texto do artigo: Physicist puts time on timeless Monet painting, no Los Angeles Times, de 3 de Setembro de 2014.
Senhora com parassol, 1875
[Retrato de Camille Doncieux Monet,
esposa do pintor]
Claude Monet (França 1840-1926)
Óleo sobre tela — 119 x 100 cm
National Gallery of Washington, EUA
Acaba de ser lançado nos EUA o livro de Ruth Butler, Hidden in the Shadow of the Master: the model wives of Cézanne, Monet and Rodin [Escondidas na sombra do mestre: a esposas-modelo de Cézanne, Monet e Rodin]. Yale Univ. Press:2008. Tudo indica ser um livro muito interessante porque se propões a detalhar a vida das companheiras deste famosos artistas plásticos; mulheres, cujos rostos, expressões faciais e corporais o mundo conhece tão bem, através dos trabalhos de seus respectivos maridos. O público freqüentador de museus fica freqüentemente intrigado, esperando que a representação destas senhoras possa revelar as personalidades, que nos são elusivas, quando apreciamos as obras de arte em que elas aparecerem.
Primavera: jovem com chapéu de palha, circa 1865
[retrato de Rose Beuret-Rodin, esposa do escultor]
Auguste Rodin (França 1840-1915)
Bronze
As heroínas são Hortense Fiquet esposa de Paul Cezanne, Camille Doncieux, primeira mulher de Claude Monet e Rose Beuret, com que Auguste Rodin se casa duas semanas antes da morte dela e 50 anos depois do primeiro encontro entre os dois. Essas três mulheres, vindas de famílias modestas, foram escolhidas por cada um desses artistas para modelos. Elas três passaram a viver com estes homens, que lhes deram filhos bastardos até que cada um por sua vez se casou com elas (Rodin é o único que não reconhece o filho Auguste Beuret, nascido dois anos depois do escultor estabelecer residência com Rose Beuret). Juntos cada casal passou pelos anos de dificuldades financeiras que precedem o sucesso e a fama. Todas estas mulheres têm suas imagens conhecidas do público e, no entanto, estão entre os personagens mais elusivos da história da arte.
Madame Cézanne com saia de listras, 1877
[retrato de Hortense Fiquet-Cézanne, esposa do pintor]
Paul Cézanne (França 1839-1906)
óleo sobre tela, 73 x 56 cm
Museu de Belas Artes de Boston, EUA
A autora defende que “estas mulheres não eram simplesmente modelos; elas trouxeram com elas um grande leque de emoções dando ao trabalho de seus companheiros substância emocional e textura que foram elementos que em muito contribuíram para o trabalho que os levou ao reconhecimento profissional.”
Um livro com uma tese interessante que há muito faltava na compreensão de uma época assim como na compreensão do papel da mulher no final do século XIX, para não dizer no entendimento de como estas personalidades artísticas conseguiram ter uma vida que se assemelhasse a uma vida dentro dos parâmetros considerados mais ou menos comuns da época.
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25/2/2009 – adiciono este quadro de Maurício de Sousa
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Monica com sombrinha, 1991
Maurício de Sousa (Brasil)
Acrílica sobre tela, 127 cm x 107 cm
Instituto Ricardo Brennand, PE
Você hoje:
1 compra um metro de fita para embrulhar um belo presente?
2 corre oitocentos metros para perder alguns quilos?
3 compra uma caixa de leite LONGA VIDA de um litro?
Usar estas medidas baseadas no sistema métrico é uma conseqüência, na sua vida diária, da Revolução Francesa de 1789.
Você acredita que:
1 deve haver separação entre religião e governo?
2 que o ensino básico deva ser gratuito e obrigatório para todos?
3 que todos os homens são iguais?
Então você pratica diariamente alguns dos direitos conquistados pelos revolucionários franceses em 1789.
Você pretende:
1 fazer um concurso para trabalhar num emprego público?
2 pensa em comprar um sítio, um pedaço de terra para os fins de semana?
3 votar num candidato do seu gosto para vereador ou governador?
Então você presta os seus respeitos diariamente aos princípios adquiridos pelos cidadãos depois da revolução francesa de 1789.
Estas são algumas das razões por que o dia de hoje, 14 de julho, é comemorado por mais pessoas no mundo do que somente os franceses.
Hoje fazem 219 anos da Queda da Bastilha.