Lagoa do Boqueirão da Ajuda, hoje Largo da Lapa e Aqueduto de Santa Teresa, século XVIII
Leandro Joaquim (Brasil,c.1738- 1798)
Lagoa do Boqueirão da Ajuda, hoje Largo da Lapa e Aqueduto de Santa Teresa, século XVIII
Leandro Joaquim (Brasil,c.1738- 1798)
Arcos da Lapa, 1910
Gustavo Dall’Ara (Itália-Brasil, 1865-1923)
óleo sobre madeira, 41 x 44 cm
Dall’Ara foi um excelente pintor que retratou o Rio de Janeiro da virada do século XIX/XX como nenhum outro. Imigrante italiano, chegando ao Brasil em 1890, trouxe com ele algumas características da pintura europeia de final de século: cenas de rua, temática incluída na arte moderna através dos impressionistas . Abordou esse tema com a estética da época sob influência da fotografia, fazendo cortes de pessoas e de paisagens urbanas como se fossem instantâneos da vida cotidiana. Essa estética já bem divulgada entre pós impressionistas como Edgar Degas era novidade por aqui. Mas Dall’Ara para aí na absorção do novo, seduzido pela luz tropical e pela vida quase europeia do Rio de Janeiro de antanho, ele passa documentar como se quisesse catalogar para si mesmo, pontos em comum e diferenças entre o dia a dia dos dois hemisférios. Fascinado pela vida no Rio de Janeiro, sua obra tornou-se um grande documentário do cotidiano das ruas, praças, trânsito e paisagens urbanas. Além de excelente pintor tem um papel importante na documentação da cidade.
Aqueduto da Carioca, também conhecido como Arcos da Lapa
Concluído em 1750 com projeto do brigadeiro José Fernandes Pinto Alpoim, esta solução para o problema do fornecimento da água ao centro da cidade, levou meio século para ser construído. Em alvenaria, apresenta duas fileiras superpostas de arcos romanos. É uma obra monumental que mudou imediatamente o aspecto da cidade.

Levava as águas do Rio Carioca, nascido no Silvestre, aos tanques e chafarizes que abasteciam a cidade. A estrutura tem 17,6 metros de altura e 270 metros de comprimento, distribuídos em 42 arcos duplos. Vai do morro de Santa Teresa até o Convento das Carmelitas.

Em 1896, outros meios de fornecimento de água para a cidade tendo sido achados, o aqueduto foi convertido em via para bondes servindo o bairro de Santa Tereza.

Logo construções ilegais preencheram os arcos, seus habitantes confiando no famoso jeitinho carioca, na permanente falta de cuidado com a coisa pública. A primeira tentativa de acabar com o casario ali instalado foi no governo do Prefeito Pereira Passos (1902-1906). Depois, em 1960, descobrindo o valor turístico que uma construção deste porte do século XVIII pode ter, o governo voltou a liberar arcos já de novo transformados em moradia.

Arcos da Lapa, 1946
Leopoldo Gotuzzo (Brasil, 1887-1983)
óleo sobre tela, 28 x 32 cm
Johann Jacob Steinmann (Suíça, 1800-1844)
litogravura aquarelada, 47 x 58 cm