Palavras para lembrar — Paul Valéry

24 11 2015

 

 

Hofer, Karl

Moça lendo jornal

Karl Hofer (Alemanha, 1878-1955)

 

“Os livros têm os mesmos inimigos que os homens: o fogo, a umidade, os animais, o tempo e o próprio conteúdo.”

Paul Valéry

 





Imagem de leitura — Anônimo

25 10 2015

 

 

Marie_von_Sachsen-Weimar2Princesa Marie von Preußen numa cena em jardim romântico, 1838

Pintor alemão anônimo

Deutscher Kunstverlag Munique Berlim





Imagem de leitura — Anton Raphael Mengs

5 10 2015

 

Johann_Joachim_Winckelmann_(Raphael_Mengs_after_1755)Retrato de Johann Joachim Winckelmann, 1762
Anton Raphael Mengs (Alemanha, 1728 — 1779)
Oleo sobre tela, 69 x 49 cm
Metropolitan, NY





Imagem de leitura — Fritz von Uhde

28 09 2015

 

XKH152154O livro de ilustrações, 1889

Fritz von Uhde (Alemanha, 1848-1911)

óleo sobre tela, 145 x 116 cm





Imagem de leitura — Franz Marc

23 09 2015

 

 

retrato da mãeRetrato da mãe do pintor, 1902

Franz Marc (Alemanha, 1880-1916)

óleo sobre tela, 98 x 69 cm

Lenbachhaus, Munique





Domingo, um passeio no campo!

23 08 2015

 

 

KARL ERNST PAPF (ALEMANHA, 1833- RIO, 1910). Paisagem de Fazenda no Estado do Rio, óleo s tela, 41 x 58. Assinado e datado (1904) no c.i.e.Paisagem de Fazenda no Estado do Rio de Janeiro, 1904

Karl Ernst Papf (Alemanha/Brasil, 1833-1910).

óleo sobre tela, 41 x 58 cm





Tradução literária desleixada: “Antes da festa” de Saša Stanišić

21 08 2015

 

 

Marie Louise Catherine Breslau, (Alemanha 1856-1927) Chá das cinco, 1883, Museu de Arte de BernaContra luz, 1888

Marie Louise Catherine Breslau (Alemanha, 1856-1927)

óleo sobre tela

Museu de Arte de Berna

 

 

 

A língua alemã não é uma língua exótica.  Noventa e cinco milhões de pessoas no mundo têm o alemão como língua materna. São pessoas letradas e escolarizadas. Além disso, o alemão é lido e compreendido por outras pessoas, muitas delas nas humanidades e nas ciências, que precisam usá-la profissionalmente como segunda língua.  É uma língua em que grandes escritores se revelaram: Goethe, Schiller, Hesse, Grimm, Günter Grass, Rilke, entre outros. Há centenas de dicionários em alemão, sobre o alemão, do alemão para outras línguas. Portanto, traduzir um romance ou um conto, um ensaio filosófico, deveria apresentar simplesmente, ou somente, os problemas normais de uma tradução: uma ou outra dificuldade de se achar equivalência de uma expressão típica, de algum conceito alheio ao leitor em português.  Isso não aconteceu com o romance que escolhi para leitura nesta semana.

Estou pasma com a má qualidade da leitura por causa de problemas  na tradução de Marcelo Backes do livro de Saša Stanišić Antes da Festa.  O tradutor cometeu erros crassos de português como a palavra acento usada no lugar de assento.

Agora faz exatamente um ano, no dia anterior à última Festa, que Ulli arrumou sua Garagem, botou um punhado de acentos, cinco mesas e um aquecedor, pendurou uma cortina de tule vermelho e amarelo diante da única janela, pregando na parede…” [p.18]

Note-se: mesmo que fossem assentos, não se pode usar a expressão um punhado.  Punhado é o que cabe em um punho.  [ “…botou, alguns assentos, cinco mesas…”] seria o mais correto.

“O povoado em cadeiras. A ordem dos acentos é um tema explosivo. Quem irá ficar com a mesa de bar na parte da frente, junto à figueira?” [p. 28]

Além dessas belezas acima, o tradutor optou por usar um texto em português quase ao pé da letra do que está em alemão. Ou seja subjugou o entendimento em português para preservar a fidelidade às expressões, à ordem de palavras, ou a modos de dizer que não fazem sentido em português. Temos, assim, frases como:

“Com o sistema de climatização de hoje em dia, até a lua seria possível.” [SIC][p. 37]

“O povoado reza diariamente por um mero mais ou menos.” [SIC] [p.31].

“Certa vez, os que estavam procurando cogumelos.” [SIC] [p.41]

 

Ou problemas com um parágrafo inteiro, notem que o itálico é meu:

“O tenente-coronel Schramm acompanhou os coletores de cogumelos até o parâmetro extremo.[SIC] [?] Numerosos eram os cogumelos ao lado do caminho. [SIC] [Porque não usar a forma direta?  “Eram numerosos os cogumelos ao longo do caminho?”] Mas aquelas pessoas não sabiam mais se podiam ou não colhê-los. De modo que Schramm tomou a iniciativa e botou um cogumelo bem suculento no cesto da menina. E depois foi obrigado a ver que nem era um boleto. [SIC] [?] A mãe voltou a tirá-lo do cesto sem dizer palavra.” [p.45]

Erros de grafia abundam:

“No verão, a morte anda não era uma ideia, no verão o senhor Schramm queria tentar a vida mais uma vez, talvez se apaixonar.” [p.110]

 

ANTES_DA_FESTA_1435860792513676SK1435860792B

 

Mais tarde somos agraciados com um português com grafia excepcional. A intenção é dar ao texto um cunho de antigo, de ter sido escrito no século XVI, pois o capítulo começa “No ano da graça de 1587…”. Mas o tiro saiu pela culatra e o maneirismo da letra ‘l’ dobrada, das palavras um começarem com ‘h’ , não surtiu o efeito desejado pois a essa altura já são tantos os problemas com a leitura, que esse detalhe se torna uma distração a mais.

“Os homens se junctaram em roda. Parecia até que tentavam esconder o leitão. O mandachuva dividiu o ar ao meio movendo as mãos à esquerda e à direita — e já os homens abriram hum buraco no centro.” [p. 70]

Enfim, chegada à página 110, desisti da leitura.  É muito pouco caso com o leitor. Deixei uma queixa no site da editora, mas eles não se dignaram a responder.  Não quero colocar a culpa exclusivamente no tradutor, ainda que 90% da responsabilidade seja dele.  Há duas pessoas mencionadas como responsáveis pela revisão: Rafael Alverne e Thais Carlo.  Não vejo sinais do trabalho deles.  Talvez estivessem de férias, ou pior, confiaram em programas de computação para a revisão. Esses programas não percebem erros entre assento e acento, ou seja não sabem as diferenças entre palavras homófonas.  Fato é que ninguém responsável por esta publicação leu o livro.  Uma vergonha.

A Editora Foz perde sua credibilidade porque publica um livro ilegível. O autor alemão não entenderá a razão de sua obra não ter sucesso no Brasil, quando é sucesso em outros cantos do mundo.  Os leitores que mantêm editora, autor, tradutor e revisores trabalhando, pois compram o livro, não podem fazer nada além de reclamar, ou será que deveríamos ir ao PROCON?  Dá vontade.





Pais que dão exemplo: Imagens de leitura

9 08 2015

 

 

Alois Heinrich Priechenfried (ÁUSTRIA, 1867 -1953). Leitor em bibliioteca rococo, ost, 48x 36cm

Leitor em biblioteca de estilo Rococó

Alois Heinrich Priechenfried (Áustria, 1867 -1953)

óleo sobre tela, 48x 36cm

 

Abbott Fuller Graves (1859 – 1936, American)the-fishermans-lessonA lição do pescador

Abbott Fuller Graves (EUA, 1859 – 1936)

óleo sobre tela

 

 

 

Carrington, Dora (1893-1932) Samuel Carrington, the artists father, 1915Samuel Carrington, o pai da artista, 1915

Dora Carrington (EUA, 1893-1932)

óleo sobre tela

 

cathy-jourdan, going to work, acrílica sobre papel.Indo para o trabalho

Cathy Jourdan (EUA, contemporânea)

acrílica sobre tela.

 

 

Chad Gowey, (eua,1987)ESTACIONAMENTO NO FERIADOEstacionamento no feriado

Chad Gowey (EUA, 1987)

 

 

Nicolaas van der Waay3Decifrando a autoria

Nicolas Waaij Weesmeisjes (Holanda, 1855-1936)

óleo sobre tela

 

Djanira, O leitor e seu vizinho,1945, ost, 65x55O leitor e seu vizinho, 1945

Djanira da Motta e Silva (Brasil, 1914-1979)

óleo sobre tela, 65 x 55 cm

 

Edvard Munch Andreas Reading, 1882-83, Edvard MunchAndreas lendo, 1882

Edvard Munch (Noruega, 1863-1944)

óleo sobre cartão

 

Albert Ramos Cortés

Retrato de meu pai, José Alberto Ramos Román

Ramos Cortés (Espanha, contemporâneo)

óleo sobre tela colada em placa, 90 x 90 cm

 

camille pissarro portrait-of-rodo-pissarro-readingRodo lendo, 1900

Camille Pissarro (França, 1830-1903)

óleo sobre tela, 7 x 9 cm

Coleção Particular

 

 

Georgette Agutte (França) Marcel Semblat lisant, 1910-1920, Musée de GrenobleMarcel Semblat lisant, 1910-1920

Georgette Agutte (França, 1867-1922)

óleo sobre tela

Musée de Grenoble

 

 





Imagem de leitura — Alfred Sohn-Rethel

8 08 2015

 

Alfred Sohn-Rethel (Alemanha, 1875-1958)O descansoO descanso

Alfred Sohn-Rethel (Alemanha, 1875-1958)

óleo sobre tela





Imagem de leitura — Felix Nussbaum

27 07 2015

 

Felix Nussbaum, Dreierporträt, 1944Três retratos, 1944

Felix Nussbaum (Alemanha, 1907-1944)

óleo sobre tela, 100 x 80 cm