20 de novembro, Dia da Consciência Negra

20 11 2025

Figura, 1982

Aldo Bonadei (Brasil, 1906-1974)

óleo sobre tela, 49 x 34 cm

 

 

Aparecida com gato no sofá, 1962

Emiliano Di Cavalcanti  (Brasil, 1897-1976)

óleo sobre tela, 114 x 146 cm

 

 

 

Menino sentado, 1945

Antonio Bandeira (Brasil, 1922-1967)

óleo sobre cartão colado em eucatex, 57 x 68 cm 

 

 

Retrato de menina

João Timótheo da Costa  (Brasil, 1878-1932)

óleo sobre madeira, 50 x 50 cm

 

 

Família de Fuzileiro Naval, c. 1935

Alberto da Veiga Guignard (Brasil, 1896-1962)

óleo sobre madeira, 48 x 58 cm

Coleção de Artes Visuais do Instituto de Estudos Brasileiros – USP





Hoje é dia de feira: frutas e legumes frescos!

15 10 2025

Natureza morta

Alberto da Veiga Guignard (Brasil, 1896-1962)

óleo sobre cartão, 64 x 41cm

 

 

 

Composição

Aldo Bonadei (Brasil, 1906-1974)

óleo sobre tela, 65 x 81 cm





Hoje é dia de feira: frutas e legumes frescos!

21 05 2025

Natureza morta

Lucy Citti Ferreira (Brasil, 1911-2008)

óleo sobre tela,  33 x 41 cm

 

 

 

Natureza morta, 1970

Aldo Bonadei (Brasil, 1906-1974)

óleo sobre madeira, 33 x 42 cm





Hoje é dia de feira: frutas e legumes frescos!

9 04 2025

Natureza morta, 1966

Aldo Bonadei (Brasil, 1906 – 1974)

óleo sobre tela, 65 X 55 cm

 

 

Natureza morta

Martinho de Haro (Brasil, 1907-1985)

óleo sobre papelão, 74 x 54 cm





Hoje é dia de feira: frutas e legumes frescos!

11 12 2024

Natureza morta

Roberto Burle Marx (Brasil,1909 -1994)

óleo sobre tela 43 x 50 cm

Natureza morta,1969

Aldo Bonadei (Brasil, 1906-1974)

aquarela sobre papel, 33 x 25 cm.

 
 
Nota

Ocasionalmente recebo um email com pedidos para descrições dos quadros que coloco aqui.  Vou ver se consigo, de vez em quando, colocar uma notinha.  Nem sempre tenho tempo.  Essas coisas requerem muita atenção.  Comecei a fazer pares das Naturezas Mortas, (duas obras por dia) tanto de flores quanto de legumes e frutos, porque tenho uma enorme quantidade de fotografias dessas obras e por mais que eu me dedicasse ao blog eu jamais conseguiria usar tudo que tenho.

Minhas escolhas são do momento.  Como me sinto naquele dia, naquela hora. Mas quando coloco duas obras juntas como essas de hoje, tenho alguns parâmetros para a escolha. 

O primeiro parâmetro é meu gosto.  Sou fã incondicional desses dois pintores brasileiros: Aldo Bonadei e Roberto Burle Marx.  Herdeiros diretos do cubismo sincrético, tiveram tempo, coragem e habilidade de usar a multi perspectiva do cubismo para desenvolverem um estilo próprio, único, reconhecível a dez quilômetros de distância.  Às vezes a gente encontra uma obra do início de carreira que ainda não chegou ao que mais tarde associamos ao estilo de cada um, mas invariavelmente há algo que já os destaca do resto.

Por vezes escolho as telas pelos tons usados, pelos objetos retratados. 

Minha ideia original neste blog foi dar mais abertura à arte brasileira;  não sou contra a arte abstrata como muitos imaginam, não sou não.  Mas há dezesseis anos quando comecei este blog, sempre postando arte brasileira, a intenção era de trazer ao conhecimento de quem aqui entrasse da tradição em que mesmo uma obra abstrata se apoia.  Eu ia a galerias de arte e só encontrava arte abstrata.  As obras figurativas eram pobres e repetitivas.  Muita ênfase no naïf. Fiquei, verdadeiramente abismada, de saber, lá há vinte anos atrás,  que a arte figurativa não era nem ensinada em algumas escolas de belas artes.  Como assim? 

Enfim, por causa de minhas preferências, e todos nós temos nossas preferências, tenho que ter muito cuidado em não repetir sempre os mesmos artistas.  Hoje aqui ficam dois dos meu favoritos do século XX;





Hoje é dia de feira: frutas e legumes frescos!

18 09 2024

Natureza morta, 1952

Alberto da Veiga Guignard (Brasil, 1896-1962)

óleo sobre tela, 37 x 46 cm

 

 

 

Jarro, planta e frutas, 1962

Aldo Bonadei (Brasil, 1906-1974)

óleo sobre tela, 60 x 72 cm

 





Eu, pintor: Aldo Bonadei

15 07 2024

Autorretrato,1945

Aldo Bonadei (Brasil, 1906-1974)

óleo sobre tela, 66 x 52 cm





Voltar ao passado?

6 07 2024

Casario, 1973

Aldo Bonadei (Brasil, 1906-1974)

óleo sobre tela, 54 x 80 cm

 

 

Há um escritor americano, chamado Thomas Wolfe (1900-1938) cujas obras traduzidas no Brasil limitam-se a coleções de contos, ainda que ele tenha sido extremamente produtivo durante sua breve vida.  [Nota: não confundir com Tom Wolfe (1930-2018) também escritor, também americano, mais conhecido no Brasil, principalmente por sua obra, A fogueira das vaidades, 1987.  A letra “h” que os separa faz uma enorme diferença.] Pois, Thomas Wolfe, escreveu muito no início do século vinte e fez bastante sucesso.  Entre as coisas que deixou para posteridade foi a contribuição para a cultura americana da expressão: You can’t go home, again, usada no cotidiano americano, como se fosse uma dessas verdades bíblicas, incontestáveis.  Essa expressão foi o título de um de um dos mais conhecidos livros, que não encontrei traduzido no Brasil.

Na verdade, esse hoje famoso título, foi parte de uma troca da escritora australiana Ella Winter com o próprio Thomas Wolfe, que conseguiu sua permissão para usá-la depois de ler o texto que ela havia lhe mandado.

“Você não sabe que não pode voltar para casa?  — Você não pode voltar para sua família, para sua casa, sua infância… de volta para o jovem com sonhos glória e fama … de volta para os lugares no campo, volta para as velhas maneiras e sistemas que um dia pareceram eternos, mas que se transformam todo tempo — de volta para as escapadas do Tempo e da Memória.”

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“Don’t you know you can’t go home again?  — You can’t go back home to your family, back home to your childhood … back home to a young man’s dreams of glory and of fame … back home to places in the country, back home to the old forms and systems of things which once seemed everlasting, but which are changing all the time – back home to the escapes of Time and Memory.” 

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Essa é uma longa introdução a uma pequena surpresa que tive esta semana e que me lembrou do título do livro de Thomas Wolfe.  Recebi um email de uma pessoa que não vejo há vinte e dois anos, cujo único contato tinha sido provavelmente há quinze anos, por telefone. Trabalhamos juntas, em outra cidade, em outro país.  Conversamos bastante depois que lhe mandei meu telefone respondendo ao seu email com o assunto:  FINALMENTE ENCONTREI VOCÊ.

Como muitas pessoas de sua geração nos Estados Unidos Maggie não está familiarizada com aplicativos como Whatsapp (muito pouco usado nos EUA), não tem conta no Instagram, e usa o FaceBook da companhia para onde trabalha agora. Tudo contribuiu para que o contato entre nós fosse interrompido.  Foi bom conversar com ela.  E me lembrar do nosso tempo. Maggie foi gerente de minha galeria.  Bem relacionada na cidade, era bastante disputada por diversos locais de comércio de luxo por sua alta posição social, envolvimento com causas sociais e participação nos eventos da igreja Anglicana, a igreja das pessoas de maior status no local.  Não trabalhava nos verões porque se mudava para a Nova Inglaterra onde mantinha residência de verão, uma belíssima casa não muito longe de onde Edward Hopper pintou dezenas de paisagens. Trabalhava porque gostava de arte.  Era formada e tinha mestrado Literatura Inglesa, portanto tínhamos algo mais em comum: o amor à leitura.  Como nossos maridos se conheciam, conseguimos também forjar boa amizade fora do trabalho, ainda que com poucos contatos sociais, como é costume nos Estados Unidos entre pessoas com vínculo empregatício.  Na segunda-feira passada, com hora marcada, nos falamos e ao final de quarenta minutos nos despedimos, prometendo  maior frequência de contato.  Lágrimas apareceram dos dois lados das Américas quando desligávamos nossos celulares.

 

 

Capa da 1ª edição, 1940, publicação póstuma.

 

 

 

Permaneci por algum tempo rememorando aqueles dias, anos, eventos sociais, nossas peripécias, e ruas e bairros em que morávamos. Fiz uma viagem pelas minhas recordações.  Havia novidades sobre pessoas que conhecíamos, sobre mudanças no comércio, uma profusão informações tentadoras que tomaram conta de mim, e à maneira dos anos 80  [Back to the Future ou De volta para o futuro] fiz uma viagem no tempo.  Com o dedo no teclado fui passear pela cidade onde morei, pela rua de meu último endereço.  Tomei o caminho de casa à galeria e quase me perdi.  Reconhecia muito pouco. Tudo mudou, principalmente depois da pandemia. Arrisquei procurar pelas galerias de arte que conhecia, pelo comércio que frequentava.  Só um florista ainda em funcionamento!  Fiz mais, procurei no jornal da cidade referências a pessoas que conheci e fiquei de queixo caído porque tenho a impressão de que não os reconheceria se passasse por eles em alguma calçada do mundo.   Meus vizinhos, na rua em que morei, devem ter morrido, suas casas completamente reformadas, jardins irreconhecíveis.  Sei onde ficava minha casa porque neste último endereço, morei quase dezessete anos.  E a igreja próxima ajuda na localização.  As ruas são diferentes, o comércio também, a universidade onde meu marido trabalhava  só mantém o mesmo endereço, seu aspecto está diferente. 

Teria sido melhor deixar o mundo como eu me lembrava.  Porque aquele mundo, aquela cidade em que morei há vinte anos, existe unicamente na minha imaginação.  E não me parece tão amena e gentil como antes. Não, não dá para voltar para casa.  Thomas Wolfe estava correto.  Voltarei a falar com Maggie?  Não sei.  Provavelmente não.  Nosso tempo passou. Nossas realidades não se assemelham.  O que temos em comum são nossas memórias e essas, como sabemos, são falhas.





A Fazenda Santa Cruz, poesia de Olegário Mariano

13 05 2024

Entrada da fazenda, 1966

Aldo Bonadei (Brasil, 1906-1974)

óleo sobre tela, 59 x 77cm

 

 

O Rio Grande do Sul está em todos os nossos pensamentos.  Dia sim. outro também.  Durante a semana passada, uns versos, que eu não sabia de quem, e que não sabia de onde vinham, vieram me visitar, memória é uma coisa chocante. 

Por muitos anos tive o hábito de anotar versos que lia e que achava bonitos.  Na adolescência certamente sem o cuidado que desenvolvi, ao longo dos anos, de anotar o autor, o livro etc.  A frase que me perseguiu foi “os rios são com certeza, o pranto da natureza.”  Bem, chegar à autoria de Olegário Mariano foi fácil.  Bastou abrir aspas, colocar a frase no Google, fechar aspas e procurar.  O problema foi achar a poesia….  Achei.  Tenho em casa a obra completa do poeta.  Mas são dois volumes…  Levei  um tempinho.  Aqui vai para vocês.

 

Acredito que o rio mencionado na poesia seja o Rio Saracuruna aqui no estado do Rio de Janeiro.  Já naquela época, antes de 1931, Mariano nos alertava sobre os maus tratos que este rio recebia.

 

 

 

A Fazenda Santa Cruz

 

Olegário Mariano (1889-1958)

 

 

Por entre a folhagem verde

Que pelas brenhas se perde,

No coração da Fazenda

Dorme a casa de vivenda.

 

Um pátio largo defronte,

Ao fundo azul — o horizonte

A crepitar, esbraseado,

Num crepúsculo doirado.

 

A mata pesada, imensa,

Parece que sonha ou pensa…

Catedral verde que encerra

O culto simples da terra.

 

Abre-se um rio de prata

E, num fragor de cascata,

Borbulha de duna em duna…

É o rio Saracuruna.

 

À tona um enxame treme

Se equilibra e vibra e freme,

E às vezes se desmorona

Como uma coluna, à tona…

 

Umas partem, outras voltam,

As asas doiradas soltam

Em nervosas tarantelas,

Brancas, verdes amarelas.

 

Bate a porteira da entrada.

Sonolenta entra a boiada:

— Pintado!  Moreno!  Audaz!

And à frente, meu rapaz!

 

Um deles, o mais tristonho,

Que é pesado como um sonho,

Olhando o campo tão lindo,

Vai passando, vai mugindo…

 

Entre árvores surge a lua,

Branca e inteiramente nua,

Mostrando, em suaves coleios,

O tronco, os braços, os seios…

 

Sobe e do alto descampado

Espalha um véu de noivado

Com cintilações estranhas

Pela encosta das montanhas…

 

Depois desce ao rio, e o rio

Que rola sereno e frio,

Se enrosca num frenesi:

— Beija-me as águas, Iaci!

 

O Saracuruna sonha…

Na marcha lenta e tristonha,

O rio lembra um vivente

Porque chora, porque sente.

 

Vai sinuoso… Entra a devesa

Levando na correnteza

Troncos, arbustos e ninhos

Que encontrou pelos caminhos.

 

E perde-se longe…  Agora

Nem sinal da água que chora…

 

Os rios são, com certeza,

O pranto da natureza.

 

 

Em: Toda uma vida de poesia — poesias completas, Olegário Mariano, Rio de Janeiro, José Olympio: 1957, volume 1 (1911-1931), pp. 90-92.





Flores para um sábado perfeito!

4 05 2024

Composição com jarro e frutos,1972

Aldo Bonadei (Brasil,1906-1974)

técnica mista sobre cartão, 36 x 25 cm

 

 

 

Vaso de flores

Mário Zanini (Brasil, 1907 – 1971)

monotipo, 38 x 25 cm