“Ao pé da letra” comemora 1 ano de existência!

26 03 2017

 

 

img-20170326-wa00261.jpgEncontro de março de 2017, um ano de leituras.

 

 

Hoje foi uma data importante.   O grupo de leitura Ao pé da letra comemorou um ano de leituras e o início de muitas amizades duradouras.  O grupo foi formado pela longa lista de espera do grupo Papalivros.  E hoje tem uma personalidade marcante formado por pessoas com interesse de ampliar os horizontes através da leitura. Ao todo foram dezesseis livros lidos através do ano.  Aqui abaixo a lista das leituras que foram escolhidas pelos membros de maneira democrática. Esses livros mostram grande variedade de personalidades que compõem o grupo. Foram 16 livros lidos em um ano.

 

1 — Um homem chamado Ove, de Fredrick Backman

2 — Infiel, de Ayaan Hirsi Ali

3 — A mulher desiludida, de Simone de Beauvoir

4 — O romance inacabado de Sofia Stern, de Ronaldo Wrobel

5 — Dom Quixote, de Cervantes

6 — A garota de Boston, Anita Diamant

7 – Imperatriz Orquídea, Anchee Min

8 – Pequena abelha de Chris Cleave

9 – A elegância do ouriço de Muriel Barbery

10 – O último amigo, Tahar Ben Jelloun

11 – Cavalos roubados, Per Petterson

12 – O papel de parede amarelo, Charlotte Perkins Gilman

13 – As irmãs Makioka, Junichiro Tanizaki

14 – Kafka e a boneca viajante, Jordi Sierra i Fabra

15 – O tribunal da quinta-feira, Michel Laub

16 — NW, Zadie Smith

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Natureza maravilhosa: Peixe cúbico de bolinhas

12 03 2017

 

 

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Não encontrei o nome desse peixe em português, o que usei é uma tradução minha.  Alguém sabe como se chama?  Em latim, é conhecido como Ostracion cubicus. Quando jovem parece uma caixinha amarela de bolinhas pretas (isso me lembra aquela música “Yellow Polka-dot Bikini”).  Mas muda de cor, quando fica mais velho… o amarelo vai se apagando…  Uma foto abaixo mostra um espécime  mais velho.

Ele é natural dos lugares longínquos para nós brasileiros: oceanos Pacífico e Índico.  Come algas, esponjas, crustáceos, moluscos e pequenos peixes. E tem uma maneira interessante de se defender, quando precisa, solta uma proteína líquida, venenosa para outros peixes.  Não vive em cardumes, é solitário.

Mas… vejam bem, em 2006 foi musa inspiradora de um carro da companhia Mercedes Benz — Carro Biônico.

 

800px-Kofferfisch_(Ostracion_cubicus)_02Espécime mais velho.

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Natureza maravilhosa: borboleta transparente

4 03 2017

 

 

transparent-glasswinged-butterflyFoto: Greg Foster, fotografia feita no Smithsonian Museum, Viveiro de borboletas, Washington DC.

 

 

 

A Borboleta Transparente leva o nome científico de Greta Oto.   Natural da América Central:  México, Panamá. Ela também pode ser encontrada na Venezuela, na Colômbia e em algumas partes do Brasil. É  uma borboleta com asas transparentes exceto pelas bordas das asas  que são marrom avermelhado e fazem o efeito de pequenas janelas.  Não é comum, mas a espécie ainda não está em perigo. A razão de ser transparente é simples, ela não tem  escamas coloridas como as outras borboletas. Essa transparência serve de camuflagem.  O corpo é sempre escuro.  As asas abertas podem chegar a 6 cm de largura e  elas são bastante resistentes, podendo voar até 20 km por dia.

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Filhotes fofos!

12 02 2017

 

 

bb6eedc6907519c545c29841dc26680eCachorrinhos, filhotes de labrador.




Brasil que lê — fotografia tirada em lugar público

29 11 2016

 

 

dsc01570Uma ou duas leitoras?  Jardins do Palácio do Catete, Rio de Janeiro, © 2016, Ladyce West.




Filhotes Fofos!

5 11 2016

 

 

animal-parents-5Girafa mãe faz carinho no filhote.

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Da minha mesa de trabalho

31 10 2016

 

 

dsc01530Nesta semana, cravinas com pétalas de bordas vermelhas na leiteirinha da minha avó.

 

Primavera. Para mim neste apartamento isso significa FORMIGAS. De onde elas vêm? Acho que de dentro das paredes. Essas flores, que você vê na foto são foco e atenção de diversos tipos de formiga. Minha mesa parece organizada e limpinha? Porque todos os dias limpo sua superfície com álcool e mais de uma vez por semana, passo remédio contra formigas? Já passei horas seguindo caminhos, longas filas de trabalhadeiras… que desaparecem aqui ou ali, por debaixo de um rodapé, na fresta de uma janela de correr. Vai que um dia o edifício, que esconde tantos seres cai por causa dos formigueiros dentro dele?

As flores que compro as atraem. Principalmente as flores, como essas cravinas, que têm uma coloração artificial: as bordas vermelhas. Fora os crisântemos brancos, praticamente todas as outras flores, coloridas e alegres, chamam para si formiguinhas famintas, que encontram os caminhos mais trabalhosos para chegar os seus caules.

As Formigas é o título de um livro de grande sucesso de Bernard Weber. Ficção científica em três volumes. Eu estava prestes a dizer que não gosto de ficção científica, mas não é verdade. Gosto. Mas sou muito seletiva. Gostei de Haruki Murakami 1Q84, que considero uma das obras primas deste século. Gostei de Fahrenheit 451, que li há muitos anos. E de muitos outros. Fiquei no primeiro volume dessa série chamada O Império das Formigas. Mas muitos leitores que conheço gostaram. O autor nos mostra como elas construíram um universo paralelo. Não consigo parar de pensar neste livro enquanto me defendo diariamente das tropas invasivas de formigas na minha mesa de trabalho. Chamemos as papa-moscas, as lagartixas e demais controladores da super população de formigas, porque assim como está não dá.

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Livros lidos, esperando respectivas resenhas:

A garota do trem — Paula Hawkins

A última palavra — Hanif Kureishi

Guerra de gueixas — Nagai Kafu

Balzac e a costureirinha chinesa, Dai Sijie

O fuzil e a caça — Yasushi Inoue

Enclausurado — Ian McEwan

Dois extras:

Lido há anos e aqui para textos no blog:

As confissões do meu tio Gonzaga, de Luís Jardim.

Leitura no meio —

Night of Many Dreams de Gail Tsukiyama

Sem aparecer na foto, mas lendo no Kindle:

Sapiens:uma breve história da humanidade, de Yuval Noah Harari

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Da minha mesa de trabalho

17 10 2016

 

dsc01523Nesta semana gérberas cor de rosa. Apesar de bonitas, uma escolha fraca para as altas temperaturas da cidade.

 

 

Neste fim de semana passei os olhos no livro A Elegância do Ouriço de Muriel Barbery e me lembrei que nunca mais ouvi falar do conceito de civilização, sobretudo depois da introdução do relativismo político correto que nivelou padrões e confundiu os menos educados. Muriel Barbery, escritora francesa de origem marroquina não tem esse problema e lembra na obra que “A civilização é a violência dominada, a vitória sempre inacabada contra a agressividade do primata. Pois primatas nós fomos, e primatas permanecemos, uma camélia sobre o musgo que aprendíamos a desfrutar. Aí está toda a função da educação. Que é educar? É propor incansavelmente camélias sobre o musgo, como derivativos à pulsão da espécie, que jamais para e ameaça continuamente o frágil equilíbrio da sobrevivência.” [114]

Nas últimas semanas, na política, tanto nos Estados Unidos na campanha presidencial, quanto no Rio de Janeiro, na campanha para a prefeitura, o instinto primata venceu sobre a civilização. Os supostos debates não passam de fortes ataques pessoais e revelam o perigo do que pressentimos: o declínio do ato civilizatório. Como Marcelo, personagem de Hamlet, suspeitamos do futuro. “Há algo de podre no reino da Dinamarca”, ele alerta o príncipe que segue o fantasma de seu pai. Visões fantasmagóricas na época eram vistas como mau presságio. Não temos fantasmas óbvios, mas também pressentimos, pelos erros de julgamento, falta bom senso e de conhecimento da história, que nas mãos desses políticos, o perigo se aproxima.

No Rio de Janeiro, como se já não tivéssemos problemas a resolver, adicionou-se nessa campanha eleitoral o fantasma da intolerância religiosa. De um lado, Marcelo Crivella bispo evangélico que chama a religião católica de doutrina demoníaca e mete no mesmo cesto, espiritismo, hinduísmo e as religiões de raízes africanas. Marcelo Freixo, seu concorrente, pertence a um partido antissemita, que fez uma estapafúrdia declaração, mostrando grande desconhecimento da história contemporânea, ao chamar Shimon Peres genocida e alegar, erroneamente, que palestinos festejavam o falecimento do líder israelita.

Nenhum dos candidatos se desculpou convincentemente: Crivella pelas posturas do passado; Freixo pela posição partidária do PSOL, partido que representa. As desculpas, de ambos, foram fracas, impotentes. Ambos foram inábeis, incapazes e ineptos ao se dirigirem ao cidadão carioca.

O Rio de Janeiro descobriu a máquina do tempo. E não sabíamos. Voltamos à Idade Média. Voltamos aos moldes da Inquisição. Época em que judeus eram queimados vivos, assim como qualquer pessoa que agisse diferente do padrão imposto pela Igreja. Lá, há centenas de anos, a Igreja agia contra todos que imaginavam o cristianismo de maneira diferente daquele estabelecido pelo Papa; a mesma Igreja que permitia a conversão de judeus e muçulmanos em massa, nos grandes “batismos” em praça pública. Era isso ou fogueira. Tortura em muitos casos. Julgamentos fraudados. Lembram-se dos autos da fé? Tenho certeza que estudaram na escola. E agora? O que nos resta?

Nós, cidadãos cariocas, iremos nos queimar na fogueira da intolerância de um jeito ou de outro. Até parece que temos uma escolha a fazer. Mas no fundo os candidatos são iguais. Eles se espelham. São iguais na bitola que usam. Ambos têm mentes fechadas. São ignorantes da história e da civilização. Nenhum deles demonstra ter os valores humanistas necessários ao bom desempenho na governança de um município plural, multi-racial, composto por diversos credos, crenças e predileções. Desconhecem os princípios da boa convivência. Estão cegos pela estreiteza de suas crenças.

Diferente de Hamlet, o fantasma que nos guia é o da ignorância. Nenhum dos dois políticos serve. Pobres de nós. O processo civilizatório não criou raízes nesta cidade. A civilização, que freia o animal em nós, foi-se. Perdeu-se. E você ainda pergunta por que temos tanta violência? Pense. Perdemos os freios da civilização. Freixo e Crivella, que escolhemos, por voto, refletem quem somos, mesmo assim, duas fontes de grande intolerância.

 

 

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LIVROS  SOBRE A MESA À ESPERA DE RESENHAS — A garota no trem, Paula Hawkins; Meu nome é Lucy Barton,Elizabeth Strout; A última palavra de Hanif Kureish; Balzac e a costureirinha chinesa, Dai Sijie e Guerra de Gueixas de Nagai Kafu.

 

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Da minha mesa de trabalho

10 10 2016

 

dsc01492Crisântemos lilás nesta semana de outubro.

DA MINHA MESA DE TRABALHO

A obra é que importa. É o quadro, o livro, o poema. É a partitura, a escultura. Muralha da China, Torre Eiffel, Cristo Redentor.  Domo de Santa Maria del Fiore.  É a cirurgia de sucesso, o remédio que cura,  o para-raios. É a lei de Newton, a máquina a vapor. É isso que fica.  Se os feitos humanos marcaram a nossa presença, nos deram identidade, facilitaram a vida, prolongaram a vida isso é o que importa.  Não interessa saber se Donatello sofria de asma ou se preferia o verão ao inverno. Não é de qualquer importância se Magritte era ou não gago, se Machado preferia as louras. O que restou, aquilo que significa algo para alguém, emocionalmente ou fisicamente, é a obra.  Podemos ter curiosidade sobre como certas escolhas foram feitas e a razão que levou cada um daqueles que contribuíram para a cultura humana a decidir dessa ou daquela maneira.  Mas não é necessário.

Por isso devemos respeitar o anonimato daqueles que preferem proteger sua privacidade. A autora Elena Ferrante, que parece ter tido sua identidade revelada, sofreu, a meu ver, nessa semana que passou, uma grande agressão, um desrespeito à vontade pessoal de permanecer anônima. Elena Ferrante todos sabiam ser um cognome. Mas o quê dá direito a alguém de invadir a privacidade de uma pessoa que não está sob suspeita da justiça, que não apresenta um perigo para a sociedade? Quem disse que “o público tem o direito de saber”?  Quem estipulou isso?  Só porque fez sucesso é obrigada a ter sua vida defenestrada?  Os meios usados pelo repórter americano, examinando traços de riqueza de alguém que mantinha o perfil modesto, foram de grande falta de respeito e total insensibilidade.  Elena Ferrante não foi nem é um caso único.  Há muitos escritores de sucesso que sempre trabalharam com pseudônimos.  Abaixo uma pequena lista –  em negrito o pseudônimo.

Mark Twain – Samuel E. Clemens;  Voltaire — François-Marie Arouet;  O’Henry – William Sidney Porter; Lewis Caroll — Charles Lutdwidge Dodgson; Italo Svevo – Aron Hector Schmitz; Mary Westmacott — Agatha Christie; Agatha Christie – Agatha Mary Clarissa Miller; François Mauriac — Jean Bruller; George Eliot — Mary Ann Evans; Alberto Moravia – Alberto Pincherle; Robert Galbraith — J.K. Rowling; Stendhal — Marie-Henri Beyle; Pablo Neruda — Ricardo Eliecer Neftalí Reyes Basoalto; Paul French — Isaac Asimov; Gérard de Nerval — Gérard Labrunie; George Sand — Amantine-Lucile-Aurore Dupin, Georges Orwell — Eric Arthur Blair.

Em outros campos, na política, Lenine — Vladimir Ilitch Oulianov; Trotsky Lev Davidovitch Bronstein; Stalin — Iossi Vissarionovitch Djougachvili. Nas artes plásticas há um grande número de artistas, conhecidos exclusivamente pelo local onde nasceram, nem por isso suas obras são menos apreciadas:   Caravaggio – Micheangelo Merisi; Pollaiuolo – Antonio Benci; Nos quadinhos um dos mais famosos foi Hergé – Georges Remi, criador de Tintin.

Há muitos outros.  E nem sempre um pseudônimo esconde o nome de uma pessoa.  Às vezes esconde o nome de mais de uma pessoa. Lembro-me do caso do autor de romances água com açúcar que consumi às dezenas no inicio da minha adolescência, publicados na série Biblioteca das Moças, M. Delly.  Este nome era o pseudônimo de um irmão e uma irmã, escritores franceses,  Frédéric Henri Petitjean de la Rosière e Jeanne Marie Henriette Petitjean de la Rosière.

Na França o pseudônimo [nom de plume, uma referência a escritores, “caneta de pena”] é tão respeitado, que é possível tê-lo citado na própria carteira de identidade.

Sinto-me indignada pela invasão de privacidade sofrida pela pessoa (homem ou mulher, ou ambos) que trabalha sob o cognome Elena Ferrante. Não havia necessidade.  O respeito a quem escreve deveria ter sido mantido.

LIVROS SOBRE A MESA — já lidos, à espera de resenhas: Meu nome é Lucy Barton de Elizabeth Strout; A última palavra de Hanif Kureish e Guerra de Gueixas de Nagai Kafu.

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Filhotes fofos!

9 10 2016

 

 

Cheetah, Honey e seus filhotes, foto BBCChita “Honey” e seus filhotes.  Foto: BBC

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