O céu, José Eduardo Agualusa

22 10 2025

Mulher lendo a vida

Gildásio Jardim Barbosa (Brasil, contemporâneo)

pintura sobre tecido estampado

 

 

“O céu dispõe-se em camadas, como uma cebola infinita. Por mais que a descasquemos, há sempre céu.”

 

José Eduardo Agualusa,  A vida no céu





Hoje é dia de feira: frutas e legumes frescos!

22 10 2025

Natureza morta com cebolas, 1965

Ettore Federighi (Brasil, 1909-1978)

óleo sobre tela, 32 x 40 cm

 

 

 

Cebolas e alhos

Fernando Correa e Castro (Brasil, 1933)

óleo sobre tela , 15x 23 cm





Palavras para lembrar: Sam Levenson

21 10 2025

Retrato de duas crianças numa poltrona, lendo

Margery Mostyn (Inglaterra, 1893-1979)

óleo sobre tela, 76 x 64 cm 

“Qualquer criança que tenha dois progenitores interessados nela e uma casa cheia de livros, não é pobre.”

 

Sam Levenson

(1911-1980)




A arte do desenho: Ingres

21 10 2025

Dr. Louis Martinet, 1826

Jean-Marie-Joseph Ingres (França, 1780-1967)

desenho a lápis sobre papel, 25 x 32 cm 

National Gallery of Art, Washington DC





Nossas cidades: Friburgo

21 10 2025

Paisagem de Friburgo com Araucárias, RJ

Henrique Bernardelli (Chile-Brasil, 1858-1936)

óleo sobre tela, 35 X 76 cm





Retrato, poesia de Adalgisa Nery

20 10 2025

Mulher sentada ao espelho

Alberto Micheli (Itália, 1863-1952)

óleo sobre tela, 85 x 57 cm 

 

 

 

 

Retrato

 

Adalgisa Nery

 

Lembro-me desse rosto.

Era risonho mas envolvido numa sombra triste,

Sua voz era clara mas sua língua era tímida, 

Voz de criança que suga o peito materno,

Língua de mulher após duros fracassos.

Sua fonte era larga e seus cabelos dourados, 

Fronte vigiada pelas grandes insônias.

Seus olhos eram vagos,

Vagos em beleza e em fixação.

Tinham nas pupilas o embaciado de que nasceram mortos.

Seu andar era firme e duro

Contrário a toda a fragilidade de seu corpo

Era como o andar do condenado

Subindo para a morte os degraus da guilhotina.

Sua boca era igual

Igual a tantas bocas de mulher,

Apenas depois de seus sorrisos tristes

Notava-se nos lábios um rito de amargor. 

Suas mãos eram

Mãos grandes, secas e vividas, 

Mãos que afagaram em silêncio

Muitos corpos amados horas esquecidas.

Suas mãos eram como bocas, como olhos, 

Como vozes, com vida independente

Antes do corpo ser adolescente.

Eram mãos velhas e tristes

Eram como olhos vividos em pranto.

Às vezes com um movimento de inocência

E logo depois tomavam atitude de degradação.

Eram mãos que usavam alma emprestada

De dedos longos e inquietos

Como inesperados movimentos de serpente

E mudavam-se às vezes num suave tremor de seios de virgem

Tonteada em amor.

Sobre a vida do corpo desse rosto não direi mais nada

Não sei se era boa ou má

Se era maldita ou abençoada

Porque talvez essas formas destacadas que meus olhos viram

Fossem  um sonho ou outra visão qualquer

Ou possivelmente seja meu

O retrato dessa mulher.

 

(1948)

 

Em: Mundos oscilantes: poesias completas, Adalgisa Nery, Rio de Janeiro, José Olympio: 1962





Trova do jardineiro

19 10 2025
O jardim, ilustração de Pierre Brissaud,1926, para a revista House & Garden, mês de outubro.

 

 

 

Sou jardineiro imperfeito,

pois, no jardim da amizade,

quando planto um amor-perfeito,

nasce sempre uma saudade…

 

 

(Adelmar Tavares) 





Paisagens brasileiras…

19 10 2025

Colheita do Algodão,1938

Cândido Portinari (Brasil, 1903-1962)

Guache sobre Papel

 

 

Colhendo frutas

José Sabóia (Brasil,1949-2025)

óleo sobre tela, 30 x 30 cm





Em casa: Louis Ritman

19 10 2025

Café da manhã

Louis Ritman (EUA, 1889-1963)

Óleo sobre tela, 105 x 128 cm





Flores para um sábado perfeito!

18 10 2025

Bule e flores, 2005

Guyer Salles (Brasil, 1942)

técnica mista sobre papel, 57 x 76 cm 

 

 

 

Vaso com flores

Carlos Leão (Brasil, 1906-1983)

técnica mista sobre papel, 28 x 41 cm