Flash!

16 08 2025

Otto Maria Carpeaux (1900–1978) e Carlos Heitor Cony (1926-2018), 1966.





Vento do mar e o sol no meu rosto a queimar…

15 08 2025

Praia do Leme

Walter Shigeto Tanaka (Japão-Brasil, 1910-1970)

óleo sobre tela, 33 x 41 cm





250 anos de Turner!

14 08 2025

A queima das Casas dos Lordes e dos Comuns, 16 de outubro de 1834, 1835

Joseph Mallord William Turner (Inglaterra, 1775-1851)

óleo sobre tela, 92 x 123 cm

Cleveland Museum of Art

 

Turner foi um mestre da luz. E sua arte teve influência marcante ainda que serena no desenvolvimento impressionismo. Ainda que inglês e trabalhando principalmente na representação de paisagens, ele trouxe para a pintura do século XIX,  algo muito inovador: a observação da luz, a pintura com aspectos da captura ao ar livre. 

 

 

Chuva, vapor e velocidade – A Grande Estrada de Ferro do Oeste, 1840

Joseph Mallord William Turner (Inglaterra, 1775-1851)

óleo sobre tela, 91 x 122 cm

National Gallery, Londres

 

Chuva, vapor e velocidade – A Grande Estrada de Ferro do Oeste, acima, é um excelente exemplo dessa contribuição que Turner deu à pintura da geração seguinte.  Vemos nessa tela a difusão da luz, já que a cena tenta reproduzir o trem, passando pela Ponte da Estrada de Ferro em Maidenhead, sobre o rio Tâmisa, numa tarde de chuva. 

Vale lembrar que até a metade do século XIX, pintores não se dedicavam à pintura ao ar livre.  Ao ar livre fazia-se desenhos a carvão, a nanquim, pequenos estudo, mas a pintura das telas era toda feita nos estúdios. Turner traz tanto para essas paisagens com a atmosfera mais diluída, como as telas reproduzidas acima clara observação da luz na natureza, como encontramos também a mesma preocupação sobre os efeitos e reflexos da luz na paisagem urbana, como a abaixo. 

 

Veneza vista da Giudecca, 1840

Joseph Mallord William Turner (Inglaterra, 1775-1851)

óleo sobre tela, 61 x 91 cm

Victoria & Albert Museum, Londres

 

Ainda que o efeito seja semelhante ao dos impressionistas trabalhando trinta anos mais tarde, a diferença está na maneira de pintar e na separação das cores que ocorre nas obras da segunda metade do século XIX, na França.  Vale a pena dar uma vista d’olhos nas obras de Turner. 





Sombra e água fresca: Edward Killingworth Johnson

13 08 2025

Na rede, 1881

Edward Killingworth Johnson (Inglaterra, 1825-1896)

Aquarela, 41 x 49 cm





Hoje é dia de feira: frutas e legumes frescos!

13 08 2025

Bule azul, 1986

Glênio Bianchetti (Brasil1928 -2014)

óleo sobre tela colado em madeira,  34 x 25 cm

 

 

Bule e frutas levitando, 2015

Erasmo Andrade (Brasil, 1949)

óleo sobre tela, 60 x 70 cm 





O físico Carlo Rovelli sobre vida e morte…

13 08 2025

Homem escrevendo carta, 1890

Heinrich Breling (Alemanha, 1849-1914) 

óleo sobre madeira

 

 

“Eu não gostaria de viver como se fosse imortal. Não tenho medo da morte. Tenho medo do sofrimento. Da velhice, embora agora menos, ao ver a velhice serena e bela de meu pai. Tenho medo da fraqueza, da falta de amor. Mas não tenho medo da morte. Não tinha medo quando era jovem, mas então pensava que era apenas porque parecia distante de mim. Mas agora, aos sessenta anos, o medo não chegou. Amo a vida, mas a vida também é cansaço, sofrimento, dor. Penso na morte como um merecido descanso. Bach a chama de irmã do sono, na maravilhosa cantata BWV 56. Uma irmã gentil que logo virá fechar meus olhos e acariciar-me a cabeça. Jó morreu quando estava “saciado de dias”. Belíssima expressão. Eu também gostaria de chegar a me sentir “saciado de dias” e encerrar com um sorriso este breve círculo que é a vida. Posso desfrutá-la ainda, sem dúvida; ainda quero ver a lua refletida no mar; quero mais beijos da mulher que amo, quero a presença dela que dá sentido a tudo; ainda quero mais tardes dos domingos de inverno, deitado no sofá de casa enchendo páginas de símbolos e fórmulas, sonhando desvendar outro pequeno segredo dos milhares que ainda nos envolvem… Gosto da perspectiva de ainda poder beber deste cálice de ouro; a vida que fervilha, terna e hostil, clara e incompreensível, inesperada… mas já bebi muito desse cálice doce e amargo, e se neste exato momento o anjo viesse me dizer: “Carlo, chegou a hora”, não lhe pediria para me deixar terminar a frase. Sorriria para ele e o seguiria.”

 

Em: A ordem do tempo, Carlo Rovelli, tradução de Silvana Cobucci, Ed. Objetiva: 2018





Imagem de leitura: Charles Louis Verwée

12 08 2025

Bela jovem lendo 

Charles Louis Verwée (Bélgica, 1832-1882)

óleo sobre tela, 80 x 50 cm





Nossas cidades: Maceió

12 08 2025

Pajuçara, Maceió, 1941

Galdino Guttmann Bicho (Brasil, 1888 — 1955)

óleo sobre tela, 60 X 80 cm

 

 

 

Praia de Pajuçara, hoje. 84 anos depois da pintura acima.

 

 

Nota: Sempre verifico esses quadros que identificam um lugar.  Em geral consigo ver algum aspecto que permaneceu o mesmo, ou semelhante para ter certeza de que o lugar existe.  Alguns são difíceis de reconhecer.  Essa praia é uma delas. 85 anos depois não há nada, nem mesmo os cactos da pintura de Gutmann Bicho foram utilizados no paisagismo e as palmeiras definitivamente de outra espécie intercaladas, hoje, com amendoeiras.  





Ainda há muitos quebra-cabeças na história da arte…

11 08 2025

Natureza morta com melão, melancia e outras frutas, c. 1810-1820

Hóspede de Saraceni (França, ativo entre 161-1630)

[Pensionante del Saraceni]

óleo sobre tela

Recentemente comprado pelo Kimbell Art Museum, Fort Worth, TX

 

 

O verdadeiro nome do pintor é desconhecido. Sabemos que era francês, mas atuava na Itália. Há diversas obras dele ou atribuídas a ele.  Esses enigmas do passado sempre me fascinaram. Sabe-se que o artista conhecido como Hóspede de Saraceni ou [Pensionante del Saraceni] deveria pertencer a um pequeno grupo de artistas seguidores de Caravaggio, trabalhando em Roma.  

 

 

O vendedor de galinhas, c. 1618

Hóspede de Saraceni (França, ativo entre 1610-1630)

[Pensionante del Saraceni]

óleo sobre tela, 95 x 71 cm

Prado, Madri

 

Esse quadro, O vendedor de galinhas,  talvez seja sua obra mais conhecida.  Provavelmente porque está no Museu do Prado, também.  Vemos um bom desempenho do chiaroscuro desenvolvido tão bem por Caravaggio e também pelo pintor francês Georges de La Tour que é contemporâneo do enigmático Hóspede de Saraceni.

 

 

A negação de São Pedro, c. 1618

Hóspede de Saraceni (França, ativo entre 1610-1630)

[Pensionante del Saraceni]

óleo sobre tela

Museu do Vaticano

 

Nessa Negação de São Pedro é mais clara a influência de Caravaggio, o drama da cena enfatizado pelo chiaroscuro, típico de Michelangelo Merisi (verdadeiro nome de Caravaggio). 

 

E há muitas outras obras atribuídas a esse pintor, algumas cenas religiosas e outras naturezas mortas. Acredito que a IA, através ciência quântica ajudará em muito nas atribuições das obras em questão.  Mas infelizmente não ajudará, creio, na identificação de quem seria o Hóspede de Saraceni.  Pensei nele, porque recebi notificação de que o Museu Kimbell havia comprado a natureza morta colocada acima.





Retratos de famílias brasileiras, no Dia dos Pais!

10 08 2025

Famílias

Luís Fernando Borgerth (Brasil, 1945)

acrílica sobre tela, 24 x 19 cm

 

 

 

Família, 1922

Lazar Segall (Lituânia-Brasil, 1889 – 1957)

aquarela sobre papel

 

 

 

Família na Praia, 1960

Emiliano Di Cavalcanti (Brasil, 1897-1976)

óleo sobre tela, 46 x 61 cm

 

Família

Omar Pellegatta (Itália-Brasil, 1925-2000)

óleo sobre tela, 50 x 40 cm

 

 

 

A família, 1925

Tarsila do Amaral (Brasil, 1886-1973)

óleo sobre tela, 79 x 102 cm

Coleção Particular, SP

 

 

 

A família, 2001

Reynaldo Fonseca (Brasil, 1925-2019)

óleo sobre tela, 80 X 100 cm

 

 

Nota: procurei na minha coleção de imagens de arte brasileira, retratos de pais e filhos.  Muito raros.  E dentre as representações de famílias, escolhi só aqueles que incluem a figura masculina. Há  muitos retratos de famílias sem uma figura masculina. A pintura, nesse caso, é verdadeira testemunha social da famílias brasileiras que sistematicamente, há muito  tempo, não contam com a figura paterna.  São chefiadas pela mãe.  Está mudando ainda bem.  Mas os pintores não mentem.