Palavras para lembrar: Jules Renard

21 03 2025

Molly lendo, c. 1920

Rose Mead (Inglaterra,1867-1946)

óleo sobre tela

 

“Quando penso em todos os livros que tenho para ler, tenho a certeza de ainda ser feliz.”

 

Jules Renard





Trova do beijo

21 03 2025
Ilustração em revista americana, 1953

 

 

Somente agora é que vejo

que tens razão, meu amor…

Quem paga beijo com beijo

tem sempre saldo a favor.


(Narciso Nery)





Vento do mar e o sol no meu rosto a queimar…

21 03 2025

Igreja de São Camilo, rua Conde de Bonfim, Tijuca, 1965

José Maria de Almeida (Portugal-Brasil, 1906-1995)

óleo sobre tela, 37 x 55 cm





Outono: Luís Fernando Veríssimo

20 03 2025

 

 

“O outono é a única estação civilizada. A primavera é um descontrole glandular da Natureza. O inverno é o preço que a gente paga para ter o outono, e por isso está perdoado. O verão é uma indignidade. […] Clássicos ao pé do fogo, um vago cachorro e sherry seco contra o catarro. Um gentleman não deve suar, meu caro.”


Luis Fernando Verissimo, Em Algum Lugar Do Paraíso





Flash!

20 03 2025

Eça de Queiroz





Na boca do povo: escolha de provérbios populares

20 03 2025
 
 
“Panela que muitos mexem ou sai crua ou queimada.”




Sobre o ciúme: José de Alencar

19 03 2025

Leitura, 2011

Reynaldo Fonseca (Brasil, 1925-2019)

óleo sobre tela

 

 

“O ciúme não nasce do amor, e sim do orgulho. O que dói neste sentimento, creia-me, não é a privação do prazer que outrem goza, quando também nós podemos gozá-lo e mais. É unicamente o desgosto de ver o rival possuir um bem que nos pertence ao cobiçarmos, ao qual nos julgamos com direito exclusivo, e em que não admitimos partilha. Há mais ardente ciúme do que o do avaro por seu ouro, do ministro por sua pasta, do ambicioso por sua glória? Pode-se ter ciúme de um amigo, como de um traste de estimação, ou de um animal favorito. Eu quando era criança tinha-o de minhas bonecas.”

 

José de Alencar, em Senhora, em domínio público.





Hoje é dia de feira: frutas e legumes frescos!

19 03 2025

Jarro e Frutas

Yolanda Mohalyi (Hungria-Brasil, 1909-1978)

aquarela sobre papel, 62 x 47 cm

 

 

Natureza morta, 1954

Vittorio Gobbis (Itália-Brasil, 1894-1968)

Óleo sobre tela, 73 x 92 cm





Imagem de leitura: Desconhecido

19 03 2025

Jovem lendo, c. 1940

Assinatura ilegível a lápis

óleo sobre madeira, 54 x 43 cm

[Em leilão na Alemanha]





A janela e o sol, soneto de Alberto de Oliveira

18 03 2025

O quarto dela, 1963

Andrew Wyeth (EUA, 1917 -2009)

têmpera sobre placa

Coleção Particular

 

 A janela e o sol

 

Alberto de Oliveira

 

“Deixa-me entrar, – dizia o sol – suspende

A cortina, soabre-te! Preciso

O íris trêmulo ver que o sonho acende

Em seu sereno virginal sorriso.

 

Dá-me uma fresta só do paraíso

Vedado, se o ser nele inteiro ofende…

E eu, como o eunuco, estúpido, indeciso,

Ver-lhe-ei o rosto que na sombra esplende.”

 

E, fechando-se mais, zelosa e firme,

Respondia a janela: “Tem-te, ousado!

Não te deixo passar! Eu, néscia, abrir-me!

 

E esta que dorme, sol, que não diria

Ao ver-te o olhar por trás do cortinado,

E ao ver-se a um tempo desnudada e fria?!”

                                   

Publicado em 1886. no livro Sonetos e poemas