A Peregrina escolhe os melhores livros do ano!

28 12 2023

Interior com senhora lendo

Albert André (França, 1869-1954)

óleo sobre tela, 50 x 65 cm

Musée de Belas Artes de Lyon, Coleção Tomaselli

 

 

Este foi um ano irregular de leituras.  Ou seja:  muitos livros começados.  Muitos livros sem terminar.  Muitos livros terminados aos trancos e barrancos.  Muitos livros relidos.  Muitos livros lidos exclusivamente para aulas.  E alguns meses sem qualquer vontade de ler.  Dizem que o vai e volta é típico de quem passa pelo processo de luto.  Termino este ano consciente que faz um pouco mais de um ano e meio que me encontro viúva; o luto realmente mexe com a cabeça da gente.  Mas daqueles que li tenho alguns que achei MUITO BONS.  Como sempre, posto aqui a lista dos que li para depois colocar meus favoritos. 

 

Lições, Ian McEwan

Ninféias negras, Michel Bussi

A tenda vermelha, Anita Diamant

O mistério de Henri Pick, David Foenkinos

Hotel Portofino, J. P. O’Connell

Orgulho e preconceito, Jane Austen — RELIDO desta vez em português

A última livraria de Londres, Madeline Martin

Uma mulher singular, Vivian Gornick

Caderno proibido, Alba de Cespedes

O sol também se levanta, Ernest Hemingway 

Véspera, Carla Madeira

Noites Brancas, Fiódor Dostoiévski

Berta Isla, Javier Marías  — RELIDO

Garota, mulher, outras, Bernardine Evaristo

A vida peculiar de um carteiro solitário, Denis Thériault — RELIDO

Casas Vazias, Brenda Navarro

A boa sorte, Rosa Montero

As vitoriosas, Laetitia Colombani

O peso do pássaro morto, Aline Bei

Vermelho amargo, Bartolomeu Campos de Queirós  RELIDO

Confissões, Kanae Minato

A arte da rivalidade, Sebastian Smee

Autobiografia, Agatha Christie  RELIDO

A cidade e as serras, Eça de Queiroz  RELIDO

Laços, Domenico Starnone

A elegância do ouriço, Muriel Barbery  RELIDO

Violeta, Isabel Allende

O apartamento de Paris, Lucy Foley

O hotel na Place Vendôme: Vida, morte e traição no Ritz de Paris, Tilar J. Mazzeo

Ficções, de Jorge Luís Borges

Uma relação Imprópria, Barbara Pym  RELIDO, desta vez em português

2030: Como as Maiores Tendências de Hoje Vão Colidir com o Futuro de Todas as Coisas e Remodelá-las, Mauro F. Guillén

Incidente em Antares, Érico Veríssimo

 

Ao todo foram trinta e três livros.  Entre eles oito relidos.  Quase um quarto deles. Seis escolhidos como os melhores do ano.

 

 

 

 

Em primeiríssimo lugar:

Uma mulher singular, de Vivian Gornick.  Uma autobiografia  de uma mulher moderna, intelectual, que mantém o ritmo sincopado da cidade de Nova York,  onde vive.  Não é linear.  Não é a história completa de uma vida. Tampouco é um livro para todo leitor.  Mas é fascinante, revela uma era, uma mente curiosa e desvenda um conhecimento literário muito maior do que o de grande parte dos leitores.  É um livro que eu gostaria de um dia poder escrever, mas acredito que só esta autora poderia fazê-lo.

Em segundo lugar:

Ficções de Jorge Luis Borges. Que desafio!  Que brincadeira com a mente dos leitores.  Extraordinário.  Este livro terei que reler ainda algumas vezes. Mas é tudo o que haviam anunciado e muito mais. Que passeio entre a realidade (ela existe?) e o sonho.  Definitivamente um livro que não pode deixar de ser lido. Labiríntico.

Em terceiro lugar:

Incidente em Antares, Érico Veríssimo.  Ah, que prazer!  Uma comédia, uma crítica social, um retrato em que ainda nos reconhecemos!  Um prazer esta leitura, um divertimento que me fez refletir, sobre a nossa cultura, o nosso momento, sem amargor.  Muito bom.         

 

      

 Os outros três, também excelentes leituras: Laços, de Domenico Starnone; Lições de Ian McEwan e Caderno proibido de Alba de Céspedes.  Recomendo todos três (dois italianos e um inglês, que ano diferente!) para quem queira ler obras reflexivas com qualidade literária de primeira!


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