“Ao pé da letra”: o grupo escolhe as melhores leituras de 2023

16 12 2023
O grupo Ao Pé da Letra, em seu encontro de final do ano, na The Bakers, em Copacabana.

Hoje à tarde, o grupo de leitura Ao Pé da Letra, que se encontra há sete anos, teve sua última reunião em 2023. Esta foi em pessoa.  O grupo manteve encontros via Zoom através de 2023, com encontros extras entre as datas combinadas, daqueles com espaço na agenda para um bate-papo.  Saindo da pandemia, com membros com crianças pequenas, bebês como os da foto, um de seis meses, outro de dois e profissionais trabalhando online, ou com trabalho misto, online e presencial.  Foi um ano diferente para todos os membros. Tornou-se mais fácil encontros regulares online.

 

 

O grupo  leu os seguintes livros em 2023:

 

Berta Isla, Javier Marías

Garota, mulher, outras, Bernardine Evaristo

A vida peculiar de um carteiro solitário, Denis Thériault

Casas Vazias, Brenda Navarro

O mistério de Henri Pick, David Foenkinos

A boa sorte, Rosa Montero

As vitoriosas, Laetitia Colombani

Caderno Proibido, Alba de Céspedes

O peso do pássaro morto, Aline Bei

Vermelho amargo, Bartolomeu Campos de Queirós

Confissões, Kanae Minato

Noites Brancas, Fiodor Dostoievski

 

 

Em Primeiro Lugar, considerada a melhor leitura do ano: 

 

SINOPSE- 

Do consagrado autor de Coração tão branco e Os enamoramentos. É possível dizer que conhecemos uma pessoa, mesmo tão próxima, quando boa parte do que ela diz e faz permanece nas sombras?

Berta Isla e Tom Nevinson não passavam de adolescentes quando se conheceram e se apaixonaram. Em 1974, poucos anos depois das primeiras trocas de olhares no colégio madrilenho, já eram marido e mulher. Berta não sabia, mas Tom – filho de pai inglês e mãe espanhola, fluente em várias línguas e capaz de imitar sotaques e dicções com perfeição – fora recrutado para o serviço secreto britânico pouco antes do casamento. Tom engana Berta como pode, até que um incidente horripilante o obriga a revelar a atividade a que dedica boa parte dos dias. A regra, acatada por ela ao descobrir que o marido é um espião, e que deve valer por toda uma vida, é não fazer perguntas. Berta concorda, assim, em ignorar metade da existência de Tom, o que inclui a natureza de seus atos e os lugares por onde ele andou. Vivemos no escuro, diz ela, e mal conhecemos a pessoa com quem estamos casados. O quanto ainda há em Tom daquele adolescente que Berta conheceu e por quem se apaixonou?

Javier Marías retorna, aqui, ao tema da espionagem, eixo da monumental trilogia Seu rosto amanhã. Com a prosa elegante de sempre, disseca não apenas os perigos e dilemas morais de se levar uma vida dupla, mas as marcas que as zonas de sombra podem deixar no afeto e na intimidade.

“Haverá melhor romancista vivo que Javier Marías?”
The Independent

 

 

Segundo e Terceiro lugares vieram empatados.

SINOPSE

CARTAS, POESIA E UM AMOR INESQUECÍVEL.

Bilodo vive a tranquila vida de um carteiro sem muitos amigos nem grandes emoções. Completa diariamente seu percurso de entrega e retorna sempre à solidão de seu pequeno apartamento em Montreal. Mas ele encontrou uma excêntrica maneira de fugir dessa rotina: aprendeu a abrir as correspondências alheias sem deixar rastros e passou a ler as cartas pessoais com as quais se depara.

E foi assim que ele descobriu o primeiro grande amor de sua vida: a jovem professora Ségolène, que mantém uma misteriosa correspondência com o poeta Gaston, composta somente por haicais. Instigado pela elegância e simplicidade de seus versos, Bilodo se vê cada vez mais fascinado por essa forma de poesia. Mas quando é confrontado com a perspectiva de se ver privado das cartas de Ségolène, ele precisa tomar uma decisão que pode levá-lo mais longe do que podia imaginar. Talvez seja hora de compor seus próprios poemas de amor.

“Peculiar e charmoso com um desfecho bem executado, esta novela traz à mente nada menos do que um Kafka apaixonado.”
The Guardian

SINOPSE

“Na França, um excêntrico bibliotecário compõe um curioso acervo: o de manuscritos recusados e jamais publicados por casas editoriais. Entre esses textos enjeitados, uma jovem editora encontra por acaso um tesouro esquecido, As últimas horas de uma história de amor, escrito por um certo Henri Pick. Ela sai à sua procura e descobre que ele morreu dois anos antes. E a viúva garante que Pick nunca escreveu nada além de listas de compras… Cercado por essa atmosfera nebulosa, o romance é lançado e toma a cena literária de assalto, alterando o curso da vida de várias pessoas. Mas o mistério acerca dessa improvável obra de arte está apenas começando. Sarcástico, borgiano e vertiginoso, O mistério Henri Pick desnuda para o leitor os bastidores da indústria do livro ao mesmo tempo em que reflete sobre a natureza da escrita, da arte e da existência humana. “Um livro leve, engraçado e erudito: um deleite.” The Guardian

Ficam aqui as recomendações do grupo para leitura que todos deverão gostar. 





Flores para um sábado perfeito!

16 12 2023

Natureza Morta: o terraço, 1987

Luiz Verri (Brasil, 1912-1990)

óleo sobre tela, 50 x 61cm

 

 

 

Vaso com flores, 1987

Dirson Salgado (Brasil, contemporâneo)

óleo sobre tela, 60 x 29 cm