Chuva, ilustração de Tatsuro Kiuchi.
Miçanga
Wilson W. Rodrigues
Chuva — miçangas do céu
de um invisível colar
que na amplidão se partiu
veio na terra tombar.
Chuva — miçangas do céu
feita de pingos de luz;
cada pingo — estojo d’água
que um diamante conduz.
Chuva — miçangas do céu
do colar que se partiu;
miçanga — orvalho perdido
que no seu peito luziu.
Em: Bahia Flor – Poemas, Wilson W. Rodrigues, Rio de Janeiro, Editora Publicitan: s/d, p. 127
Nota: Na publicação original a palavra miçangas encontra-se escrita com dois esses — missangas. Ambas as formas: miçangas e missangas estão corretas. No entanto, desde a publicação deste livro [acredito que tenha sido publicado nos anos 50 do século passado] convencionou-se que a forma missanga é a correta em Portugal enquanto que a forma miçanga é a correta no Brasil. Assim, ao postar este poema troquei a grafia para corresponder à forma correta no Brasil.





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