Félix Vallotton (Suíça, 1865-1945)
Litogravura, publicada no Le cri de Paris, de 23/01/1898
Félix Vallotton (Suíça, 1865-1945)
Litogravura, publicada no Le cri de Paris, de 23/01/1898
Oldack de Freitas (Brasil, ?-?)
óleo sobre tela, 53 x 65 cm
No rol dos inconfidentes,
fiel à sua verdade,
deu a vida Tiradentes
por amor à Liberdade!
(Carolina Ramos)
Auguste Petit (França/Brasil, 1844-1927)
óleo sobre madeira, 24x 34 cm
Fran Peppers (EUA, contemporânea)
óleo sobre tela, 50 x 60 cm
Cá pelo Rio de Janeiro, temos 9 dias de folga em pleno mês de abril. Amigos me pedem dicas de leitura. Todos sabem que vou sempre preferir algo um pouquinho menos conhecido. Como a volta ao trabalho só está programada para segunda-feira, dia 27, há tempo de sobra para se ler bons livros.
Hoje, li a entrevista de Sofi Oksanen no jornal inglês The Guardian, e me lembrei que a autora está representada no Brasil, por pelo menos dois títulos. Com ela conhecemos melhor as histórias de colonialismo soviético, que como o The Guardian lembra, é assunto pouco abordado. E sabê-lo pelo olhos de uma escritora finlandesa, uma raridade no nosso horizonte, parece interessante pois sugere um distanciamento político raramente preservado nos meios intelectuais brasileiros em relação à antiga União Soviética. Estes livros são de leitura empolgante, thrillers, daqueles que não se quer deixar de lado para nada. Perfeitos para férias.
SINOPSE — Em 1992, uma velha senhora que vive solitária em uma floresta da Estônia, Aliide, acolhe em sua casa uma jovem russa, Zara. Apesar das desconfianças e precauções iniciais, as duas começam a se conhecer melhor e desenvolvem uma relação de amizade. Zara era uma escrava sexual na Rússia, e depois que fugiu passou a ser caçada por dois mafiosos russos que estão envolvidos no mercado sexual. Já Aliide vê na nova amiga uma oportunidade de contar sua trajetória e suas experiências pela União Soviética, tentando se livrar dos próprios fantasmas.
Expurgo, de Sofi Oksanen, Editora Record: 2012, 350 páginas
SINOPSE — Este é um poderoso romance, épico, único, que ao contar a história de Sofia, Katariina e Anna — avó, mãe e filha — perpassa todo o século 20 até chegar na atualidade. Desde a fome durante a guerra aos distúrbios alimentares para alcançar uma magreza ideal típica dos nossos tempos: está tudo aqui escrito com a visceralidade de uma das autoras contemporâneas mais aclamadas.
Na década de 1970, Katariina deixou a Estônia soviética em busca da promessa de felicidade ocidental que a Finlândia, país vizinho porém com realidade distante, representava. Sua mãe Sofia vivera desde o início os terrores da repressão soviética e assim que pôde incentivou a filha a ir embora mas agora é Anna, justamente a neta nascida na Finlândia e de hábitos ocidentais, que precisa de salvação: desde a doentia relação com seu corpo à estranha relação que tem com o sexo e com as pessoas.
As vacas de Stalin, Sofi Oksanen, Record: 2013, 420 páginas






