Vitórias Régias e chorões em lago, 1916
Claude Monet ( França, 1840-1926)
óleo sobre tela, 160 x 180 cm
Lycée Claude Monet, Paris
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Aos Chorões
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Augusto Meyer
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Chorões da praia de Belas
Molhando as folhas no rio.,
sois pescadores de estrelas
ao crepúsculo tardio.
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O mais velhinho, já torto
ao peso de tantas mágoas
lembra um pensamento absorto
debruçado sobre as águas.
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Salgueiros trêmulos, belos,
meus camaradas tão bons,
diz o poeta, violoncelos
onde o vento acorda os sons.
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Sois, à beira da enseada,
um bando de poetas boêmios,
e fitais na água espelhada
vossos companheiros gêmeos…
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Mas se alguma brisa agita
a copa descabelada,
ondula, salta, palpita
vossa imagem assustada…
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Augusto Meyer Júnior (Porto Alegre,1902 — Rio de Janeiro,1970) Pseudônimo: Guido Leal, Jornalista, ensaísta, poeta, memorialista e folclorista brasileiro. Em 1935 assumiu a direção da Biblioteca Pública de Porto Alegre. Em 1938, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde passou a colaborar em jornais e revistas com poemas e ensaios críticos. Fez parte do Modernismo gaúcho, quando dá à poesia um toque regionalista. Membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia Brasileira de Filologia.
Obras:
A Chave e a Máscara, 1964
A Forma Secreta, 1965
À Sombra da Estante, 1947
Camões, o Bruxo e Outros Estudos, 1958
Cancioneiro Gaúcho, 1952
Coração Verde, 1926
Duas Orações, 1928
Gaúcho, História de uma Palavra, 1957
Giraluz, 1928
Guia do Folclore Gaúcho, 1951
Ilusão Querida, 1923
Le Bateau Ivre. Análise e Interpretação, 1955
Literatura e Poesia, 1931
Machado de Assis, 1935
No Tempo da Flor, 1966
Notas Camonianas, 1955
Poemas de Bilu, 1929
Poesias (1922-1955), 1957
Preto e Branco, 1956
Prosa dos Pagos, 1943
Segredos da Infância, 1949
Seleta em Prosa e Verso, 1973
Sorriso Interior, 1930
Últimos Poemas, 1955






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