A FLOR DO MARACUJÁ
Pelas rosas, pelos lírios,
Pelas abelhas, sinhá,
Pelas notas mais chorosas
Do canto do sabiá,
Pelo cálice de angústias
Da flor do maracujá!
Pelo jasmim, pelo goivo,
Pelo agreste manacá,
Pelas gotas de sereno
Nas folhas do gravatá,
Pela coroa de espinhos
Da flor do maracujá!
Pelas tranças de mãe-d’água
Que junto da fonte está,
Pelos colibris que brincam
Nas alvas plumas do ubá,
Pelos cravos desenhados
Na flor do maracujá!
Pelas azuis borboletas
Que descem do Panamá,
Pelos tesouros ocultos
Nas minas do Sincorá,
Pelas chagas roxeadas
Da flor do maracujá!
Pelo mar, pelo deserto,
Pelas montanhas, sinhá!
Pelas florestas imensas,
Que falam de Jeová!
Pela lança ensangüentada
Da flor do maracujá!
Por tudo o que o céu revela,
Por tudo o que a terra dá
Eu te juro que minh’alma
De tua alma escrava está!…
Guarda contigo este emblema
Da flor do maracujá!
Não se enojem teus ouvidos
De tantas rimas em – á –
Mas ouve meus juramentos,
Meus cantos, ouve, sinhá!
Te peço pelos mistérios
Da flor do maracujá!
Fagundes Varela
Luís Nicolau Fagundes Varella, (RJ 1841 — RJ 1871) poeta e um dos patronos na Academia Brasileira de Letras.
Obras:
- Noturnas – 1861
- Vozes da América – 1864
- Pendão Auri-verde – poemas patrióticos, acerca da Questão Christie.
- Cantos e Fantasias – 1865
- Cantos Meridionais – 1869
- Cantos do Ermo e da Cidade – 1869
- Anchieta ou O Evangelho nas Selvas – 1875 (publicação póstuma)
- Diário de Lázaro – 1880






gostei do jeito do site mas se o poema tivesse resenha ficaria melhor ainda……kkkkkkkkkk…………..rsrsrsrsrsrssr…..hahahahahahaha!!!!!!!!!!!
Engraçado.
Há um poema de Castro Alves…
…falando das tranças… da granadilha.
Aliás… belíssima esta flor de maracujá.
Olá, obrigada pela visita. O poema que conheço que fala de tranças e granadilha vai aqui, é de Castro Alves:
Vou colocar estas palavras em negrito
NO BARCO
— Lucas! — Maria! murmuraram juntos…
E a moça em pranto lhe caiu nos braços.
Jamais a parasita em flóreos laços
Assim ligou-se ao piquiá robusto…
Eram-lhe as tranças a cair no busto
Os esparsos festões da granadilha…
Tépido aljofar o seu pranto brilha,
Depois resvala no moreno seio…
Oh! doces horas de suave enleio!
Quando o peito da virgem mais arqueja,
Como o casal da rola sertaneja,
Se a ventania lhe sacode o ninho.
Cantai, ó brisas, mas cantai baixinho!
Passai, ó vagas…, mais passai de manso!
Não perturbeis-lhe o plácido remanso,
Vozes do ar! emanações do rio!
“Maria, fala!” — “Que acordar sombrio”,
Murmura a triste com um sorriso louco,
“No Paraíso eu descansava um pouco…
Tu me fizeste despertar na vida …
“Por que não me deixaste assim pendida
Morrer co’a fronte oculta no teu peito?
Lembrei-me os sonhos do materno leito
Nesse momento divinal… Qu’importa?…
“Toda esperança para mim ’sta morta…
Sou flor manchada por cruel serpente…
Só de encontro nas rochas pode a enchente
Lavar-me as nódoas, m’esfolhando a vida.
“Deixa-me! Deixa-me a vagar perdida…
Tu! — Parte! Volve para os lares teus.
Nada perguntes… é um segredo horrível…
Eu te amo ainda… mas agora — adeus!”
ADEUS — Adeus — Ai criança ingrata!
Pois tu me disseste — adeus — ?
Loucura! melhor seria
Separar a terra e os céus.
— Adeus — palavra sombria!
De uma alma gelada e fria És a derradeira flor. — Adeus! — miséria! mentira
De um seio que não suspira,
De um coração sem amor.
Ai, Senhor! A rola agreste
Morre se o par lhe faltou.
O raio que abrasa o cedro
A parasita abrasou.
O astro namora o orvalho:
— Um é a estrela do galho, — Outro o orvalho da amplidão.
Mas, à luz do sol nascente,
Morre a estrela — no poente!
O orvalho — morre no chão!
Nunca as neblinas do vale
Souberam dizer-se — adeus —
Se unidas partem da terra,
Perdem-se unidas nos céus.
A onda expira na plaga…
Porém vem logo outra vaga
P’ra morrer da mesma dor…
— Adeus — palavra sombria!
Não digas — adeus —, Maria!
Ou não me fales de amor!
—-
Boa lembrança. Um abraço, Ladyce
Amo este poema. Me lembra minha amiga querida que já se foi declamando esta poesia na aula de português, sei que esta com JESUS ao seu lado em um jardim falando da flor do maracujá com ELE.
adorei o seu poema, gosto muito das flores de maracuja gostaria que envia-se tudo soube esta flor com fotos de possivel. Um abraço. Gil
eu adorei eu copiei esse texto para um trabalho de artes eu quase morri de tanto copiar rsrsrsrsrs
meu msn pra quem quiser é beka_linda@hotmail.com.br
bejitos amores
e muito bonito esse poema
Maravilhoso esse poema, que me remete ao passado e me faz lembrar de palavra por palavra, a interpretação da professora de Português. Não foi por acaso que o encontrei este blog, é que a caminho do trabalho me deparei com um pé de maracujá repleto com suas flores encantadoras, dando à Avenida movimentada um ar de tranquilidade e suavidade sem deixar de citar o seu perfume, naquele trecho mágico do meu caminho!
Obrigada, pelo carinho do Seu blog!
esse poema é muito bom adorei!!!!!!!!!!!!!!
Adorei o poema
e vou apresentar ele na escoola com minhas melhores ♥[pink]
Adorei o poema e muito fofo *—————* [red]
achei linda vou declamar ela na minha escola (E.E. Odilon Berens)
Você tem muito bom gosto! Parabéns! Todos vão gostar. Uma ótima idéia!
Nossa, a flor do maracujá é linda não é pessoal?
Ela é mesmo muito bonita!
passei por varios poemas para escolher um so
pq vcs acham que escolhi este pq me apaixonei por ele
ele é muito bom apesar de ser grande e difícil de decorar
Bruna, você tem muito bom gosto. Parabéns. Esse poema é lindo mesmo.
O poema a florida de maracuja me lembra minha infancia onde declamei este poema anita
Que bom Anita, você teve bons professores, e um ótimo “faro” para as belas poesias. Obrigada pelo comentário.
esse poema faz parte da minha historia eu amo Fagundes varela
Ele foi um grande poeta. Você tem bom gosto!
Esse poema é lindo
Também acho 😉
Lindo poema crístico,pois evoca em uma singela flor,o martírio de Jesus no Calvário.
Lindo eu amei esse poema 😍
Que bom, Jessica, fico muito feliz.
Poema maravilhoso de uma flor realmente maravilhosa. Sempre acerto quando chamo uma garota de flor de maracujá!
Que lindo! Elas devem adorar!