Como parte dos rituais de fim de ano a NPR: National Public Radio, Washignton DC, EUA revelou a lista dos cinco melhores livros estrangeiros publicados naquele país em 2008. É sempre muito interessante ver, não só para onde a indústria editorial está levando seus leitores nos EUA, mas também, ver o que foi considerado importante o suficiente para merecer o trabalho de um tradutor. Os EUA são conhecidos por sua insularidade cultural, apesar do grande número de leitores no país. O americano é notório por preferir autores nacionais no lugar dos estrangeiros. E dos estrangeiros preferem os de língua inglesa, ao invés das publicações em que há necessidade de traduções.
A lista deste ano inclui dois livros escritos em espanhol, um em húngaro, um em italiano. O outro foi escrito em inglês, mas seu autor é escocês. Será que estes livros virão a interessar o leitor brasileiro?

1 – SENSELESSNESS ( em espanhol: A insensatez) de Horácio Castellanos Moya — escritor de Honduras. Uma sátira sobre um escritor latino americano que se encontra exilado e pobre. Arranja um emprego para editar um documento descrevendo detalhadamente as torturas infringidas pelo governo ditatorial militar aos índios locais, num país vizinho.

2 – KIERON SMITH, BOY do escocês James Kelman é um romance que tem como personagens centrais dois irmãos: Kieron e Matt. Matt é considerado o mais inteligente, o favorito e é tratado diferentemente pelos avós que os criam em Glascow O livro PE narrado por Kieron.

3 – 2666, Roberto Bolaño do escritor chileno/mexicano, que morreu recentemente (2003), já havia arrebatado os críticos nos EUA, no ano passado quando seu livro Os detetives selvagens [no Brasil: Cia das Letras: 2006] foi lançado. Originalmente imaginado com um grupo de cinco livros diferentes, 2666 é um volume grosso, quase mil páginas em inglês, que começa com a vida de um escritor alemão no México.

4 – METROPOLE de Ferenc Karinthy, autor húngaro, que neste livro descreve a saga de Budai, um homem que se encontra perdido num país desconhecido, numa cidade com milhões de pessoas que n ao falam a sua língua e incapaz de se comunicar o suficiente para evitar um final previsível e caótico.

5 – THE LOST DAUGHTER – a Itália se faz representar nesta lista com a obra de Elena Ferrante, cujos romances anteriores já haviam sido publicados nos EUA. Este é um pseudônimo adotado para os trabalhos mais controversos deste/desta escritor. Aqui é explorado, aparentemente com grande suspense, os sentimentos de uma mãe que não gosta de suas filhas.




