Meus favoritos: Georges Lacombe

14 09 2023

Mulheres canoeiras na Bretanha, 1894

Georges Lacombe (França, 1868-1916)

têmpera sobre tela, 46 x 61 cm

Museu de Belas Artes de Houston, Tx

 

 

 

Georges Lacombe é um dos pós-impressionistas menos conhecidos.  Foi aluno de Gauguin e com ele conseguiu liberar as cores utilizando, à maneira do mestre, vermelhos onde ninguém os via, amarelos para reflexos, azul anil fora dos  céus e mares.  Assim como Gauguin sua paleta abraça com entusiasmo cores primárias ou cores fortes.  Alguns de seus contemporâneos, também alunos de Gauguin, formaram um grupo de artistas pós-impressionistas que combinava  expressões visuais e sentimentais através de cores e traços.  Tomaram para si, e Lacombe é um deles, o nome Nabi, palavra hebraica, significando profeta.  Na interpretação do grupo a palavra Nabi demonstrava as preocupações com o espiritual ou místico.

Georges Lacombe foi bastante influenciado pelas xilogravuras japonesas poli-cromadas, muito populares na Europa a partir de meados do século XIX. Aqui, temos a perspectiva ambiental com ponto de vista acima do horizonte; ritmo nos troncos das árvores que se repetem, assim como nas duas bretãs que remam; traçados fortes delimitam as formas e as cores são por elas contidas.  Parece, de verdade, uma gravura japonesa.





Da minha mesa de trabalho

12 09 2016

 

 

dsc01444Nesta semana, crisântemos. Não resisti a esses crisântemos brancos.  Estão muito lindos e repolhudos.

 

O ponto alto da minha semana foi a visita à exposição no Centro Cultural Banco do Brasil. Um grupo não muito grande de quadros dos museus d’Orsay e  l’Orangerie na França, dos pintores pós impressionistas. Caso vocês não se lembrem  entre eles estão van Gogh, Gauguin, Seurat, e Paul Cézanne entre muitos outros.  A exposição é um espetáculo.  E pode ser vista e lida diversas vezes, pois a cada obra conseguimos fazer conexões com outras obras que conhecemos.

Tenho amigos que me disseram que não precisavam ir porque já tinham visto esses museus nas viagens à França.  Sinto muito por eles.  Pois  tenho certeza de que se surpreenderiam.

Uma coisa é ver esses quadros no museu em Paris, entre centenas de outros.  Outra é vê-los selecionados, destacados, em outro ambiente. De repente, as coisas mudam de proporção.  Nossa memória é colocada em cheque.  “Este quadro era mesmo tão grande assim?”  “O amarelo dessas flores era tão claro?”. Re-avaliamos. Tudo é diferente, não importa quantas vezes você tenha ido a Paris visitar museus.

Essa exposição é íntima. Chega-se bem perto dos quadros expostos. Há pouca gente na frente.  Aliás é surpreendente: cheguei no sábado às 10:40 e entrei direto, sem filas.  Por que?  Por que o carioca não está prestigiando essa exposição?  Quando você vai conseguir ver essas obras com a calma, com a aproximação que você consegue no CCBB? Se você ama arte e quer aprender sobre a arte e sobre os artistas, não perca.  É uma exposição extraordinária. Vá.

 

SERVIÇO:

O TRUNFO DA COR

O pós-impressionismo do Musée d’Orsay e do Musée e l’Orangerie

20 de julho a 17 de outubro de 2016

Quarta a segunda, 9h às 21h

CCBB – Centro Cultural do Banco do Brasil

Rua Primeiro de Março, 66. Centro, RJ

 

 

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dsc01429Slide show sobre as obras em exposição.

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Rio de Janeiro, comemorando 450 anos!

6 02 2015

 

a_cara_do_rio_f_015Rio de Janeiro, internacional e atemporal, 2010

Maria Helena Hofmann (Brasil, 1963)

acrílica sobre tela, 80 x 100 cm

Exposição “A Cara do Rio: da minha janela“, 2010