Curiosidade literária

10 01 2022

Lendo debaixo da sombrinha

Elizabeth Lee Clarence Hinkle (EUA, 1880 — 1960)

óleo sobre tela

Laguna Art Museum, Califórnia

 

A leitura do Talmude, relata Disraeli [Curiosities of Literature, 1881], já foi proibida por vários editos, do Imperador Justiniano, por muitos dos reis de França e Espanha e numerosos papas.  A ordem era queimar-se todas as cópias, só a corajosa perseverança dos judeus preveniu seu desaparecimento.  Em 1569 doze mil cópias foram incendiadas em Cremona. Johann Reuchlin (1455–1522) humanista alemão, católico, estudioso de Grego e Hebraico, interferiu para que parassem com a destruição universal dos  Talmudes.  Por isso, passou a ser odiado pelos monges, e condenado pelo Eleitorado de Mainz, um dos estados mais prestigiosos e influentes do Sacro Império Romano. Mas apelou para Roma e as acusações foram suspensas e não foi mais considerado necessária a destruição dos Talmudes.





Curiosidade literária

20 12 2021

A leitura

Jean d’Esparbès (França, 1898-1968)

óleo sobre tela

 

 

 

Stendhal é um dos poucos escritores que poderia se orgulhar de dar nome a uma doença.   Em 1817,  viajou pelo sul da Europa, parando em Florença.  Lá, na Catedral de Santa Croce, emocionado, sentiu-se mal.  Mais tarde descreveu o que havia acontecido como “sensações celestiais” após se render à beleza sublime das belas obras de arte que o rodeavam.  Na saída da igreja, foi acometido por taquicardia, sentindo que a vida se esvaía de seu corpo, enquanto caminhava com dificuldade, acreditando poder cair a qualquer momento.

Esta foi a primeira descrição de um fenômeno que recebeu o nome de síndrome de Stendhal, uma doença psicossomática que pode provocar reações várias, que vão de problemas de percepção aos sentimentos de angústia, levando às vezes ao pânico.

 





Curiosidade literária

6 12 2021

Garota lendo, c. 1945

Joe Jones (EUA, 1909-1963)

óleo sobre tela

Quem imaginaríamos ser o autor da primeira história de ficção científica no Brasil? Ninguém mais, ninguém menos do que Machado de Assis.  Com o conto O imortal, de 1882, influenciado pelo conto gótico, Machado abre o campo literário para a ficção científica, mesmo tendo baseado este conto em Rui de Leão, outra história dele mesmo, publicada dez anos antes, em 1872.





Curiosidade literária

22 11 2021

Lendo o jornal em Hólatorg, 2000

Guomundur Björgvinsson, (Islândia, contemporâneo)

acrílica sobre tela

 

Poderíamos considerar o escritor americano Truman Capote supersticioso?  Ele não iniciava nem terminava nenhum texto em qualquer sexta-feira.  E, ainda mais, se o hotel onde se hospedasse tivesse lhe dado um quarto com o número de telefone em que o número 13 aparecesse, ele trocava de quartos.

 





Curiosidade

15 11 2021

Lewis Carroll, autor de As aventuras de Alice no País das Maravilhas, era também um matemático. Publicou diversas obras de matemática com seu nome verdadeiro: Charles Lutwidge Dodgson.





Curiosidade literária

5 10 2021

O ateliê, 1913

Harold Knight (GB, 1874–1961)

óleo sobre tela

 

O escritor Henri Beyle escreveu a maioria de suas obras sob o pseudônimo de STENDHAL.  Mas através de sua carreira literária utilizou alguns outros pseudônimos, entre eles: Cornichon e William Crocodile.





Curiosidade literária

20 09 2021

Um momento de quietude, 1995

Ivan Alekseevich Bukakin (Rússia, 1933)

óleo sobre tela, 55 x 43 cm

Nicolas Boileau era conhecido pela exatidão de horários quando marcava um encontro, quer com amigos ou conhecidos.  Um dia, interpelado sobre esse hábito, respondeu:

— Nunca me faço esperar, porque observei que os defeitos de um homem se apresentam sempre à mente de quem por ele espera.





Curiosidade

13 09 2021
Capa do livro Tintin e os piratas, por Hergé

Você conhece a origem do nome Hergé? O criador de Tintin, popular e imbatível herói de quadrinhos belga, usou, por extenso e invertidas as primeiras letras de seu nome,escritas: Georges Rémi. [ERRE + GE].





Curiosidade literária

7 09 2021

Torre Eiffel, 1924

Robert Delaunay (França, 1885 – 1941)

óleo sobre tela, 161 x 96 cm

Museu de Arte de Saint Louis, MO

 

Guy de Maupassant foi um dos assinantes do protesto contra a construção da Torre Eiffel.  Seu nome aparece sob o manifesto,  chamado Protestation des artistes, publicado em 14 de fevereiro de 1887, no jornal Le Temps.  O escritor detestava tanto a construção, que se tornaria o próprio símbolo da França, que mudou de residência em Paris, para não mais avistar a Torre Eiffel das janelas de seu apartamento.





Curiosidade literária

30 08 2021

O romance Bambi, a história de uma vida na floresta, do autor austríaco Félix Salten (1869-1945), lançado em 1923, foi banido em 1936, na Alemanha, pelo regime nazista que o considerava uma alegoria de como as populações judias haviam sido tratadas na Europa.  Por causa disso, esses livros foram queimados, e hoje  é muito difícil encontrar alguma primeira edição dessa obra.