Curiosidade literária…

29 02 2024
Minie decide ler a seção policial do jornal, Ilustração de Walt Disney.

 

 

Vamos concordar: algumas pessoas têm sorte. Certamente o ex-marido da escritora Sue Grafton é um deles.  Que bom também que há pessoas, como a própria Sue Grafton, que conseguem  ter bom-senso e não levar seus sentimentos destrutivos a termo.

Sue Grafton, escrevia argumentos para filmes em Hollywood.  Mas, antes disso, formada em Letras pela Universidade de Louisville, publicou dois livros, Keziah Dane e The Lolly-Madonna War, no final da década de 1970, livros que não tiveram qualquer sucesso. Voltou-se, então, para carreira de roteirista.  E assim trabalhou por quinze anos.  Sucesso! No entanto quando faleceu em 2017, era conhecida como a autora de diversos livros de sucesso internacional, numa série que levou o cognome:  Crimes do Abecedário.  O primeiro livro deste grupo, A é para Álibi, publicado em 1982, foi resultado da raiva que sentia pelo marido de quem se divorciava.  A autora admitiu que se dedicou a imaginar maneiras de acabar com a vida do marido com quem disputava as condições do divórcio.  Até que se sentou um dia e escreveu o manuscrito que iria de fato abrir as portas para publicações de muito sucesso.  Depois deste primeiro livro de mistério, seguiu-se B is for Burglar, no Brasil, B de Busca.  O terceiro livro, C de Cadáver (C is for Corpse) alavancou a ideia de uma série.  Quando morreu em 2017, Sue Grafton havia publicado mistérios cujos títulos cobriam vinte e cinco letras do alfabeto inglês estrelando o detetive particular, Kinsey Millhone. Salva por sua imaginação, Sue Grafton não poderia ser presa por um crime que nunca cometeu, só planejou!