Alagados, Salvador, 1979
[Península de Itapagipe]
Gabriela Dantés (Uruguai-Brasil, 1914 – ?)
óleo sobre tela 40 x 65 cm
Alagados, Salvador, 1979
[Península de Itapagipe]
Gabriela Dantés (Uruguai-Brasil, 1914 – ?)
óleo sobre tela 40 x 65 cm
Ipitanga, Lauro de Freitas, BA, 1981
José Maria de Souza (Brasil, 1935-1985)
óleo sobre placa, 46 x 38 cm
Beija-flor, 1994
Inimá de Paula (Brasil, 1918- 1999)
pastel, 68 x 87 cm
“Não acredito que haja qualquer cidade no Brasil que interesse tanto o estrangeiro como a Bahia. É a capital espiritual do país, sendo a residência do arcebispo. As igrejas, os conventos e outros edifícios públicos, são de grandes proporções, porém apresentam aspecto provinciano. O povo é alegre e sociável, e, nas minhas extensas viagens por todo o Império, não encontrei em lugar nenhum uma sociedade igual a da Bahia. Na casa do cônsul americano, Sr. Gillmer, está-se sempre seguro de encontrar brasileiros dos mais refinados e bem educados.
……….
A residência do Sr. Gillmer está situada em um agradável ponto da cidade, onde a vegetação e as flores são abundantes. Cada noite as brisas carregam os mais suaves perfumes, e a cada manhã o sol parece revelar novas belezas nos botões que se abrem em lindas flores. Da mesma forma a casa do Sr. Nobre era circundada pela sombra de árvores frutíferas, e seu grande salão semanalmente se enchia de músicos amadores e profissionais, que davam os mais encantadores saraus musicais.
Muito cedo de manhã, olhei da janela da casa do cônsul e vi sobre os ramos de uma árvore de fruta-pão embaixo de mim, um beija-flor quietamente em seu delicado ninho. No meio da folhagem parecia um fragmento de lápis-lázuli circundado de esmeraldas, pois o seu dorso é do mais carregado azul. Em qualquer parte do Brasil vê-se abundantemente essa pequena joia alígera, em suas muitas variedades, ao passo que na América do Norte, desde o México até o 57º de latitude, dizem haver apenas uma espécie de beija-flor. O Sr. Gosse chama, a espécie, de rabo-longo, a joia da ornitologia americana; e bem merece o título se considerarmos os raios de rico verde-dourado, púrpura-escuro, azulado-escuro brilhante, e o magnífico verde-esmeralda, que irradiam dessa joia dotada de asas.
Os machos figuram entre as criaturas mais beligerantes — raramente encontrados sem estar em terríveis combates.”
Em: As Ladeiras e as igrejas (Na Bahia de Todos os Santo, 1855), texto de James C. Fletcher, incluído no livro Coqueirais e chapadões: Sergipe e Bahia, seleção, introdução e notas de Ernani Silva Bruno, Organização de Diaulas Riedel, São Paulo, Cultrix: 1959, pp. 107-8.
NOTA: James Cooley Fletcher missionário, presbiteriano, norte-americano que, em missão evangélica, viveu no Brasil, percorrendo várias de suas províncias entre os anos de 1851 e 1865.
Água de Meninos, Salvador, década 1930
Manoel Ignácio Mendonça Filho (Brasil, 1895 –1964)
óleo sobre papelão, 70 x 55 cm
Coleção Augusto Gentil Baptista
Figura feminina
Angelo Simeone, (Itália/Brasil, 1899 -1963)
óleo sobre tela colada sobre eucatex, 60 X 48 cm
Sosígenes Costa
Ora, a alegria, este pavão vermelho,
está morando em meu quintal agora.
Vem pousar como um sol em meu joelho
quando é estridente em meu quintal a aurora.
Clarim de lacre, este pavão vermelho
sobrepuja os pavões que estão lá fora.
É uma festa de púrpura. E o assemelho
a uma chama do lábaro da aurora.
É o próprio doge a se mirar no espelho.
E a cor vermelha chega a ser sonora
neste pavão pomposo e de chavelho.
Pavões lilases possuí outrora.
Depois que amei este pavão vermelho,
os meus outros pavões foram-se embora.
Igreja de Santo Antônio da Barra, Salvador, BA, 1938
[Vista tomada do Largo da Vitória]
Alberto Valença (Brasil, 1890-1983)
óleo sobre tela, 54 x 63 cm
Museu de Arte do Estado da Bahia