Franz Xavier Simm (Áustria, 1853-1918)
óleo sobre painel, 40 x 29 cm
Leitor em biblioteca de estilo Rococó
Alois Heinrich Priechenfried (Áustria, 1867 -1953)
óleo sobre tela, 48x 36cm
Abbott Fuller Graves (EUA, 1859 – 1936)
óleo sobre tela
Samuel Carrington, o pai da artista, 1915
Dora Carrington (EUA, 1893-1932)
óleo sobre tela
Cathy Jourdan (EUA, contemporânea)
acrílica sobre tela.
Chad Gowey (EUA, 1987)
Nicolas Waaij Weesmeisjes (Holanda, 1855-1936)
óleo sobre tela
Djanira da Motta e Silva (Brasil, 1914-1979)
óleo sobre tela, 65 x 55 cm
Edvard Munch (Noruega, 1863-1944)
óleo sobre cartão
Retrato de meu pai, José Alberto Ramos Román
Ramos Cortés (Espanha, contemporâneo)
óleo sobre tela colada em placa, 90 x 90 cm
Camille Pissarro (França, 1830-1903)
óleo sobre tela, 7 x 9 cm
Coleção Particular
Marcel Semblat lisant, 1910-1920
Georgette Agutte (França, 1867-1922)
óleo sobre tela
Musée de Grenoble
Carl Reichert (Áustria, 1836-1918)
óleo sobre madeira, 24 x 30 cm
Carl Reichert (Áustria, 1836-1918)
óleo sobre madeira, 28 x 34 cm
Carl Reichert (Áustria, 1836-1918)
óleo sobre madeira, 17 x 24 cm
Carl Reichert (Áustria, 1836-1918)
óleo sobre madeira, 27 x 21 cm
Carl Reichert (Áustria, 1836-1918)
óleo sobre madeira, 24 x 18 cm
Carl Reichert (Áustria, 1836-1918)
aquarela, guache e carvão sobre o papel, 22 x 20 cm
Carl Reichert (Áustria, 1836-1918)
óleo sobre tela, 60 x 40 cm
Carl Reichert (Áustria, 1836-1918)
óleo sobre madeira, 31 x 23 cm
Carl Reichert (Áustria, 1836-1918)
óleo sobre madeira
Carl Reichert (Áustria, 1836-1918)
óleo sobre madeira
Carl Reichert (Áustria, 1836-1918)
aquarela sobre papel, 15 x 21 cm
Carl Reichert (Áustria, 1836-1918)
óleo sobre madeira, 47 x 30 cm
Carl Reichert (Áustria, 1836-1918)
óleo sobre madeira, 44 x 55 cm
Marianne Stokes (Áustria, 1855-1927)
têmpera sobre painel de mogno, 41 x 34 cm
Tate Gallery, Londres
Alois Heinrich Priechenfried (Áustria, 1867-1933)
óleo sobre tela, 35 x 58 cm
A inveja, pecado mortal, fonte segura dos sentimentos mais complexos no ser humano, é o tema central desse pequeno romance (seria melhor chamá-lo novela, no sentido literário da palavra, ou seja um conto longo que não chega a ser um romance) titulado A acompanhante de Nina Berberova (Rússia, 1901- EUA,1993). Para os amantes de literatura russa essa escolha é perfeita, em estilo, prática, tema e complexidade emocional a autora, só descoberta por aqueles que não leem em russo, nos anos 80 do século passado, quase 30 anos após emigrar para os Estados Unidos, tornando-se cidadã americana.
Publicado no Brasil em 1997 pela Imago, só agora, participando de um grupo de leitura cujas obras precisam ter menos de 150 páginas, cheguei a esse exímio retrato psicológico de Sonetchka uma pianista jovem, pobre, bastarda, competente e feia. Isso não sou eu quem diz, mas um personagem que, sem interesse secundário em suas habilidades na música, a leva para jantar e diz: “Você é gentil, muito gentil. Tão feia e tão gentil. Tão pequena e tão feia” [81]. Como se sente então essa jovem diante da cantora Maria Nikolaevna Travina, mulher atraente, enigmática, sedutora, portadora de uma bela voz, que lhe deu emprego, comida, roupas e uma vida fora da miséria em que nascera? Grata por ter sido reconhecida como competente? Feliz por ter um emprego que a tira da pobreza profunda? Fascinada com a oportunidade de sair da Rússia, ir a Paris? Não. A inveja a domina.
Sonetchka não consegue ser generosa e apreciar o que de bom acontece na vida de sua patroa. Muito pelo contrário gostaria de destruir esses bons eventos. E não se livra tampouco dos preconceitos da sociedade russa, nem mesmo depois de deixar o país para trás. Não consegue se desfazer do complexo de inferioridade alimentado por ser filha de mãe solteira; por sentir que repetirá a vida de subsistência de sua mãe. Julga aqueles que a salvaram de um futuro incerto e faminto pelos rígidos parâmetros da mesquinhez. E a bela cantora que a salvara de um futuro abismal é o fruto de um ódio murmurante, impiedoso, abrigado na alma de sua acompanhante.
“Mas eu não notei nada, nada exceto aquela espécie de doçura que ela tinha, e de vez em quando um olhar incerto. De novo, ela era gentil e atenciosa com Pavel Fedorovich, de novo trabalhava muito e com aplicação; por períodos ela se embelezava de modo impressionante, e continuava sua existência com segurança e total liberdade. E eu sentia que sumia cada vez mais do lado dela, enquanto ela crescia como cantora e, física e espiritualmente, se aproximava de uma espécie de ponto focal de sua vida, ponto que poderia fazer durar por muitos anos, com sua inteligência, sua beleza e seu talento. ” [85]
Não é suficiente alimentar o asco, torcer para que as coisas não se resolvam, não é suficiente imaginar o que faria para desmascará-la. O ódio que sente contra a bela e generosa cantora, precisa machucar. É preciso ferir Maria Nikolaevna Travina do mesmo modo que Amy, a mais jovem das irmãs em Mulherzinhas de Luísa May Alcott, precisa queimar o manuscrito de Jo, quando não pode ir a teatro. Não bastava sentir raiva, era necessário machucá-la, feri-la, naquilo que entendia ser sua fonte de poder. Com Sonetchka o mesmo acontece. Mas a vida lhe rouba até mesmo a oportunidade de ser central no evento que mudará a vida de sua patroa. Traída mais uma vez pelas circunstâncias a acompanhante mergulha em sua própria sopa de fel.
Uma poderosa narrativa, surpreendentemente detalhada para tão pequena obra. Vale a leitura.
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O pequeno leitor, s/d
Johann Baptist Reiter (Áustria, 1813-1890)
óleo
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Johann Baptist Reiter nasceu em Urfahr, na Áustria em 1813 numa família de marceneiros. Seu primeiro contato com tintas foi auxiliando seu pai na pintura de móveis. Por sugestão de um negociante de arte ele entrou para a Academia de Viena, entre seus professores estavam: s Leopold Kupelwieser, Anton Petter e Thomas Ender. De 1830 a 1837 ganhou a vida como pintor de porcelanas, mas já em 1834 fazia sua primeira exposições nos salões de Viena. A partir de 1837 sua carreira toma ímpeto e ele se torna um conhecido pintor de cenas históricas e retratos. Faleceu em Viena em 1890.
No início desta semana a National Public Radio, nos EUA, revelou sua lista dos 5 melhores livros de crime publicados em 2008.
O critério foi baseado numa frase de Sam Spade no livro O Falcão Maltês: um grande mistério deve tirar a tampa da vida e deixar você ver como funciona. A parte de entretenimento também foi considerada essencial, mas defuntos, jóias roubadas, cartas, material que faz parte de todo bom mistério são só motivos para se falar dos grandes mistérios da vida: amor, morte, Deus e a presença do Mal na vida diária. De acordo com a NPR, todos esses elementos estão presentes nos cinco mistérios selecionados:
Small Crimes de Dave Zeltserman: é um mistério noir. A história é contada por Joe Denton, um tipo clássico deste tipo sombrio de mistério dos anos 30 — um ex-policial corrupto, que ao sair da prisão depois de sete anos encarcerado por ter assassinado a facadas um promotor publico começa a receber todo tipo de visitas de pessoas que lhe cobram por seu passado.
The girl with the Dragon Tatoo, de Stieg Larsson: se passa na Suécia. O autor, jornalista, estreou como escritor com este título que foi imensamente bem recebido pelo público europeu. O livro inclui corrupção corporativa, suspense na corte da justiça, uma família disfuncional e um quebra-cabeças do gênero Agatha Christie. Tudo enquanto o repórter Mikael Blomkvist é empregado por um velho mogul para desvendar um antigo crime envolvendo o desaparecimento de sua sobrinha, há 40 anos. Junto com o repórter está a hacker de computadores Lisbeth Salander.
The Chinaman, de Friedrich Glauser, é a tradução de um antigo mistério do escritor austríaco, nascido em 1896. Glauser passou muitos anos de sua vida entrando e saindo de hospitais e clínicas psiquiátricas mas mesmo assim conseguiu escrever uma série de romances de mistério com narrativas completamente hipnóticas. Eles são estrelados pelo policial Suíço Sargento Studer. [ Em reconhecimento pelo grande escritor, a Alemanha nomeou seu mais prestigiado prêmio para a ficção de mistério de Prêmio Glauser]. Este mistério é o quarto da série de Glauser e foi publicado pela primeira vez em 1939.
Death Vows, de Richard Stevenson, tem Donald Strachey, o conhecido detetive gay, que habita os romances de Stevenson. Este é seu nono livro e motivo central circula à volta do direitos do casamento gay. Strachey é contratado por um grupo de amigos, que suspeitam de alguma coisa errada sobre o noivo, logo, logo marido, de um amigo deles Bill Moore. Assim que Strachey entra em cena, um assassinato acontece.
The Long Embrace, de Judith Freeman, é um mistério com uma narrativa atmosférica. Apesar de não ser tecnicamente um livro de crime, este romance gira em torno da vida de um dos escritores de histórias de detetives mais queridos nos EUA: Raymond Chandler. O livro se concentra no casamento de 30 anos desse escritor com Cissy Pascal, que era 18 anos mais velha que ele.
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Títulos no Brasil:
Stieg Larsson: Os homens que não amavam as mulheres, tradução de Paulo Neves, Companhia das Letras: 2008, São Paulo.
Histórias na hora de dormir, 1883
Anton Ebert (Alemanha 1845-1896)
Óleo sobre tela.
Anton Ebert ( 1845-1896) Nasceu na Alemanha mas ficou mais conhecido como um pintor vienense. Ficou famoso por suas cenas de interior, popr sua pintura de gênero, assim como retratista e paisagista. Estudo em Praga na Academia de Arte de Praga o que o faz às vezes ser confundido com artistas daquela nacionalidade. Mais tarde estudou com Ferdinand Georg Waldmueller em Viena onde acabou se estabelecendo. Foi muito elogiado por suas cenas idílicas de jovens senhoras com crianças, assim como alguns quadros orientalistas.