Vento do mar e o sol no meu rosto a queimar…

18 07 2025

Regata na Baía de Guanabara, 1989

Carlos Sorensen (Brasil, 1928-2008)

óleo s tela, 50 X 65 cm





Resenha: A Fábrica, Hiroko Oyamada

18 07 2025

 

Faço questão de escrever minha avaliação sobre esse livro: ou a tradução não está boa, ou a escrita é falha. Não dá nem para decidir qual desses problemas é o maior. Sou leitora de muitos anos de literatura japonesa contemporânea e clássica.  Encontrei nesse campo livros fenomenais, mas esse foge dessa experiência, por completo.

Ler um livro em que chego ao final sem saber: 1) quem está narrando, 2) é um homem? 3) é uma mulher?  Não sei.  E de repente achar que foram mais de um narradores…  não faz sentido.  O livro não tem inicio nem fim claros.  Sei que deve ser um tipo realidade distópica.  Mas  distópico ficou o meu cérebro querendo saber exatamente por que?  Por que estava lendo esse texto? Um livro pequeno que pareceu interminável.

E ganhou prêmios!  E há resenhistas dando 5 estrelas!  Meu palpite: não leram  Dizer como a editora diz: uma literatura semelhante a do escritor checo Franz Kafka, mas atual e do Japão, é intencionalmente apontar para farsa. Tenho certeza de que se possível Kafka está revoltado em seu túmulo com essa comparação.  Não gastem o seu dinheiro com esse livro.  Li porque foi o livro escolhido por votação no meu grupo de leitura.  Todos os participantes não gostaram inclusive aqueles que, como eu, chegaram até o fim.  Porque a maioria abandonou no caminho.

O que ganhei com esse livro? Aprendi sobre um rodente sul-americano: núria.  Acho que poderia ter vivido o resto de minha vida sem conhecê-lo.  NOTA ZERO