Julian Barnes lista seis livros favoritos

9 06 2025
ilustração Laurence Fellows

 

 

O escritor inglês e vencedor do Man Booker Prize em 2011, com o livro O sentido de um fim, deu à revista The Week, uma pequena lista de seus livros favoritos.  Foi uma lista diferente da que eu imaginaria, mas são obras muito boas.

1 – A viúva Couderc, George Simenon.  Infelizmente não encontrei a tradução para o português.  Foi publicado em 1942.  “Todos os anos, Simenon se irritava com aqueles “idiotas” de Estocolmo que  ainda não lhe haviam dado o Nobel de literatura.  Na época eu achava aquilo muito louco; agora acho bastante apropriado.  Seus romances duros são poucos e rigorosos, demonstrando profundo conhecimento da natureza humana.  Este é um dos melhores.”

2 – Rapazes de zinco de Svetlana Alexievich, publicado em 1989. “Alexievich ganhou o Nobel, como deveris, em 2015, por suas histórias polifônicas retratando o final do Comunismo Soviético.  Rapazes de zinco retrata as experiências terríveis dos soldados sovi[eticos no Afganistão.”

3 – O início da primavera [The beginning of Spring], Penelope Fitzgerald, publicado em 1988.  Não encontrei tradução para o português, mas achei em espanhol, inglês e italiano. “A história se passa na Rússia pré-revolucionária. Esse é o melhor das quatro grandes obras de Fitzgerald.  Irônico, inadequado, sábio, e terno ao mostrar os incompetentes. A obra de Fitzgerald tem uma graça moral que permanecerá e sobreviverá às obras mais espalhafatosas da nossa época.

4 – Persuasão, Jane Austen, publicado em 1817. Os meus três romances favoritos do século dezenove foram escritos por mulheres. Middlemarch Jane Eyre  são os outros dois.  Persuasão é o último romance de Austen, sombrio, irônico e intenso.  Imagine que mais ela poderia ter escrito se não tivesse morrido aos 41 anos. 

5 – Amours de voyage, de Arthur Hugh Clough, publicado em 1849.  “Um longo poema e também um pequeno romance — sobre amor, dúvida e viagem; sobre perder a chances oferecidas, sobre não entender o momento, analisar demais e covardia moral. Clough é contemplativo, argumentativo,  inteligente e extremamente moderno.

6 – Ethan Fromme, Edith Whaton, publicado em 1911.  “Wharton disse que “para escrever esse livro eu trouxe grande alegria e total conforto”.  Com a maioria das edições tendo próximo de 100 páginas, o livro combina a densidade de uma novelaem carater e tema com a simplicidade e força de um conto. Como muitos de seus livros, uma tragédia, para uma época não trágica. E ela escreveu o original em francês!

NOTA:  Você encontrará minha resenha sobre O sentido de um fim de Julian Barnes aqui neste blog.  Julian Barnes é um dos meus escritores favoritos.  Preparo nesse momento a lista do livros de mais gostei nesses primeiros 25 anos do século XXI e tenho dois livros de Barnes na minha lista. 


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