Ilustração John Crandall (?)
Em 2020, a Wikipedia me diz, a escritora italiana Elena Ferrante, que se tornou muito popular na década passada com a quadrilogia napolitana, publicou uma lista de 40 romances escritos por mulheres que ela recomendaria.
Há muito passei da fase de ler um livro pelo sexo de autor. Mas confesso que na década de oitenta do século passado, passei alguns anos, talvez uns cinco anos lendo exclusivamente mulheres, fora os livros que eu lia para as resenhas publicadas no jornal da cidade onde morei nos Estados Unidos.
Sei que cometo uma gafe, para os tempos modernos, ao dizer que há uma diferença na escrita de homens e mulheres. Essa afirmação não é bem vista em muitos círculos. Mas não é o caso aqui de abrir esse assunto. O que quero comentar aqui? A lista de Elena Ferrante. Já li alguns dos quarenta livros, e li algumas das autoras, mas outros livros. Não seria a minha lista de autoras favoritas, mas é uma lista. Como todas as listas, tem alguns vieses fortes, mesmo dentro da seleção de autores mulheres.
- Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie
- O Assassino Cego, de Margaret Atwood
- The Enlightenment of the Greengage Tree, de Shokoofeh Azar
- Malina, de Ingeborg Bachmann
- Manual da Faxineira, de Lucia Berlin
- Esboço, de Rachel Cusk
- O Ano do Pensamento Mágico, de Joan Didion
- A Devolvida, de Donatella Di Pietrantonio
- Disoriental, de Négar Djavadi
- O Amante, de Marguerite Duras
- Os Anos, de Annie Ernaux
- Léxico Familiar, de Natalia Ginzburg
- The Conservationist, de Nadine Gordimer
- Destinos e Fúrias, de Lauren Groff
- Motherhood, de Sheila Heti
- A Professora de Piano, de Elfriede Jelinek
- Breasts and Eggs, de Mieko Kawakami
- O Intérprete de Males, de Jhumpa Lahiri
- The Fifth Child, de Doris Lessing
- A Paixão segundo GH, de Clarice Lispector
- O Arquivo das Crianças Perdidas, de Valeria Luiselli
- A Ilha de Arturo, de Elsa Morante
- Amada, de Toni Morrison
- Cara Vida, de Alice Munro
- O Sino, de Iris Murdoch
- Accabadora, de Michela Murgia
- O Baile, de Irene Nemirovsky
- Blonde, de Joyce Carol Oates
- The Love Object: Selected Stories, de Edna O’Brien
- A Good Man Is Hard to Find, de Flannery O’Connor
- Evening Descends Upon the Hills: Stories from Naples, de Anna Maria Ortese
- Gilead, de Marilynne Robinson
- Pessoas Normais, de Sally Rooney
- O Deus das Pequenas Coisas, de Arundhati Roy
- Dentes Brancos, de Zadie Smith
- Olive Kitteridge, Elizabeth Strout
- A Porta, de Magda Szabò
- Cassandra, de Christa Wolf
- Uma Vida Pequena, de Hanya Yanagihara
- Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar
Dessa lista li e recomendo
Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie. Não é meu livro favorito dela. Meio sol amarelo é a minha preferência das quatro obras que li da autora. Mas é o mais querido do público.
O Ano do Pensamento Mágico, de Joan Didion
O Amante, de Marguerite Duras
Os Anos, de Annie Ernaux
Amada, de Toni Morrison
O Deus das Pequenas Coisas, de Arundhati Roy
A Porta, de Magda Szabò
Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar
Um homem bom é difícil de encontrar e outras histórias de Flannery O’Connor, que na lista aparece em inglês, mas está traduzido no Brasil.
Li algumas das autoras, que recomendo, mas li outros livros: Margaret Atwood, Rachel Cusk, Nathalia Ginzburg, Doris Lessing, Iris Murdock, Edna O’Brien.
Alguns livros tenho em casa. Mas eles me intimidam por seus tamanhos generosos: Uma vida pequena e O intérprete de males. Confesso que olho para eles e me pergunto: vou querer mesmo a companhia desse livro pelas próximas quatro, cinco semanas? Olho para as capas, elas não me seduzem. Os pobres volumes voltam para as prateleiras.
Há outras autoras na lista de que não gosto. Em outra ocasião explico porque. Escolham um, pelo menos, da lista como projeto de leitura para 2025. Ainda sobram sete meses neste ano!






