Imagem de leitura: Vincenzo Irolli

29 07 2024

Jardim com moça lendo

Vincenzo Irolli (Itália, 1860-1942)

óleo sobre tela, 45 x 35 cm





Depois da reforma a Folger Shakespeare Library, reabre!

29 07 2024
Missal de Etiènne de Longwy, 1490.  Foto, cortesia da Folger Shakespeare Library.

 

 

Depois de quatro anos de obras de expansão ao custo de oitenta milhões de dólares, a Biblioteca Shakespeariana Folger na cidade de Washington DC abre novo espaço para exposições de livros raros, com a exposição de uma coleção particular de livros e manuscritos raros. 

 

De humani corporis fabrica, 1543 de Andreas Vesalius. Foto, cortesia da Folger Shakespeare Library.

 

A nova sala de exposições mostra na abertura, cinquenta e duas obras da coleção de particular de Stuart e Mimi Rose, que celebra a eterna procura pelo conhecimento da humanidade.  A exposição leva o nome de Marcas do Tempo [Imprints in Time].  A exposição estará aberta até o dia 5 de Janeiro de 2025.  Se você pretende passar alguns dias nos EUA, e gosta de livros, essa exposição é para não perder.

 

Americanum no. 1, 1494 de Cristóvão Colombo. Foto, cortesia da Folger Shakespeare Library.

 

 

O Senhor dos Anéis, [The Lord of the Rings], J.R.R. Tolkien,1954–55. Foto, cortesia da Folger Shakespeare Library.





O cacto, poema de Manuel Bandeira

29 07 2024

Mandacaru, 1951

Dimitri Ismailovitch, (Ucrânia-Brasil, 1892-1976)

crayon e pastel sobre papel, 54 x 36 cm

 

 

 

O Cacto

 

Manoel Bandeira

 

Aquele cacto lembrava os gestos desesperados da estatuária:

Laocoonte constrangido pelas serpentes,

Ugolino e os filhos esfaimados.

Evocava também o nosso seco Nordeste, carnaubais, caatingas…

Era enorme, mesmo para esta terra de feracidades excepcionais.

 

Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz.

O cacto tombou atravessado na rua,

Quebrou os beirais do casario fronteiro,

Impediu o trânsito de bondes, automóveis, carroças,

Arrebentou os cabos elétricos e durante vinte e quatro horas privou a cidade de iluminação e energia:

 

– Era belo, áspero, intratável.

 

Petrópolis, 1925

 

Em: Libertinagem, Manuel Bandeira, Global Editora, São Paulo, 2013