Peregrina elege as melhores leituras de 2022

31 12 2022

Este ano não li tanto quanto no passado.  Foi um ano muito difícil para mim, exaustivo física e emocionalmente.  Assim mesmo, com  muitas horas agonizantes, ao fazer esta lista, vi que dei conta de mais leituras do que imaginei.  Foram lidos quarenta livros e quatro livros abandonados  Reli alguns porque foram escolhas de grupos de leitura.  Mas não contei entre estes quarenta.

 

O último duelo, Eric Jager

A filha do fazedor de reis, Philippa Gregory

Berta Isla, Javíer Marías

Gente ansiosa, Fredrik Backman

Vozes de Batalha, Marina Colasanti

O pianista da estação, Jean-Baptiste Andrea

A boa sorte, Rosa Montero

O lugar, Annie Erneaux

Diário de um velho louco, Jun’ichiro Tanizaki

A biblioteca da meia-noite, Matt Haig

Gente ansiosa, Fredrik Backman

A ridícula ideia de nunca mais te ver, Rosa Montero

Dôra Doralina, Rachel de Queiroz

Oscarina, Marques Rebelo

Talvez você deva falar com alguém, Lori Gottlieb

A noiva ladra, Margaret Atwood

Eliete: a vida normal, Dulce Maria Cardoso

Tudo é rio, Carla  Madeira

Sobre os ossos dos mortos, Olga Tokarczuk

Antes que o café esfrie, Toshikazu Kawaguchi

Herança, Miguel Bonnefoy

A última livraria de Londres, Madeline Martin

Oito assassinatos perfeitos, Peter Swanson

A casa de doces, Jennifer Egan

Os anos, Annie Ernaux

Persépolis, Marjane Satrapi

Ninféias negras, Michel Bussi

A ordem do dia, ÉricVuillard

Sete anos bons, Etgar Keret

Cães negros, Ian McEwan

Primeiros contos de Truman Capote, Truman Capote

Querida Kombini, Sayaka Murata

A Writer’s Notebook, Somerset Maugham

A lição de anatomia, Nina Siegel

Golden Ladies Age, Sylvia Barbara Soberton

A velha senhora, Simenon

Widow to widow, Genevive Davis Ginsburg

A palavra pintada, Tom Wolfe

Sobretudo de Proust, Lorenza Foschini

Confissões de um jovem romancista, Umberto Eco

 

ABANDONEI

Um milhão de pequenas coisas, Jodi Picoult  – não era meu momento para tanta violência emocional

A lista de Brett, Lori Nelson Spielman — trama romântica juvenil de má qualidade

Uma rosa só, Muriel Barbery — esta não  é a Muriel Barbery de A elegância do ouriço.  Entediante.

Amêndoa, Nedjema, ridícula tentativa de sensualidade

Ainda devo algumas resenhas.  Todas começadas assim que terminei a leitura, mas nenhuma acabada.  Ficará para este ano que entra, contanto que meu mundo se estabilize.

Foram oito os livros selecionados como os melhores de 2022.  Nada mal.  20% de  toda leitura. Foi difícil colocar alguma ordem entre eles.  São  diferentes, oferecem variadas aventuras e enfoques.  Mas escolhendo os três melhores.  Os outros cinco ficam todos no mesmo escalão: 4º lugar.

 

1º lugar

SINOPSE

Do consagrado autor de Coração tão branco e Os enamoramentos. É possível dizer que conhecemos uma pessoa, mesmo tão próxima, quando boa parte do que ela diz e faz permanece nas sombras?

Berta Isla e Tom Nevinson não passavam de adolescentes quando se conheceram e se apaixonaram. Em 1974, poucos anos depois das primeiras trocas de olhares no colégio madrilenho, já eram marido e mulher. Berta não sabia, mas Tom – filho de pai inglês e mãe espanhola, fluente em várias línguas e capaz de imitar sotaques e dicções com perfeição – fora recrutado para o serviço secreto britânico pouco antes do casamento. Tom engana Berta como pode, até que um incidente horripilante o obriga a revelar a atividade a que dedica boa parte dos dias. A regra, acatada por ela ao descobrir que o marido é um espião, e que deve valer por toda uma vida, é não fazer perguntas. Berta concorda, assim, em ignorar metade da existência de Tom, o que inclui a natureza de seus atos e os lugares por onde ele andou. Vivemos no escuro, diz ela, e mal conhecemos a pessoa com quem estamos casados. O quanto ainda há em Tom daquele adolescente que Berta conheceu e por quem se apaixonou?

Javier Marías retorna, aqui, ao tema da espionagem, eixo da monumental trilogia Seu rosto amanhã. Com a prosa elegante de sempre, disseca não apenas os perigos e dilemas morais de se levar uma vida dupla, mas as marcas que as zonas de sombra podem deixar no afeto e na intimidade.

“Haverá melhor romancista vivo que Javier Marías?”
The Independent

2º lugar

SINOPSE

O lado mais sombrio da humanidade, o trauma do passado, uma história de amor. Com sua prosa única, McEwan está em seu melhor em Cães negros.

June e Bernard, membros do partido comunista inglês, se conhecem em Londres, em 1946. Apaixonam-se perdidamente e decidem se casar. Mas durante a lua-de-mel, na França, um acontecimento misterioso altera para sempre a percepção de mundo de June. Anos depois, os dois acabam se separando.

No fim dos anos 1980, Jeremy, o genro do casal, tenta compreender como um amor tão profundo não resistiu às diferenças ideológicas. E é lendo os escritos da sogra que ele descobrirá o que ocorreu anos atrás.

Tendo como pano de fundo a Europa pós-Segunda Guerra e as marcas deixadas pelo conflito, McEwan usa seu estilo cristalino para elaborar com precisão uma história sobre o lado mais sombrio da humanidade, e seu constante ataque ao amor.

“Brilhante. Uma reflexão impressionante sobre o poder do amor.”
The New Yorker

3º lugar

SINOPSE

Com “Dôra Doralina”, Rachel une o Nordeste ao Rio, e é exatamente nessa união que surge o romance de amor. Sem ser um romance policial, a obra registra uma realidade regional que termina por nos inserir no quadro histórico da formação brasileira . A história de amor que une Dôra ao Comandante, sem sacrificar os personagens menores nos envolve e suas presenças completam a galeria dos que se destacam não apenas neste romance, mas em toda a obra de Rachel. A romancista conferiu a Dôra uma sensível dimensão humana, quando a vemos vivendo, amando, sofrendo, como símbolo e imagem de nossa própria condição. São duas personalidades que fascinam – das Dores. Maria das Dores e o seu comandante. Aqui está o amor como liberdade. Liberdade é a paixão da obra de Rachel.


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