“Uma mulher como a de Rubens”, Somerset Maugham

3 10 2022

Retrato de Helene Fourment, 1635

Peter Paul Rubens (Flandres, 1577-1640)

óleo sobre madeira, 186 x 85 cm

Museu Calouste Gunbenkian, Lisboa

 

 

“Ela era uma mulher de encantos abundantes e maduros, maçãs do rosto rosadas e cabelos claros, com olhos tão azuis quanto o mar de verão, com linhas suaves e seios grandes.  Ela tendia para o exagero.  Pertencia àquele tipo de mulher que Rubens imortalizou à imagem de Helene Fourment.”

 

 

Em: A Writer’s Notebook, Somerset Maugham, Vintage, Kindle’s Edition. 

(Tradução  minha, Ladyce West)

 

‘She was a woman of ripe and abundant charms, rosy of cheek and fair of hair, with eyes as blue as the summer sea, with rounded lines and full breasts. She leaned somewhat to the overblown. She belonged to that type of woman that Rubens has set down for ever in the ravishing person of Helena Fourment.




Curiosidade literária

3 10 2022

A leitura

Angelo Guido Gnocchi (Itália-Brasil, 1893-1969)

óleo  sobre tela,  30 x 43 cm

 

 

 

Escrita em  números:  é impressionante saber os limites autoimpostos por alguns escritores, para o mínimo de palavras produzidas por dia.  Aqui vai uma amostra:

 

Ray Bradbury — escrevia 1.000 palavras por dia desde os 12 anos de idade

Raymond Chandler — não tinha um limite específico, mas sabe-se que escrevia 5.000 palavras por dia

Arthur Conan Doyle, William Golding, Norman Mailer — diziam escrever 3.000 palavras por dia

Ian Fleming escrevia 2.000 palavras/dia,  5 dias por semana, 6 meses, para cada livro de James Bond

Ernest Hemingway — considerava 500 palavras, bom trabalho diário

Stephen King — escrevia 2.000 palavras por dia mas não contava os advérbios

Jack London — escreveu 1.000 palavras por dia, todos os dias de sua vida

Anthony Trollope — escrevia 250 -palavras a cada 15 minutos, marcados no  relógio

Thomas Wolfe — não  parava até alcançar as 1.200 palavras diárias

 

EXCEÇÕES

James Joyce considerava duas frases perfeitas, um bom dia de trabalho

Dorothy Parker dizia que não podia escrever cinco palavras sem trocar sete