Duas mulheres à janela
Allan Osterlind (Suécia, 1855 – 1938)
óleo sobre tela
“Não leio romances, apenas livros de história. O que aconteceu de verdade é diferente daquilo que as pessoas imaginam. Quando nos informamos sobre a história, aprendemos sobre a realidade, não fantasias engenhosas, com frequência, tolas. E quem acha que romances são mais coloridos que a história não usa sua fantasia imaginando como foram, por exemplo, César que amava Brutus como a um filho e foi apunhalado por ele; ou os astecas, que foram dizimados pelas doenças dos brancos antes mesmo de lutarem contra eles; as mulheres e crianças que foram pisoteadas na neve ou empurradas nas águas geladas, atravessando o rio Beresina, seguindo o exército de Napoleão. Tragédias e comédias, sorte e azar, amor e ódio, alegria e sofrimento — a história oferece tudo isso. Romances não conseguem nos oferecer nada mais.”
Em: A mulher na escada, Bernhard Schlink, tradução de Lya Luft, Rio de Janeiro, Record: 2018, pg 36.
Puxa… se tivesse lido este conselho (implícito) do autor, não teria investido em “O Leitor” (livro e filme), “O Outro” e “A menina e a lagartixa”.
Pois é… cada qual com sua experiência, Nilva. Essa reflexão está na boca de um dos personagens do livro. Talvez não fale pelo autor. KKKk