Autorretrato, 1907
Segundo Matilla (Espanha, 1862 – 1937)
óleo sobre tela, 167x 85cm
Museu Nacional de Arte da Catalunha
Autorretrato, 1907
Segundo Matilla (Espanha, 1862 – 1937)
óleo sobre tela, 167x 85cm
Museu Nacional de Arte da Catalunha
Valete, dama, rei, 1989
John Brack (Austrália, 1920 – 1999)
óleo sobre tela, 106 x 136 cm
Os criadores de coincidências de Yoav Blum, tradução de Fal Azevedo, é um livro divertido, uma mistura de thriller e romance; leitura rápida, inconsequente, amena. É um dos maiores sucessos de vendas em Israel, traduzido e publicado no Brasil antes mesmo de atingir o mercado americano, onde será lançado em março de 2018.
Produzir coincidências é o trabalho de três agentes Guy, Eric e Emíly que recebem ordens para produzirem coincidências na vida de pessoas comuns. Estas ordens aparecem de maneira misteriosa, indicando a existência de uma organização maior, acima de todos nós simples mortais, onisciente, toda poderosa, com poderes de influenciar diretamente nos nossos destinos. A partir daí esses agentes, treinados na tal organização, usam de análises matemáticas e complexos projetos, para construir diversos eventos que em cadeia levam a um acontecimento final quando duas ou mais partes se encontram.

A ideia é interessante e divertida. Depois desta leitura você vai pensar duas vezes quando perder um documento num táxi, quando manchar sua camisa com café depois de esbarrar num obstáculo, e certamente jamais achará que existem encontros casuais com conhecidos ou desconhecidos. Mas houve momentos em que tive a impressão de que o autor estava particularmente orgulhoso de sua obra, e que lhe faltou um bom editor, para ajudá-lo a reduzir algumas ideias bastante astutas. Os capítulos dedicados às cartilhas dos agentes, às regras a que se submetem, são pela primeira vez que aparecem, e interrompem a narrativa, uma curiosidade repleta de humor, mas quando a história é interrompida mais de uma vez por esses capítulos, temos um artifício cansativo na composição da história.
Yoav Blum
Através desta leitura tive a sensação de estar acompanhada do espírito do filme Agentes do Destino (2011), com Matt Damon e Emily Blunt, baseado no conto do escritor de ficção científica já falecido PKD [Philip K. Dick] Adjustment Team, originalmente publicado em 1954. Não conheço o conto. Mas vi o filme mais de uma vez, já que é uma das minhas comédias românticas favoritas. Não se trata de cópia, mas a ideia é semelhante.
Se você precisa de distração, este pode ser o livro ideal para colocar na mala e ler nas férias, depois da piscina ou numa rede à beira-mar. É uma leitura leve, divertida, sem consequências, um pouco de mistério, um pouco de romance. Agradável.
NOTA: este blog não está associado a qualquer editora ou livraria, não recebe livros nem qualquer incentivo para a promoção de livros.
