Armen Vahramyan (Armênia, 1968)
O Caçador de borboletas
Álvaro Magalhães
Sorridente, ao nascer do dia,
ele sai de casa com sua rede.
Vai caçar borboletas, mas fica preso
à frescura do rio que lhe mata a sede
ou ao encanto das flores do prado.
Vê tanta beleza à sua volta
que esquece a rede em qualquer lado
e antes de caçar já foi caçado.
À noite regressa à casa cansado
e estranhamente feliz
porque sua caixa está vazia,
mas diz sempre, suspirando:
Que grande caçada, que belo dia!
Antes de entrar limpa as botas
num tapete de compridos pelos
e sacode, distraído,
as muitas borboletas de mil cores
que lhe pousaram nos ombros, nos cabelos.
Em:O Reino Perdido, Alvaro Magalhães, Porto, ASA: 2000






Linda poesia. A rede foi apenas um pretexto. Me fez lembrar, quando vou procurar significado de palavras no dicionário, quase sempre me empolgo
com outras palavras e fico pelo caminho.
Sabe que eu acho que é assim que aprendemos muita coisa? Pelo que a nossa mente nos leva a considerar?
Boa observação. Obrigada pelo comentério, volte sempre.
[…] via “O caçador de borboletas” poema de Álvaro Magalhães — Peregrinacultural’s Weblog […]
[…] via “O caçador de borboletas” poema de Álvaro Magalhães — Peregrinacultural’s Weblog […]
Eu sou a Tânia e tenho 38 anos
E adoro 🍫 e 🥦🍓🍒🍎🍉🍑🍊🥭🍍🍌🍋🍏🍐🥝🫒🫐🍇🥥🍅🥕🍠🧅🌽🥬🥑🥞🍳
Você deve ser muito saudável. Continue assim!