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Arthur Timótheo da Costa (Brasil, 1882-1923)
óleo sobre tela, 64 x 53 cm
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XVI
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A filha, pálida e loura
Faz seu serão de costura:
Às vezes pensa… ou procura
Dentro do cesto a tesoura.
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Vive numa dobradura
A singular criatura!
Ralha-lhe o pai com doçura,
Ao regressar da lavoura.
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Dá na varanda oito e meia…
Levanta-se logo a moça,
Pondo os morins no baú;
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Traz os preparos da ceia;
E nas tigelas de louça,
Tomam café com biju.
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Em: Cromos, 1881






Ladyce, esse poema e a pintura me remeteram ao primoroso conto “A Moça Tecelã”, de Marina Colasanti.