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Joseph Dawson (1976)
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“Livro não enguiça”.
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Millor Fernandes
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Joseph Dawson (1976)
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Millor Fernandes
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Meu Natal, hoje, é melhor,
pelo conforto e os bons tratos,
mas o sonho era maior
quando eu não tinha sapatos!
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(José Messias Braz)
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Grupo escolar de Patópolis, ilustração de Walt Disney.–
Acabo de comprar em versão eletrônica o livro The Smartest Kids in the World: And How They Got That Way de Amanda Ripley considerado pelo New York Times um dos melhores livros de não-ficção publicados nos EUA em 2013. A lista completa pode ser vista aqui: 100 notable books of 2013. O assunto é de interesse: há muito que me preocupo com a educação das crianças no Brasil e consolo a minha ansiedade me familiarizando com o que outros países fazem. Digamos que minha curiosidade no assunto tornou-se um hobby. Por isso mesmo investi meus quase R$29.00 para satisfazer a minha curiosidade sobre os modos de educação de três diferentes países que estão entre os melhores colocados em todos os testes internacionais medidores de desempenho escolar: Finlândia, Coréia do Sul e Polônia.
Antes mesmo de me enfronhar nessa leitura já me surpreendi com o pouco vislumbrado pela resenha de Annie Murphy Paul. Na Finlândia a escola analisada não é ultra moderna, e seus alunos não estão usando os últimos lançamentos do mundo virtual em classe. A escola é “escura e fria, suja com mesas em filas e um quadro-negro antiquado. Não há um iPad ou tela interativa à vista”. O que a escola tem são “professores brilhantes, talentosos, que estão bem treinados e amam seus empregos”. Há a garantia de um ensino de qualidade desde o início. A profissão de professor é valorizada e “apenas os melhores alunos se inscrevem em programas de formação de professores“.
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Chico Bento vai à escola. Ilustração Maurício de Sousa.–
Na Coréia do Sul parece que a dedicação total dos estudantes e de suas famílias é o que leva aos resultados fenomenais dos testes internacionais. Os alunos depois das aulas formais, dedicam o resto das horas de seu dia a estudar com tutores rigorosos e exigentes. O hábito de estudar muito depois da escola gera uma pressão acadêmica tão forte que funcionários do governo e administradores das escolas pensam em impor um toque de recolher do estudo às 22 horas. Mas tanto os estudantes quanto seus pais sabem que para passar nos rigorosos exames do país é necessário fazer-se grandes sacrifícios. A persistência nos estudos diários e intensos por horas a fio é a solução.
A Polônia apostou em professores bem treinados, num currículo rigoroso e num exame desafiador exigido de todos os que acabam certos estágios de formação. Tanto alunos quanto suas famílias entendem que o que importa são as oportunidades de vida no futuro para suas crianças e não se importam de sacrificar nem mesmo o tempo dedicado aos esportes.
O interessante é notar que nenhum desses países, que agora conseguem os melhores resultados na educação de suas crianças, era conhecido como uma superpotência educacional duas décadas passadas. Mas seus governos, aliados aos pais, mudaram os sistemas educacionais e conseguiram resultados expressivos. Nesses países as crianças são educadas para fazerem argumentos complexos, e resolverem problemas cujas soluções desconhecem. Elas aprendem a pensar e a usar da disciplina do estudo. Só assim poderão crescer seguros de um lugar ao sol na sociedade moderna.


