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Nestor pega um livro para ler, ilustração Walt Disney.
Quanto mais tempo você gasta em atividades cerebrais, melhor preparado estará o seu cérebro para agüentar os estragos que vêm com a idade. Esse é o resultado da investigação liderada pelo neuropsicólogo Robert Wilson da Rush University Medical Center, em Chicago, publicada na revista Neurology. Essa pesquisa confirma o que já se suspeitava há algum tempo: ler, escrever, usar o cérebro ajudam a retardar o declínio mental na idade avançada.
Ao que tudo indica um estilo de vida ativo não é o suficiente para impedir a formação de placas e outras degenerações que acompanham o estabelecimento da doença de Alzheimer. Além dos exercícios físicos, é preciso manter uma alto nível de atividade cognitiva para evitar a aparecimento mais cedo de um mal funcionamento mental.
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Metralhinha encontra um livro, ilustração Walt Disney.
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“A participação habitual em atividades cognitivamente estimulantes ao longo da vida pode aumentar substancialmente a eficiência de alguns sistemas cognitivos“, escreve a equipe de investigação, em Chicago. Esta eficiência aparentemente neutraliza os efeitos muitas vezes devastadores das doenças do sistema nervoso.
Wilson e seus colegas observaram o nível de atividade cognitiva em 294 idosos, não só no presente, mas também na infância, idade adulta jovem e de meia idade. Eles especificamente anotaram a freqüência de atividades como ler livros, escrever cartas, ou visitar uma biblioteca em cada fase de suas vidas.
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Mickey quer saber o que Pateta está lendo, ilustração Walt Disney.
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O funcionamento cognitivo foi então examinado anualmente, até a morte. Testaram diversas vezes uma variedade de habilidades, incluindo a memória de longo prazo, memória de trabalho e habilidade visuo-espacial . Finalmente, dentro de horas após a morte, os seus cérebros foram removidos e examinados para a evidência de várias doenças.
O resultado chave: “atividade cognitiva mais freqüentes podem contrabalançar a perda cognitiva associada a condições neuropatológicas.”
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Tio Patinhas lê “Manual de Sobrevivência”, ilustração Walt Disney.
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Nas palavras de um editorial de acompanhamento, os pesquisadores descobriram que “os indivíduos com altos níveis de atividade cognitiva durante a vida mostram um declínio muito mais lento, apesar da presença de patologia subjacente.”
Curiosamente, os resultados sugeriram que nunca é tarde demais para começar, a fazer de atividades como ler, escrever, para se beneficiar do retardamento de qualquer doença mental associada à velhice, mas quanto mais cedo melhor, já que o estabelecimento de hábitos de leitura e escrita desde a infância ajudam a manter o cérebro em plena forma até a idade mais avançada.
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FONTE: Pacific Standard Magazine.