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A praia, s/d
Françoise Amadieu ( França, 1948)
acrílica sobre papelão corrugado, resinado, dobrado, sobre madeira.
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Todos os anos faço minha listinha: coisas que gostaria de fazer durante o ano. Depois coloco uma lista parcial, numa dessas notas de papel adesivas, e colo essa lista parcial no início do mês que se inicia na agenda que carrego comigo para todo lado. À medida que vou riscando algumas das tarefas colocadas na lista, refaço a lista parcial. Assim a lista que inicia o mês de novembro já é completamente diferente da que iniciou o mês de abril, por exemplo. Para minha surpresa, quando chega dezembro em geral consegui completar 90% ou mais do que havia programado.
O fato de estar sempre olhando para a lista, porque afinal está no início de cada mês na agenda, faz com que me lembre da promessa de comprometimento. Também acho que não podemos ser nem ambiciosos demais nem de menos nessa lista. O equilíbrio é difícil de encontrar, mas com a prática se consegue. E a mais importante das descobertas: quanto mais detalhada a lista, mais fácil é cumpri-la.
Quanto aos comprometimentos literários aqui vão algumas sugestões do que estou pensando em colocar na minha lista:
1 — Ler mais livros que não sejam de ficção.
2 — Organizar os livros que tenho.
3 – Ler a cada mês pelo menos um dos livros já comprados e empilhados em casa.
4 — Eliminar, por doação ou venda a um sebo, o número de livros em casa.
5 – Ler pelo menos um livro científico de assunto contemporâneo.
6 – Fazer um passeio literário. Estou pensando em pegar as Memórias da Rua Ouvidor de Joaquim Manuel de Macedo e passear por recantos do Rio de Janeiro onde JMM se detém.
E vocês? Fazem listas literárias de fim de ano? O que colocaram nelas?
Peregrinacultural's Weblog 
Não, mas adopto o ponto 3…
Pois, Ricardo, ítem importante para mim esse número 3… Tive uma vez um professor que dizia que o mal das máquinas xerox era que uma vez alguma parte de um livro, ou um artigo, era copiada e levada para casa, parecia que já tínhamos lido o que ali continha e podíamos deixar a leitura de lado com maior facilidade. Não se dá o mesmo com livros. Eles se acumulam em pilhas para o futuro e não parecem nunca serem devorados em número suficiente para diminuir a pilha. O problema é complexo. Nossas edições são tão pequenas que o medo é que não possamos encontrar a publicação mesmo no ano seguinte. Aí corre aquela adrenalina: vou ficar sem ler esse autor? esse título? esse volume? A resposta é não. Compro. Mas não leio. Como quase todos com o hábito da leitura, compramos mais do que lemos. [Cá pra nós: às vezes, passado algum tempo, ainda me pergunto, mas por que mesmo, comprei esse livro? Estava na cara que eu não iria gostar… Já aconteceu com você?].
Aqui vai o meu abraço do lado de cá do Atlântico para o lado de lá. Com ou sem acordo ortográfico estamos amarrados à belíssima língua que falamos e escrevemos. Nós aqui um pouquinho diferente daí. Que 2013 traga muita felicidade para você, e grande melhoria para a economia portuguesa. Boas entradas!
Já me aconteceu, algumas vezes, comprar um livro que já tinha mas ainda não lera.
Estava na tal pilha…
Por norma não compro logo livros muito badalados. Prefiro deixar a poeira assentar. Claro que arrisco-me a perder coisas muito boas; mas um grande livro tem sempre novas edições.
Um abraço para si, Ladyce, que continue o seu belo blogue, de que tanto gosto e onde aprendo muito, de preferência em desacordo ortográfico (as línguas evoluem por si, não há nada que possamos fazer, embora os novos media, como este, façam mais por manter os laços do que qualquer lei cozinhada por eruditões que preferem servir a política à própria língua…).
Quanto à nossa economia, neste momento está a ser destruída. Depois de nos anos 80 e 90 terem confinado a agricultura e as pescas a actividades residuais e desmantelado boa parte da indústria, na miragem duma economia de serviços, estamos agora nas mãos da Alemanha, como boa parte da UE; e como as eleições na Alemanha só terão lugar em Setembro, vamos ter de penar muito. Depois se verá, até porque a questão é só superficialmente económica; na verdade o problema é político e muito complexo, aqui no Velho Continente.
Feliz 2013
🙂 Obrigada!
Olá,
ítem 4 – vender/ doar: já estou com duas caixas prontas para doação. Preciso fazer a lista do que vou vender e chamar o sebo. vou mudar para um apto bem menor e só posso gastar 80cm com livros.
Ler, fazendo anotações para posterior comentários.
Regina, passei por um processo semelhante há dois anos. Garanto: não senti falta do que mandei embora. Mas a mudança me deu a vontade de manter só um certo número de livros à mão. O resto é deixar rolar, passar adiante para quem queira ler, levar para um sebo (se bem que por aqui eles compram por tão pouco, que tenho preferido dar os meus livros). O engraçado é que as nossas regras para doação para lugares públicos são tão estranahs que às vezes tem sido mais fácil doar para bibliotecas particulares. Ano passado doei 35 livros meus, romances modernos, publicados entre 2009 a 2011, para a biblioteca de um clube particular. Porque a biblioteca municipal colocou tantas requisições pré-doação, que não valia a pena.
Um ótimo 2013 para você! Tudo indica que começa já com grandes mudanças. Que venham todas para o melhor. Felicidades,um beijinho carinhoso,
Gostei muito da sua estratégia com a listinha de tarefas ou compromissos…Bem, eu costumo separar livros para presentear, para doação e também no final do ano, separo uma prateleira para os livros iniciados e me comprometo a terminar as leituras durante as férias. Estou lendo As cento e uma noites, de autor anônimo e A vida é sonho, de Calderón, preciso finalizar Drácula de Bram Stocker, uma versão em quadrinhos do livro, muito interessante.
Abraço e feliz cumprimento de compromissos para 2013!
1 — Passo
2 — Sempre, é preciso fazer isto sempre.
3 – preciso aumentar este número, a pilha não para de crescer… Este é meu desafio pessoal para 2013, começando com os livros presenteados.
4 — Tenho feito isto, mas temos que pensar bem, arrependimentos acontecem. De uns anos para cá eu sempre doo os livros que não vou reler, só um arrependimento: Bonequinha de Luxo, de Truman Capote. Onde eu estava com a cabeça para doar aquele livro? :- (
Mas, ainda tem muita coisa que bem poderia morar em outras paragens… e encantar outras almas leitoras.
5 – Será que Bauman se enquadra aqui? Eu estou adorando os livros que tenho lido dele.
6 – Adorei a ideia… Talvez eu copie, não com a rua do Ouvidor, quem sabe conhecer O Largo da Palma, leitura recente…
Bauman, huhn? TAlvez se enquadre sim… rs..