Mãe e filho, gravura do século XVIII.
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À minha mãe
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Maria Pagano de Botana
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O que mais do que tudo em ti me encanta,
É ver que em ti mais que a beleza existe
Essa doce bondade, pura e santa,
Que em proteger-me contra o mal insiste.
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Sinto, quando a tristeza me quebranta,
E a dor me vem ferir de espinho em riste,
Que a tua voz, dentro em minh’alma canta
E o meu olhar se torna menos triste.
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Glória a ti, pelo espírito sereno,
Que os meus lábios, docemente, afastas
Da vida rude o trágico veneno…
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Ó alma pura, feita de ais e preces,
Que, em tuas horas límpidas e castas,
Minhas horas amargas adormeces!
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Maria Pagano de Botana ( Pederneiras, SP, 1909) [ Baronesa de Santa Inês] Poeta, cronista, professora, jornalista . Pseudônimos: Marlon, Maria do Rosário.
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Obras:
Do sonho à realidade, crônicas, 1945
Canteiro humilde, pensamentos, 1948
Amor fonte de vida, poesia, 1950
Luzes e imagens, 1972, biografia romanceada





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