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Foi com grande alegria que li hoje no jornal O Globo, na seção Prosa e Verso, que livro de Adriana Lisboa, Rakushisha, está entre os finalistas para o Prêmio Literário Casino da Póvoa, que este ano distingue uma obra em prosa (em anos ímpares distingue poesia). Tive a oportunidade de ler Rakushisha em 2007, quando o livro foi selecionado para discussão mensal (agosto) do meu grupo de leitura Papa-livros. Foi um livro que teve aprovação unânime entre os leitores do grupo. E nenhum de nós conhecia nenhuma outra obra de Adriana Lisboa. Veio aquele gostinho de festa, de descoberta de um novo autor: uma sensação maravilhosa.
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Rakushisha é um pequeno romance sobre dois brasileiros, Celina e Haruki, que tendo se encontrado por acaso viajam juntos para o Japão. Neste pequeno período de tempo em que os seguimos somos apresentados às diferenças grandes e pequenas de percepção entre uma visão ocidental e uma visão oriental-ocidentalizada de viver, tudo regado ao molho da indiscutível beleza dos haikais de Matsuo Bashô. Este livro é uma pequena jóia, fascinante pelo tema, mas sobretudo pela linguagem.
Quando, mais tarde, entrei para o grupo virtual de leitura e de empréstimos de livros conhecido como Livro Errante, tive o segundo prazer com o mesmo livro: o prazer de emprestá-lo pelo Brasil afora [como é normal com os livros desta comunidade da internet] e garantir assim a leitura deste delicioso romance por pelo menos mais 20-25 leitores (já perdi a conta).
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Adriana Lisboa
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Adriana Lisboa é a única autora do Brasil entre os finalistas do Prêmio Casino da Póvoa, que é de € 20.000 , e o único prêmio literário em Portugal a incluir autores ibéricos, além daqueles em língua portuguesa. O júri este ano foi composto por Carlos Vaz Marques, Dulce Maria Cardoso, Fernando J.B. Martinho, Patrícia Reis, Vergílio Alberto Vieira, que selecionaram dez obras das 160 concorrentes de língua portuguesa, castelhana ou hispânica. A lista das obras finalistas é a seguinte:
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A Eternidade e o Desejo, Inês Pedrosa
A Mão Esquerda de Deus, Pedro Almeida Vieira
A Sala Magenta, Mário de Carvalho
Myra, Maria Velho da Costa
O apocalipse dos trabalhadores, Valter Hugo Mãe
O Cônego, A. M. Pires Cabral
O Mundo, Juan José Millás
O verão selvagem dos teus olhos, Ana Teresa Pereira
Rakushisha, Adriana Lisboa
Três Lindas Cubanas, de Gonzalo Celorio
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No dia 23 de janeiro o júri decidirá o vencedor deste ano. O resultado será feito público no dia 24 de janeiro e o prêmio entregue no dia 27.








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