O comercial de O Boticário no Natal: um desrespeito com o consumidor brasileiro

30 11 2009

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Fiquei bastante surpresa ao assistir ao comercial da cadeia O Boticário na televisão brasileira. Com o vídeo acima, belíssimo com certeza, o consumidor brasileiro, normal, que não tem qualquer obrigação de saber uma outra língua, e muito menos exclusivamente a língua inglesa, é submetido a um comercial totalmente em inglês.

Este é um comportamento que além de arrogante, manifesta total descaso com a nossa cultura. O que foi que aconteceu?

Não temos bons compositores? — Nossa música em geral não cativa o público? Por isso recorremos a uma canção protestante, um gospel americano, produzido por Harry Dixon Loes (1895-1965) nos anos 20?

Não temos letristas ou poetas? — As letras de nossas músicas são muito herméticas? Por isso recorremos a um poema numa outra língua, porque hermético por hermético… ficamos com o inglês…

Não temos agências de propaganda capazes? O encantamento natalino só pode ser entendido com um toque de hemisfério norte?  Com um ar de EUA?

Ou será que este anúncio é um ato de segregação social?  Só os inciados são dignos de serem nossos clientes? O dinheiro de quem não entende inglês não interessa?

Esta é mais uma forma de se mostrar a mentalidade do complexo de subdesenvolvido. 

Será que nos EUA um anúncio em alemão iria ser mostrado em cadeia nacional com esperanças de venda?  Ou será que na França as cadeias televisivas mostrariam um comercial em sueco com esperanças de atingirem a grande população do país?

Pode até ser uma medida de economia.  Já que é uma companhia internacional, eles fizeram um anúncio para o mundo inteiro.  E por que, então, não o fizeram em português ( afinal é uma companhia brasileira) e com legendas para cada país em que estão representados?  Será porque esses outros povos não responderiam a um anúncio em língua estrangeira?

De quem foi a infeliz idéia de desmoralizar a nossa cultura a esse ponto?

Neste Natal não comprarei presentes de O Boticário. 

E tem mais, vou falar com todos que conheço para fazerem o mesmo. 

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63 responses

1 12 2009
DALVA

Fiquei chocada, precisei bancar S. Tomé . É inacreditável !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

1 12 2009
peregrinacultural

Dalva, obrigada pela visita… É como diz o comercial da Globo: eu e você somos dois gritando… ou qualquer coisa semelhante. Um abraço, Ladyce

22 12 2009
Cristiane

Sua crítica me fez lembrar o comercial da Havaianas, quando uma roda de samba, super animada está tocando e chega uma moça reclamando pela falta de consciência deles.. no final, eles cantam: “Tristeza, por favor vá embora…”
Você parece aquela moça, gritando, inconformada pela falta de consciência nacional do nosso país. Imagino como deve se sentir… sozinha em meio à multidão!
Eu achei o comercial lindo! E hoje em dia pessoas de muitas classes sociais entendem inglês, porque, graças a Deus, temos muitos voluntários no Brasil que ensinam a língua gratuitamente.
Além do mais, tantas coisas acontecendo de importante no mundo que se importar com um comercial em inglês me parece tão pequeno… é como dizer que não come McDonalds, nem Burger King, nem Subway.. Para ser tão brasileiríssima assim, tem que comer só arroz com feijão…
Eu amo o Brasil e tenho orgulho de ser brasileira, mas não chego ao ponto de entender que nada possa ser dito ou feito em outra língua. Isso faz bem, mostra que a liberdade de imprensa e de expressão existe! Não vivemos mais na Ditadura!
Sinceramente, eu acho que você precisa ser feliz!!!!!! Tomara que 2010 traga mais alegrias para você!
And a very Merry Christmas to you too!!!!!

23 12 2009
peregrinacultural

Cristiane, gostaria de saber em que parte do Brasil vive. Você evidentemente tem um servidor nos Estados Unidos, no estado de Ohio, na região da cidade de Cleveland. Não sei se você mora nos EUA, mas se o faz, deve saber muito bem que um anúncio na televisão aberta, não seria mostrado em língua estrangeira. Eu morei muitos anos nos Estados Unidos, e certamente não quero fazer do Brasil uma filial daquele pais. Muito menos numa data como o Natal, que é uma data universal cristã, que é comemorada no Brasil há mais anos, — mais de cem anos — do que nos EUA. Porque o começo da nossa colonização ocorreu em 1500, enquanto que nos EUA, as primeiras cidadelas em Viriginia e em Boston, só foram construídas no ínicio do século XVII]
Talvez onde você more no Brasil seja um bolso desenvolvido e diferente da maior parte do país, por isso, acredite nessa visão de America do Norte, em que existem voluntários em grande número que ensinem inglês a quem não sabe.
Meu conselho: abra os olhos, o Brasil é muito maior e mais complexo do que isso.!

1 12 2009
M.A.

Então amigona, não use “short”, não acesse mais a “internet”, não escreva bobagens no seu “peregrinacultural’s weblog”, não vá ao “shopping”, não acenda mais o “abajur”, não faça mais “piquenique” faça “convescote”, não jogue mais “futebol” jogue “ludopédio”, enfim deixe desse raciocínio “tupiniquin” e não enfeite mais sua casa no natal com figuras do Papai Noel, afinal, esse bom velhinho de vermelho, barbas brancas, cinto preto, foi criado pela Coca-Cola: nada mais americano que isso.
Só pra registrar, no comercial não há falas, apenas a trilha é uma música em inglês, assim como “jingle-bell” e assinatura do comercial é em português.

1 12 2009
peregrinacultural

Prezada pessoa MA:

Não sou contra a introdução de palavras de outra língua, quando necessárias ou tornadas brasileiras pelo uso corrente na língua portuguesa. O português é uma língua viva, que vai sofrer influências de época assim como já influenciou bastante outras línguas. Um caso conhecido desta influência é a palavra “ARIGATÔ”, em japonês, que descende direto da palavra OBRIGADO, do tempo do grande comércio português com o oriente.

O que me surpreende é que se aceite passivamente um comercial numa língua estrangeira, numa música cantada, cuja palavras ininteligíveis fazem o corpo do comercial. Por mais bonita que seja, por mais interessante e rítmica que seja, não é compreendida pelo brasileiro médio. Além do mais, é uma aculturação desnecessária: “This little light of mine” [ Essa minha pequena luz] tem referências exclusivas ao contexto de religiosidade americano. Que as imagens do comercial são sedutoras, que há um encantamento no vídeo, não é o problema. O problema é não se saber o que está sendo cantado. Esse comportamento, tenho certeza, seria inadmissível em outros países, a população não aceitaria ser tratada como cordeirinhos, aceitando o que der e vier.

Quanto ao Papai Noel, indico que você faça uma pesquisa que vá um pouco mais atrás do que os anúncios de Coca-cola. O velhinho da Coca-cola é baseado numa tradição muito mais antiga de São Nicolau. Uma tradição européia, que chegou ao Brasil assim como chegou aos EUA, através dos emigrantes europeus.

Agradeço, desde já, a leitura do meu blogue. Um abraço, Ladyce West

1 12 2009
peregrinacultural

Prezado/a MA:

Numa gentileza comum para com os meus leitores, principalmente para com aqueles que não concordam com o que escrevo, respondo em geral no blogue e em email direto ao leitor — a mesma resposta. Fiquei desapontada em receber de volta o email enviado para você com a notificação de que este email não existe. É uma pena que ao fazer uma crítica pessoas acreditem ser melhor esconderem-se atrás de iniciais, sem nomes próprios e ainda se esconderem por trás de emails falsos. Não é assim que se constrói o diálogo. Pena.

2 12 2009
Rodrigo

Respeitando a diversidade…sinceramente acho radical e exagerada a reação de aversão ao comercial e à Marca. O comercial é citado como todo em ingles pelo fato de nao haver diálogo nenhum e a musica funciona como um pano de fundo, belo por sinal, pra dar um clima. Entendo que a mensagem foi passada e que esse filme é compreensivel e tocante em qualquer lugar do mundo. Certamente nao foi por medida de economia, pois um filme desses custa alguns milhares de reais e, nesse caso, só será veiculado aqui no Brasil. Condenar uma marca, genuinamente brasileira, com o historico de brasilidade e capanhas memoráveis “defendendo” a nossa gente e a nossa beleza, como é O Boticário, simplesmente por uma musica, é no minimo radical. Sem falar no volume de investimento em pesquisa e preservaçao da “nossa Natureza brasileira” (se é que a Natureza tem donos) realizado por ela. Essa “little light” bem que poderia fazer voce se abrir mais para “todas as possibilidades”, olhar além das fornteiras e nao se amargar tanto com um filme tao bonito e que certamente nao foi criado para “destruir o patrimonio cultural brasileiro” e muito menos para segregar e rasgar o dinheiro dos “nao iniciados”, que alias certamente se emocionaram com mensagem que o filme carrega, merecendo o titulo de “mestres”, o que é muito distante de segregados e ineptos.

3 12 2009
peregrinacultural

Rodrigo, primeiro muito obrigada pela leitura cuidadosa do texto e pela maneira gentil de expressar a sua posição. Deixe-me reiterar que acho as imagens do comercial em questão belíssimas e bastante evocativas da mágica do espírito natalino.
Mas não acredito que se possa mandar uma mensagem a uma grande companhia, por mais boazinha que seja, por mais correta politicamente, sem alguma radicalização. É a maneira de ser ouvida e de causar que os outros pensem no assunto.
Acredito este ser um assunto que deve ser considerado pelo público. Andamos no momento muito embriagados com o nosso poder aquisitivo e cansados também de reclamar porque não vemos modificações no país que reflitam os nossos desejos. Mas considere, por favor, o contexto da minha reclamação: este é um blogue de incentivo à cultura brasileira. Por si só esse é um assunto que não gera atenção no mundo virtual, principalmente porque neste blogue não discutimos personalidades televisivas como cultura. Em geral nosso foco — poesia, literatura, leitura, história e ciências — não é de grande interesse. Mas no período de um ano e pouco ganhei uma média de 3000 leitores por dia e mais de meio milhão de visitas: fato que eu mesma acho estupendo. Isso aumentou em muito a minha responsabilidade. Quem são eles? Na sua maioria professores dos ensinos básico, fundamental e médio. Muitos deles procuram textos sólidos, antigos ou modernos, para expandir seus próprios conhecimentos e aqueles de seus alunos. Estes professores vêm de todo o Brasil, a maioria do interior, com alguma freqüência de Goiás, Rio Grande do Sul e do interior de Minas Gerais – essa é a informação dos IP s dos visitantes. Muitos desses professores não conhecem bem o nosso idioma, nem a nossa história. Tenho tido a gentileza de não publicar seus textos – porque conhecem suas fraquezas e estão à procura de melhorar seus conhecimentos. Respondo-os por email, gentilmente.
De onde estou a visão que tenho do conhecimento geral do brasileiro sobre sua cultura, história, ciências e o mundo é, na melhor das hipóteses, sofrível. Não é que as pessoas não queiram melhorar. Mas lhes faltam condições de o fazerem. Nesse contexto, cabe a mim, abrir os olhos não só de uma companhia com O Boticário para os deslizes que um reforço de uma cultura estrangeira, importada gratuitamente, sem necessidade, ajuda implementar. Acho que é meu papel também lembrar aos meus leitores que como pessoa física, cada qual tem sua responsabilidade, tem uma maneira de responder a um projeto ou a um plano que lhe desagrade: no caso de um O Boticário, a forma é simples e direta: boicote. Sei que funciona. Vi funcionar muitas e muitas vezes no período que morei fora do Brasil. É só isso.
Não sou contra influências de fora. Mas sou contra a predisposição brasileira de se “comprar o que é de fora” como se fosse melhor. E essa é a mensagem da música no comercial. Por quê? Por que essa música? E não outra em português? Ela não é nem uma Jingle Bells que conhecemos, aliás no interior do Brasil conhece-se como Toca o Sino. No repertório natalino de músicas estrangeiras essa certamente não é uma música conhecida. O que levou a companhia a escolhê-la ao invés de alguma música que “falasse” aos brasileiros?
Essa é a questão.

10 12 2009
EDILSON CZUI RODRIGUES

Parabéns, Parabéns, milhões de Parabéns pelo comercial do Natal do Boticário, deste ano. Achei tudo lindo, a inspiração, a música linda, criatividade, tudo lindo. Edilson e Adriely

11 12 2009
Jadson

Vou falar de sentimento, do tipo que fala o livro “A Cabana”. GOSTEI do comercial, me senti em assistindo.

12 12 2009
Edvaldo Rodrigues

Olá.
Gostaria de compartilhar minha visão sobre o que vc escreveu anteriormente. O comercial é sim muito bonito, ele é contextualizado mercadologicamente para despertar em quem o assiste certas necessidades. Entendemos que essa época do ano as pessoas estão emocionalmente mais ativas. O comercial não foca a realidade de cada indivíduo, ele busca focar a fantasia que remete o desejo que cada um de nós tem e tempos melhores. Podemos dizer que o comercial fala ao “coração” e não para a razão.
Concordo com seu posicionamento. Sou sociologo de formação. Vejo que o comercial ilude de certa forma a população de média e baixa renda. Todo individuo social tem o desejo de participar de um grupo social que tenha “status”. Nos acostumamos acreditar que tudo o que é bom vem de fora. As luzes do comercial entram pelas chaminés das casa, pelo que sei no Brasil não faz tanto frio que de modo geral as casas precisem de chaminés.
Consciente escritora, penso que sua parte você e fez bem feito, mesmo as criticas revelam que você conseguiu desnaturalizar o que se tornou natural. parabéns pelo seu posicionamento.

15 12 2009
peregrinacultural

Evaldo, primeiro gostaria de lhe agradecer pela visita ao blog. E também pela leitura atenciosa da postagem e principalmente por seu trabalho em me responder de maneira equilibrada e judiciosa. Realmente, nós nos acostumamos a ver certas coisas e às vezes com o correr do dia, com as tarefas da sobrevivência, não nos acordamos para onde estamos sendo sutilmente levados.

Infelizmente temos no Brasil ainda o espírito do colonizador, para quem o centro do mundo era fora daqui, em algum lugar na Europa. Digo algum lugar porque mesmo para os portugueses, o centro do mundo não era necessariamente Lisboa. Era mais Paris do que a capital lusitana. Mas já se vão algumas dezenas de décadas de independência e acredito que esteja mais do que na hora de acordarmos para esse posicionamento. Ele é muito ruim psicologicamente porque nos leva a pensar que o que tem a ver conosco, não é bom. Daí expressões corriqueiras de desapontamento ou justificativas que são repetidas a qualquer momento e que desgastam a imagem que temos de nós mesmos. Uma delas justifica tudo: Ah! Mas isso é Brasil…

Acho também que os grandes centros do país, onde muitas das companhias de marketing estão localizadas, por vezes perdem a noção da grandeza do país, da enormidade da nossa população e caem em uma outra arapuca cultural que é a de pensar que ninguém fora dos grandes centros tem poder aquisitivo ou voz alta suficiente para que nos preocupemos com eles. Esse tipo de exclusão social, — uma exclusão por preconceito — é aparente até mesmo dentro dos grandes centros como o Rio de Janeiro ou São Paulo. Nessas cidades, moradores de bairros abastados com frequência pensam que só eles existem. E como os que trabalham em marketing tem grande chance de pertencerem a esses ninhos sociais, o preconceito pode se estabelecer sem que ninguém perceba.

Não tenho treino como socióloga. Sou uma historidora da arte, com especialidade em iconografia da arte moderna. Como você sabe, iconografia é o estudo e interpretação das imagens. Talvez tenha sido essa a causa da minha surpresa com o anúncio em questão.

Um grande abraço, e volte sempre,

Ladyce West

14 12 2009
dilma portela

Eu adorei o comercial.E lindo e de muito bom gosto.Irei usa- lo em minhas aulas de Ingles.Sou professora.Um abraço.

14 12 2009
peregrinacultural

Dilma, um excelente exercício de inglês para os seus alunos. Um ótimo uso de um comercial em inglês. Quem vê o comercial realmente deveria aprender a língua inglesa para entendê-lo por completo! Muito sucesso! Um abraço, Ladyce West

PS: Eu também acho o comercial muito bonito.

15 12 2009
Valter

O Boticário é uma empresa para a classe média e média/alta. Os produtos são caros. A classe baixa precisa se esforçar muito para comprar um produto deles. Portanto, o comércio está dentro do esperado. A música de The Steeles é linda.

Vejamos também um lado positivo: a língua inglesa é obrigatória em todas as escolas públicas e privadas do Brasil. Se o povo não está compreendendo a música é sinal que há algo errado nessa prática pedagógica.

Voltando ainda à música: não devemos mais ouvir as músicas de Bach, Wagner entre outros por ser alemãs, como também de Händel e outros por ser em inglês. Deixemos de lado também Vivaldi, Verdi, Puccini por serem italianos e por aí vai.

Acho que há coisas mais importantes no Brasil a serem discutidas do que a música de fundo de um comercial. Se é para sermos radicais, não compreemos mais árvores de Natal, pois aqui não é comum o pinheiro. Por que não o coqueiro? Ainda por cima, fazem árvores brancas num país que nem neve tem praticamente. Papai Noel? Deixemos ele de bermuda surfista e tiremos a barba, aqui é muito quente.

Ah! Não gostei do comentário de alguém aqui “deixe desse raciocínio ‘tupiniquin'”. Os índios tupiniquins foram muitos importantes para a formação do povo brasileiro e sua cultura é muito rica.

17 12 2009
Marcelo di Castro

Bom, respeito todas as opiniões e por isso exponho a minha. Considero radical demais a sua posição quanto ao comercial. Se pensarmos que o natal de certa forma é uma data comercialmente americana, deste de seus enfeites até as musicas mais conhecidas. Mas considero pior que esse comercial, outros tipo aqueles de cosméticos, que são grosseiramente dublados. Entendo a sua preocupação em preservar nossa cultura, mas não vejo nada demais em um comercial ter uma musica em inglês, e também não vou deixar de comprar em uma loja só por isso.

18 12 2009
peregrinacultural

Marcelo, obrigada pela sua visita e pelo comentário. Só queria lembrar que o Natal é principalmente uma data religiosa, que realmente está bastante comercializada. Além da música em inglês, há por exemplo no final do anúncio, quando a caixa “mágica” de O Boticário á aberta, uma cena em frente a uma lareira, Ora, o Natal, neste nosso país, não importa onde você more, acontece nos primeiros dias de verão. Mesmo que você seja morador nas montanhas e nas regiões do sul, as chances de você ter uma lareira em casa são remotas e muito menos ainda que você passe o Natal abrindo presentes em frente dessa lareira. Afinal, qual é o público que este comercial tenta atingir? É realmente o público brasileiro?
Quanto a comprar ou não em uma loja, isso é responsabilidade de cada um. Se eu não comprar no açogueiro da esquina, porque eu acho que ele coloca corantes na carne, ou na quitanda porque a balança está errada, eu posso reclamar com as autoridades e comprar eu outro lugar. E é isso que estou fazendo. E só.
Quando compramos alguma coisa em algum lugar estamos sempre diretamente aprovando a maneira como aquela companhia conduz o seu negócio. Este é o poder do consumidor. Quando o consumidor não está consciente do seu poder, ele pode aprovar e continuar a manter práticas de negócios que o prejudicam.
Por minha parte, gotaria de ver uma campanha comercial mais afinada com o Brasil. O Natal é uma festa mundial, no mundo cristão, que tem características em cada lugar de acordo com a cultura local. Por que temos que aceitar um Natal com cara de outra cultura.

Bem, um abraço, e volte sempre…

19 12 2009
Patrick

Porque não temos que aceitar um Natal com cara de outra cultura?
Sinceramente Peregrinacultural, em todos os comentários que eu li e as respostas suas que eu vi, só percebi que você é uma pessoa extremamente fechada: fechada a culturas estrangeiras, a idéias “misturáveis”.
Tenho certeza que se fosse uma música ao estilo africana, você iria gostar do carnaval.
E, claro, porque não botar o casalzinho do filme abrindo o presente na frente de uma charmosa praia?
Por mais “errado” que possa a propaganda parecer (para você), ela é sim influenciada pelas características culturais americanas. E bem interessante aquele que disse em um dos comentários: “O Boticário acertou nessa propaganda: os produtos são caros e a classe consumidora é média pra cima”. O que tem de errado nisso?
O que tem de errado deixar uma música em inglês, gospel, tocando?
É errado porque muitos não vão entender? Por favor, proíba as rádios de tocarem o que quer que seja!
O Brasil é sim influenciado por culturas de outros países. É até mesmo um motivo pelo qual o próprio governo coloca o slogan “Brasil, um país de todos”.

Aliás, muito importante enfatizar que a própria cultura brasileira deixa em aberto a introdução das outras culturas. É por isso que o brasileiro é visto no exterior como “pessoas calorosas”, porque somos uma das poucas culturas nesse planeta que permite que outros venham e tragam o que sabem, o que gostam, o que querem. E é interessante ver como, mesmo sendo influenciados (como nessa propaganda), nós não perdemos a nossa própria cultura. Não mesmo. O jeito que vivemos, que agimos no cotidiano, nossas falas, ações, tudo ainda tem jeito exclusivo de brasileiro. Não vai ser uma propaganda como essa que vai nos deixar mais “americanizados”. Opa… “norte-americanizados”, porque somos americanos também!

De opinião, ninguém pode mexer no do outro, mas criticar pode!
Acho que sua ação contra O Boticário foi exagerada e desnecessária!
Da pra imaginar se seu marido ou filho estiverem ansiosos por um perfume que só eles tem? Há realmente a necessidade de se levar um rancor dessa magnitude por causa de uma propaganda que consome apenas um minuto de sua vida? Se sua resposta for sim, então espero que você reveja seus conceitos sobre Natal.

No mais, adorei o blog. Gosto quando assuntos assim são levantados! Da para absorver e expressar as opiniões.
Abraços!

19 12 2009
Patrick

carnaval = propaganda!
(desculpe pela confusão hehehe)

17 12 2009
Everton

Peregrina Cutural, belo blog, li quase todos os comentarios e vc e bem dedicada nas reposta heim, realmente eu gostei do comercial, mais poucos sao os que possuem conhecimento bastante para ir atras do que se trata neh, o que mais chama atenção é ver seu filho entortar o pescoço so para ver oque esta passando na TV, incrivel como fascina e simplismente passae ninguem sabe oque aconteceu e o qual a menssagem toda neh. concordo com seu ponto de vista, mais sou sempre relativo e não questiono ou levanto discuções, pois jah entendi a menssagem e se discordei eu medito sozinho nisso, mais uma vez parabens e se vc tiver o nome dessa musica, sim gostaria de ter ela guardada no cel…kkkkk

t+

18 12 2009
peregrinacultural

Everton, obrigada pelo comentário e pela visita. Ah, sim o nome da música é “I’m going to let it shine”, é uma música religiosa amercana, um gospel, composta na década de 20 do século passado. A letra usada no comercial é só o refrão que diz: “Esta minha pequena luz, vou deixá-la brilhar”. A luz a que a música se refere é Jesus Cristo. Esse gospel vem da tradição de evangélicos que passeiam pelo mundo tentando converter pessoas para sua religião. A letra completa dessa música inclui a América do Sul como o lugar onde eles vão fazer a pequenina luz brilhar.

A letra está aqui:

This little light of mine
I’m gonna let it shine
This little light of mine
I’m gonna let it shine
This little light of mine
I’m gonna let it shine
Let it shine, let it shine, let it shine

Down in my heart
I’m gonna let it shine
Down in my heart
I’m gonna let it shine
Down in my heart
I’m gonna let it shine
Let it shine, let it shine, let it shine

Down in South America
I’m gonna let it shine
Down in South America
I’m gonna let it shine
Down in South America
I’m gonna let it shine
Let it shine, let it shine, let it shine

Ain’t gonna make it shine
Just gonna let it shine
Ain’t gonna make it shine
Just gonna let it shine
Ain’t gonna make it shine
Just gonna let it shine
Let it shine, let it shine, let it shine

This little light of mine
I’m gonna let it shine
This little light of mine
I’m gonna let it shine
This little light of mine
I’m gonna let it shine
Let it shine, let it shine, let it shine

Um abraço, Ladyce

17 12 2009
Adrianna

Eu adorei a música, o comercial, as luzes, a menina dentro do carro com os olhos cheios de brilho! Tudo está lindo!
Até baixei a música pra colocar pra tocar na noite de natal! (risos)
Let it shine people!

18 12 2009
cassia

eu amei o comercial,é lindo!!!!!pena q é curto

18 12 2009
Hugo

Eu simplesmente não concordo com qualquer aversão ao comercial! Tudo bem que a música é em inglês, mas todos nós também sabemos o poder que a música tem e isso não depende de idoma pra se perceber. É uma música evangélica e a letra é linda! Fala de deixamos a nossa luz brilhar, num mundo como esse isso se faz mais que necessário. Quem quiser conhecer a vesão brasileira, é cantada pelo Diante do trono. Acenda a luz: http://letras.terra.com.br/criancas-diante-do-trono/668065/

18 12 2009
Deh

Primeiro parabéns pelo exercício de pensar e protestar… Isso é louvável.. de verdade, progressivamente as pessoas estão perdendo a habilidade de pensar…
Li todo seu post procurando na internet adendos sobre a campanha FANTASTICA de O Boticário nesse fim de ano, na verdade a música “This little light of mine” é gospel sim, mas o questionamento sobre a trilha para o Natal (data inventada pelo comercio) é incoerente, se levarmos em consideração que a data (segundo o comercio) é o nascimento de Jesus Cristo..

Mas enfim, como publicitária me senti na obrigação de lhe explicar que em um mundo capitalista e global (e isso não é uma coisa ruim) o que importa é o envolvimento do público-alvo com a campanha vinculada na TV (no caso)… e é indiscutível o sucesso da mesma.. tanto que o filhinho do Everton (comentário acima) se encantou .. ponto para a equipe de criação =D

Concordo com você quanto a ubervalorização da cultura estrangeira.. tenho uma amiga italiana que esteve no Brasil há alguns dias e me disse que não há nada mais incoerente do eu termos “neve” como enfeites em “pinheiros”… e papai-noel de “botas”, como assim???

Enfim…. um grande abraço

achei vc no twitter, não se ofenda.. mas eu FOLLOW YOU =P

(caso for responder.. mande para meu email)

21 12 2009
peregrinacultural

Deh, obrigada pela visita. E principalmente pela contribuição ao debate sobre o anúncio em questão. Sinto lhe dizer, que não acho a minha vida interessante o suficiente para ninguém segui-la de perto no twitter. Mas você é muito bem-vinda a me seguir. Um grande abraço, um Feliz Natal, Ladyce

Ah, sim, fiz uma visita ao seu blog, muito interessante, só precisa de mais postagens!

18 12 2009
Renato

O primeiro post é um exagero de reclamação.
Minha observação, pessoal, é a seguinte:
O comercial é muito bonito e tal, muito bem decorado, a música em inglês, eu não vejo problema. Me poupe quanto a legendas em comerciais, argh, sem comentários!! Agora, quanto a questão de colocarmos uma música brasileira, sei lá viu, acho que brasileiros não são as pessoas certas pra fazer esse tipo de música, justamente porque não combina com a língua portuguesa. O Brasil é um país de clima tropical e não há nada frio nele, por isso que quando se fala em Natal se referem aos países do Norte e não do Brasil ; P .
Acho também que a empresa citada deveria fazer um pouco mais nesse comercial, mas aí sim na língua portuguesa, logo depois do anúncio, fazer uma campanha para presentear as pessoas necessitadas.

De resto achei muito belo, mas a vida continua, como sempre, o mais rico firme e forte(mensalões na cueca, meia. etc) e o mais pobre sofrendo na rua da amargura.

21 12 2009
peregrinacultural

Renato, muito obrigada pela visita ao blog, e principalmente por sua contribuição ao debate começado com a postagem de 30 de novembro. Acho que todoos nós ganhamos por conversarmos a respeito daquilo que nos cerca e que nos faz brasileiros. Feliz Natal, Ladyce

19 12 2009
sidnei

Qual existem inumeros comerciais com musicas e panos de fundo em inglês ler, depoimentos como ” fiquei chacada…” “não acredito no que vi…” Hora é só uma marca anunciando seu produto, não existe dialogos somente a musica que por sinal muito bonita… Só isso!

19 12 2009
gracilene xavier

estou de acordo com com voce amusica e bonita ,mas oque estar por tras da melodia?
não sei ler ingles.sera que no brasil não ha musicos ,para escolherem logo o di fora?quem são os consumidores? os brasileiro ou os americanos?pergunto ao criador do comercial:voce e brasileiro ou americano,em que país voce mora???

19 12 2009
Luiz Fernando

Gostaria de entrar um pouco nessa.

O Brasil e suas empresas deveriam confiar mais nos seus próprios artistas.
Mas realmente devo dizer que a música é muito bonita, e que realmente mostra um pouco da beleza do Natal.
Muitos pensam que o Natal é festa, é diversão, dia de ganhar presente, e o nascimento de quem é mesmo neste dia.

A religião hoje tem perdido muitos membros pois não sabem realmente o que querem, se é levar a palavra do senhor, ou se é dinheiro.
Pergunto, alguém ja viu Jesus, Deus, Nossa Senhora???
Se ja me avisa aonde estar pois a tempo estou querendo acha-lo.

Creio que ninguém da empresa O Boticario quis ensultar alguem com a música.
A religião foi criada pois na antiguidade todos que se referiam a ele, tinham medo. Pediam a ele misericordia, perdão.
Creio que se você ficar perdendo tempo pedindo as coisas, em oração é um disperdicio. Ao invés disso corra atrás, mostre que você é auto-suficiente.

Muitos hojem só tem motivação por encontram o caminho de Deus, mais que caminho é esse, os padres ensinam umas coisas que eles nem sabem o que é.
Porque as igrejas escondem tantas coisas de seus fiéis.

Portanto você não precisa de Deus como dizem, é só você sempre dizer para si mesmo que vai conseguir, isso basta.

Cumprimentos
Luiz Fernando

19 12 2009
Catia

Existe um livro “todo marqueteiro é mentiroso”, que apontaria o comercial como a prática da teoria do autor. Já que trabalharam numa versão angelical de I’m going to let it shine poderiam ter feito o mesmo com estrela guia de michael sulivan e paulo massadas, ao menos não travariamos polêmicas nem quanto a língua ( entender a mensagem da música) nem quanto a religião (pra um país predominantemente católico não achei uma boa escolha).

21 12 2009
peregrinacultural

Cátia, muito obrigada pela visita e pela contribuição ao debate. É preciso pensarmos sobre aquilo que nos cerca e suas consequencias. Um grande abraçi, Feliz Natal, volte sempre. Ladyce

19 12 2009
Rowe

Além de não ser o único com trilha em inglês, como já foi dito, não há falas.
Quanta ignorância!
.
Primeiro que a ideia do comercial foi montada toda em cima da letra da música. E logo se vê que vc boiou e por isso ficou zangado(a).
Se não sabe, pesquise, afinal vc tem o mundo na ponta dos dedos, vc tem internet.
Já ouviu falar de globalização?
O Natal não é exclusivo brasileiro, ok? rs.
Aliás, como já foi dito também, não há nada mais americano que o Natal, pois o maior ícone que conhecemos foi recriado pela coca-cola, ou vc acha que ele é vermelho por acaso?
.
Não enfeite mais a sua casa, não use mais a tecnologia de outros países e etc.
Vc queria a Elba Ramalho cantando um forrozão então? Muito nada a ver não acha?
Músicas natalinas na maioria foram traduzidas. Se informe, antes de postar tal atentado!!!

20 12 2009
peregrinacultural

Prezado Rowe,

Mandei o seguinte email para você, que espero servir a todos os outros cujos comentários não publiquei. Não os publiquei pelos mesmos motivos que dei ao comentar o seu… Como você não se dignou a responder, aqui vai a minha colocação como a mandei:

Dear Rowe,

It was interesting to see your angry response to my blog entry about the O Boticario ad campaign. I will not publish it, because you were not able to express your ideas without being nasty and unduly aggressive. I would also suggest that the next time you decide to comment on anyone’s blog, you check it out first. You may discover some interesting information that will prevent you from making a fool out of yourself.

If you are interested in having your objections published I suggest you edit and make some changes in the text below.

Sincerely,

Peregrina Cultural

Eu também poderia adicionar à minha resposta: QUANTA IGNORÂNCIA! Não só porque você não pesquisou no blog, como você não tem idéia da origem do Papai Noel. Assim como outros “sabichões” você acredita que Papai Noel veio com a Coca-cola. SANTA IGNORÂNCIA! Ele é muito mais velho do que a companhia de bebidas americana. Ele é São Nicolau. Santa Claus em inglês para a abreviatura de São Nicolau. A origem é escandinava. E sua representação estabelecida com arminho na gola e nas mangas, e roupa vermelha já existia há muito mais tempo do que você poderia imaginar.Antes de comentar, já que você tem internet, por que não procura saber do que está falando?

Além de não ser o único com trilha em inglês, como já foi dito, não há falas.
Quanta ignorância!
.
Primeiro que a ideia do comercial foi montada toda em cima da letra da música. E logo se vê que vc boiou e por isso ficou zangado(a).
Se não sabe, pesquise, afinal vc tem o mundo na ponta dos dedos, vc tem internet.
Já ouviu falar de globalização?
O Natal não é exclusivo brasileiro, ok? rs.
Aliás, como já foi dito também, não há nada mais americano que o Natal, pois o maior ícone que conhecemos foi recriado pela coca-cola, ou vc acha que ele é vermelho por acaso?
.
Não enfeite mais a sua casa, não use mais a tecnologia de outros países e etc.
Vc queria a Elba Ramalho cantando um forrozão então? Muito nada a ver não acha?
Músicas natalinas na maioria foram traduzidas. Se informe, antes de postar tal atentado!!!

20 12 2009
Ana Carolina

Peregrina cultural, antes de mais nada, gostaria de parabenizá-la pela iniciativa de discutir coisas que há muito foram esquecidas.
Sou universitária, quase formada em direito. Sou evangélica e admito que conhecia a música jingle do comercial, no entanto, como você não aprovei.
Nada a ver com religião, enm com São Nicolau ou qualquer coisa do gênero.
A mensagem que me atingiu me fez lembrar da sociedade em que vivemos, onde mais da metade da população não tem e nem terá dinheiro para presentes, que dirá perfume de O Boticário?
Lembro-me que num país onde seus governantes utilizam-se mal do dinheiro público, escondendo-o em bolsas, bolsos, meias e cuecas (pela 2ª vez!), faltou noção daqueles que comercialmente atigiram seus alvos-meta, mas eles esqueceram que o natal da maioria da população não tem luzes piscando, saindo de uma loja percorrendo ruas, caindo por uma chaminé e brilhando dentro de um presente em frente a uma lareira.
Enfim, era apenas isso.

21 12 2009
peregrinacultural

Ana Carolina, muito obrigada pela visita e pela contribuição ao tema. Tem sido muito bom conversar com outras pessoas de diferentes pontos de vista sobre o assunto. Discussões como essa só nos enriquecem. A mim, certamente tem enriquecido, tenho sido obrigada a pensar em até outros aspectos do comercial que não abordei na postagem inicial. Um grande abraço e Feliz Natal.

20 12 2009
Andre Ponte Preta

Sinceridade? Gostei do comercial, não achei agressivo dessa forma. Não acho que o problema está em falar em inglês, acho que triste mesmo é o brasileiro não ter acesso a uma educação decente que o permita entender não só o idioma mas todo o contexto contido na letra da música. Entendi perfeitamente o questionamento do autor do post, também acho que haveriam grandes opções pra utilizar em nosso idioma… mas volto a dizer: não achei agressivo o uso do inglês no comercial em questão. Pior que isso é qualquer funk carioca que a gente é obrigado a ouvir todo dia por aí afora… abração pra todos.

21 12 2009
peregrinacultural

Muito obrigada André pela visita e pela opinião. Volte sempre, Feliz Natal.

20 12 2009
Daniele

De fato, o comercial de O Boticário exclui grande parte da população que, com certeza, gostaria de saber o que significa a letra aparentemente muito bonita. É sim, um desrespeito.

21 12 2009
peregrinacultural

Obrigada pela visita, Daniele. Feliz Natal!

21 12 2009
J.J.Júnior

Peregrina cultural, enquanto estava fazendo uma pesquisa no google sobre a música desse mesmo comercial, achei a sua página e por curiosidade, comecei a lê-la. Sim, você está certa, é claro que é um pouco de errado no Brasil passar um comercial de Natal com músicas em inglês, mas vamos pensar em tudo. Sei que a minha primeira questão não é a mais certa, mas vamos lá: 1ª:o que você acha de traduzir a música. Pense em uma pessoa (não criança) cantando “Esta minha pequena luz, vou deixá-la brilhar”, agora, (não me entenda mal), mas pegue agora a letra em inglês: “This little light of mine I’m gonna let it shine”, veja como tudo fica mais melódico. Você acha que uma empresa como o Boticário iria fazer uma propaganda com uma pessoa cantando em pleno espírito natalino, cantando em Português. Só aquelas músicas de Natal mesmo, tipo noite Feliz. Bom, em segundo plano, acho que brigar só por que o inglês foi colocado em um comercial, vamos criar uma guerra contra os Norte Americanos. Vivemos em um mundo globalizado , como não vamos nos adaptar de mudanças. E se todos parassem e falassem uma só lingua, neste caso que você gostaria, o Portugues. Como muita coisa na sua vida ia mudar. Que desentendimento, pense em um sistema que é baseado pela lingua inglesa e o Brasil se excluir dessa regra. Ora, como podemos nos separar do mundo. Desculpe, sem querer ofender ( com certeza deve ter mais experiencia, sou apenas um adolescente), mas a sua ação é muita radical. Agora sabe por que vivemos nisso? Sabe por que os Norte Americanos não falam em português. Por que há muito tempo, nos tempos da colonização, os ingleses que começaram a povoar a região que os EUA ocupa se preocuparam em não só extrair a matéria prima, mas sim em começar a criar um nova nação, coisa que os “queridinhos portugueses” que deram origem à nossa lingua e cultura, só se preocupavam em explorar. Não que eu sou a favor ao Imperialismo Norte Americano, mas sim, eles se ascenderam em pouco tempo e conseguiram se desenvolver, imagine se o Brasil fosse assim? Por terceiro, acho que você não queria, mas certamente ofendeu. Esse é o meu terceiro ponto. Desde quando um comercial é destinado à apenas pessoas que saibam o que significam. Com certeza, muitas pessoas acessaram e, elas podem não entender inglês, mas podem se sentir profundamente magoadas por pessoas ( não estou insinuando você, mas estou falando num modo geral, OK?) que se acham superiores que elas apenas por que dominam um recurso chamado internet. Agora finalizando, só queria falar que mesmo com todos esses argumentos, tenho essa opinião formada. Sabe, aprenda a ver o lado bom das coisas (funcionou comigo, porque não vai funcionar com você), sabe, deixe o espírito de Natal venha sobre você. Não sei sua religião, não sei sobre seu credo nem em que você acredita, mas que Jesus, “essa pequena luz” brilhe em você, e que te dê as Bençãos de um Feliz Natal, que te dê mais brilho em seus pensamentos, pedindo sabedoria para continuar esse Maravilhoso Trabalho nesse site. Feliz Natal e Próspero Ano Novo.

(Post Scriptum : Eu espero a sua resposta)
J.J.Júnior

21 12 2009
peregrinacultural

Prezado J.J.Júnior. Parabéns pelas suas colocações. Fica até difícil de acreditar que você é apenas um adolescente. Se é, espero grandes coisas de você no futuro… Parabéns, sinceros.
1 — Você tem razão quanto ao tipo de colonização diferenciada entre os Estados Unidos e o Brasil. A Inglaterra e Portugal eram países em estágios muito diferentes, quando nos descobriram. Portugal ainda remontava a uma economia de um sistema feudal, com um governo extremamente centralizador e explorador, enquanto a Inglaterra , que só veio mesmo a desembarcar para valer nas terras americanas no século XVII, já estava a caminho de uma economia mais moderna. A separação religiosa de Roma, trazida às ilhas britânicas por Henrique VIII, acelerou em muito a modernização econômica do país e junto com os Países Baixos, abriu suas portas ao mercantilismo. A colonização americana foi feita por companhias comerciais e não pelo rei da Inglaterra, porque este não vendo ouro no Novo Mundo, resolveu não vigiar, orientar ou investir nas novas terras americanas. Outra diferença essencial é que originalmente os EUA foram povoados por pessoas que saíram do Reino Unido com a intenção de nunca mais voltarem, porque suas religiões não eram aceitas na Inglaterra. Estou falando do Calvinismo. Mesmo que pareçam influências de um passado muito longínquo, elas se enraizaram o suficiente no solo americano para ainda hoje fazerem a diferença. É sempre muito perigoso compararmos esses dois países, pois suas origens estabelecem até hoje, muitos dos comportamentos que vemos em ambas as sociedades.
2 — Acredito que quando uma companhia paga milhares e milhares ou milhões e milhões de reais para fazer uma campanha na televisão aberta, um meio de comunicação que entra em todos os lares, de todas as classes sociais e de todos os tipos de poderes aquisitivos, essa campanhia deveria ser entendida por todos os que a vêem. Se a campanha fosse exclusivamente dedicada a um segmento da população brasileira – digamos aqueles com renda de mais de R$8.000,00/mês, tenho certeza de que há meios de comunicação que só atingiriam a esta camada da sociedade. O tipo de exclusão cultural retratado no comercial não é construtivo para o país e para nós, participantes dessa sociedade. Por isso a reclamação. Esse perfil exclusivista remonta aos séculos passados, e, justamente nessa época de globalização, ela não pode ser reforçada. Muitos visitantes do blog que me disseram que eu preciso estar atenta à globalização, mas parece se esquecerem de que a globalização não é um caminho de mão única: só nós nos adaptarmos aos outros. Ele também gera a visita dos outros aos nossos padrões e aos nossos valores. Daí a pergunta: quais são os valores que nós temos? Continuamos com os valores de exclusão social? Continuamos com o elitismo que remonta aos piores momentos da nossa história? Porque é isso que esse anúncio, entre outros, diz a nosso respeito.
3 – Qualquer companhia, mesmo grande, como O Boticário, tem um departamento que aprova ou não uma campanha de marketing. No mundo inteiro há especialistas em iconografia, pessoas que se interessam pelo que as imagens transmitem. Quem de dentro da companhia viu este anúncio e o aprovou, não percebeu, eu espero que esta tenha sido a razão, a mensagem passada ao consumidor e interiorizada por ele. Concordo com você, como já disse em outras respostas, que a luzinha andando pela rua, indo de um telhado ao outro, encantando cachorro e menininha com olhos brilhantes, é linda! É encantadora. Traz a quem a vê, um aspecto mágico que faz parte do encantamento do Natal. Mas simultaneamente, o anúncio acaba com um casal, em frente a uma lareira, numa imagem que não tem nada a ver com os Natais brasileiros, quer esse Natal seja no RS ou no PA. Custava o mesmo encantamento terminar numa reunião familiar sem a lareira? Sim, é Natal. Como sabemos, o Natal se comemora em todo o mundo, e como nós provamos, ano após ano, o Natal é uma festa brasileira também. O Natal não deixa de existir porque é comemorado no verão. Será que não é comemorado na Austrália? Na Argentina? É verão lá também. E é Natal.
4 – A minha religião, a minha crença, não vem ao caso. A reclamação fica. De todos os anúncios que eu vi na televisão brasileira neste Natal, o de que mais gostei, e que me emocionou pela riqueza das imagens mas, sobretudo, pelo abraço dado a todos os povos de diversas religiões foi o anúncio do Banco Itaú. Coincidentemente, este anúncio não tem palavras. São sons, únicos, de sinos. As imagens abraçam dezenas de grupos culturais que têm representação no Brasil: dos padres franciscanos aos rabinos dançando em círculo, aos muçulmanos, chineses, indianos, e demais. São imagens que nos tocam pela inclusão social, pela universalidade do tema de paz, perdão, renovação, fé. Belíssimo!
5 – Muitos dos comentários que recebi, assim como o seu, mencionaram que eu radicalizei. Não sei. Companhias privadas só entendem uma coisa: lucro. A única maneira de se conseguir ser escutada por uma companhia, principalmente do porte de O Boticário, é machucar o bolso. Conheço muito bem as minhas limitações: não sou particularmente conhecida, não sou política, não sou acionista da companhia, não sou líder sindical, não sou líder de qualquer coisa que possa afetá-la. A minha única arma é o boicote. Meu. Único. E se eu puder convencer meus amigos e conhecidos a fazerem o mesmo, a minha proposta ganha uma enorme alavanca. Não é crime boicotar. Fazemos isso o tempo todo quando deixamos de comprar em algum lugar porque fomos mal tratados, porque não confiamos nos produtos que eles vendem ou quando não compramos uma casa num determinado bairro ou não andamos neste ou naquele transporte público. Numa sociedade aberta como é o Brasil – ainda bem! – esse é o poder da população. Não gostou? Aja. É o direito de todos nós. Só porque eu fiz o meu boicote público não o faz mais ou menos radical. Se eu telefonasse um dia para 100 amigos e fizesse o contrário, dissesse que há um produto extraordinário à venda em tal lugar, e eles passassem essas informações a outros 100 amigos, você imaginaria essa ação radical? Não. E no entanto, não passa de marketing. Chamado de marketing boca a boca. O blog, só aumenta o poder do boca a boca.

Vou ficar por aqui. Por favor, sinta-se livre de me contatar a qualquer momento. Foi uma prazer continuar a conversa com você. Não há mal algum em questionarmos o que vemos e o que fazemos. Um grande abraço, um Feliz Natal a você e aos seus.
Ladyce West

21 12 2009
J.J.Júnior

Gostei das resposta e gostaria em continuar com essa dialética. Qualquer coisa, mande um e-mail. Obrigado por responder

21 12 2009
peregrinacultural

JJ Junior, foi um prazer, e já entrei em contato com você por email. Tomei a liberdade de retirar as informações de email da sua resposta para manter a sua privacidade. Já anotei oo seu email. Obrigada!

21 12 2009
Rosana

O comercial ficou legal, a música contagia mesmo muitas pessoas não entendendo, porém entendo o posicionamento da perigrina cultural, no Brasil nem o português se aprende direito, quanto mais uma língua como o inglês, principalmente em escolas púplicas o inglês é ensinado de forma superficial por professores que mal falam as palavras de fácil pronuncia, a matéria é lida de qualquer forma, são poucos brasileiros que tem a oportunidade de estudar inglês fluente. Realmente o comercial é lindo, mas garanto que muitas pessoas gostariam de entender a letra da música.

21 12 2009
peregrinacultural

Obrigada Rosana, pela visita e pelo apoio. Um grande abraço e Feliz Natal!

22 12 2009
arilda golinelli

não sei nada de ingles por isso procurei tradução nos saites,achei lindo sera que quando houve o comercial da união com per heps love ouve tanta repulsa? mesmo não entendendo ingles na ocasião procurei e encontrei a fita cassete com o querido placido domingos e jhonn denver. no mais obrigado pela atenção.

22 12 2009
J.Cavalcante

O Brasil não é rico somente em essências para fabricação de produtos cheirosos! O Brasil é muito rico em cultura, existem excelentes compositores que poderiam compor uma musica natalina tão meiga e capaz de nos emocionar! A boticário preferiu “This little light of mine” na voz de uma menininha! lógico que a melodia, o arranjo, associados as belas imagens causam arrepios, mas que pena que muitos não compreendem!
O Brasil possui excelentes temas que poderiam ter sido aproveitados nesse propaganda! A boticário pegou pessado!

Só de mau! Esse ano o Papai Noel nordestino não vai dar presentinhos da Boticário!!!

22 12 2009
MILLE

Com certeza os norte americanos não fazem comerciais em outro idioma que
nao seja o deles, principalmente para vender produtos deles.
Nem os franceses, nem o italianos e ingleses. Só aqui no Brasil que tem que
se aturar essa palhaçada. Se amem mais e serão com um norte americano ou europeu., repito eles não fazem isso. Abram suas mentes

23 12 2009
peregrinacultural

Obrigada pela visita e pelo comentário. Ainda bem que há pessoas que entendem do que estoun falando. Um abraço, Ladyce

23 12 2009
Pâm

E eu acho certo que eles não façam. Pra quê ? O Inglês domina. Nós que somos os azarados por termos sidos colonizados pelos portugueses. E sem falar que isso foi por acaso. Patético.

23 12 2009
peregrinacultural

Pamela, realmente é difícil entender a sua posição. Você acha que se falássemos todos inglês nós não seríamos quem somos? Ledo engano… Não podemos mudar o nosso passado, que é o que nos faz sermos o que somos. Sugiro que se não está satisfeita com o presente, aja para que o Brasil reflita mais quem você é. Um abraço, e Feliz Natal.

22 12 2009
Giselle

Olá…Concordo com o JJ Junior, não achei nada agressivo..
Existem outros comerciais que também excluem a população…com músicas e textos em português.
Enfim, não podemos agradar a todos, para começar a mudança o ” Sr Noel” deveria aparecer nas casas aqui do Brasil de “shorts” e chinelão Havaiana…Nada mais tropical e brasileiro…
Abraços
Giselle Garcia.

23 12 2009
peregrinacultural

Giselle, obrigada´pela visita e pelo comentário. Talvez ao longo do comentário de JJ Junior você também tenha lido a minha resposta. Não vou repetí-la. Mas acho que convém nos lembrarmos que o Natal é comemorado no Brasil há 500+ anos. Nós temos maneiras de celebrar as datas natalinas — que vão desde o dia 25 de dezembro –m Natal ao dia 6 de janeiro — Dia de Reis — [ época conhecida como os 12 dias de Natal] que representam a nossa cultura. Por que enão importar algo, quando temos uma tradição brasileira que fala a TODOS os brasileiros. Mesmo tendo uma costa muito grande, o Brasil não é feito so dos que moram no litoral ou tem acesso a ele. Muito pelo contrário, há mais gente morando no interior do que na costa brasileira. Um abraço, Ladyce

23 12 2009
James Maciel

Olá, primeiro gostaria de parabenizar você pelo blog, muito bom mesmo. Agora gostaria de deixar uma opinião sobre o tema em discussão. Concordo em alguns pontos com você, quando você fala que nos Brasil existem compositores e músicas que com certeza se encaixariam perfeitamente em qualquer comercial do Brasil, mas, não acredito que esse comercial tenha sido uma infeliz ideia, pelo contrário acredito que foi um grande sucesso pelos seguintes motivos:

1° – A intenção de um comercial de qualquer produto que seja no Brasil ou no Japão, principalmente em épocas natalinas, é contagiar e encantar o público, para que justamente seu produto seja visto com muito mais interesse, nesse caso os produtos “O Boticário”. E ao meu ver conseguiram esse objetivo.

2° – Os mais radicais podem concorda que por a trilha sonora do comercial de um produto brasileiro ser em uma lingua estrangeira, a população de classe menos favorecida não irá entende-lo, isso pra mim é um pensamnto erróneo, vamos falar sério, no decorrer do comercial não tem uma narração em inglês, espanhol ou em qualquer outra lingua estrangeira falando sobre o produto, tem sim uma trilha sonora de uma música gospel americana acompanhando ao fundo no comercial até chegar a finalização em Português falando “Espalhe a beleza do natal, Dê O Boticario” será dificil entender essa mensagem? Me digam que não entendeu que o comercial quis colocar que os produtos O Boticario são boas opções de presente para o natal? Acredito que a grande maioria do público-alvo(consumidores) entederam perfeitamente, então a intenção da empresa e do publicitario que criaram o comercial, ambas foram executadas com êxito e não achei arrogância e nem descaso com a nossa cultura, vivemos em um mundo globalizado e esse pensamento é socialista demais.

Mas, como eu falei antes, gostei muito de seu blog, e o encontrei por acaso, acredite, pois estava a procura da versão da música “This Little Light of Mine”, com a menininha do comercial cantando e por acaso encontrei seu blog, li e gostei.

Espero não ser mal interpretado, apenas quis expôr minha opinião, respeito a sua!

Abraços.
James Maciel.

23 12 2009
James Maciel

Só pra complementar, acho que alguns de vocês estão enfatizando mais a música do que o produto, estão mais preocupados por a música do comercial ser gospel e norte-americana, do que realmente o que o comercial quer passar!

29 12 2009
Tay

Oi peregrinacultural , gostei do blog e da sua postura.
Sei que o Natal já passou rsrsrsrsr mas vou deixar a minha humilde opinião :
COMERCIAL TOTALMENTE VOLTADO PARA O CONSUMISMO , ESTRANGEIRISMO E HIPOCRISIA . Ninguém pratica a Paz , o Amor e o Respeito aos outros durante o ano todo , quando chega pascoa , natal , dia das crianças etc , todos colocam a máscara de ” bondade e fraternidade ” , coisa ridicula . Essas datas foram criadas simplismente para satisfazer o comércio e a igreja .

29 12 2009
Tay

Ah , sucesso pra vc em 2010 ^^

3 01 2010
Marco Canosa

Peregrina, primeiramente meus parabéns pelo Blog. É simplesmente excelente.
Mas quanto ao tema em questão, discordo totalmente de você.
O objeto em discussão é uma peça comercial. Em última instância a intenção de qualquer anunciante é a de vender o seu produto, o que pressupõe que consiga comunicar-se com seu público alvo. Se os publicitários responsáveis pela campanha achassem que o fato da música tema ser em inglês dificultaria de alguma forma esta comunicação, certamente não a teriam escolhido. Ou quem sabe teriam-lhe acrescentado legendas…
É verdade que grande parte da nossa população não domina o idioma inglês. Mas será que alguém realmente acredita que o público brasileiro teve alguma dificuldade em perceber a mensagem do comercial, só porque a sua música tema é em inglês? Ela até poderia ser instrumental! E ainda temos ao final o narrador falando em bom português “Espalhe a beleza do natal, dê O Boticario”. Sinceramente, não consigo enxergar este “tipo de exclusão cultural retratado no comercial” ao qual você se refere.
Nada tenho contra a boa música, seja ela de origem brasileira, portuguesa, inglesa, francesa, italiana, etc. Seja ela de origem protestante, católica, anglicana, etc. E esta música em questão “This Little Light of Mine” é um belíssimo clássico gospel americano da década de 20. Gospel, assim como “Oh happy day”, usado em um comercial de uma marca de margarina vegetal bastante popular, disponível em http://www.youtube.com/watch?v=NV0utlgK23s. Não acredito que eles, assim como agora fez O Boticário, tivessem qualquer intenção de excluir alguém.

O comercial da Boticário é excelente, atingiu em cheio o seu público alvo e será certamente um forte concorrente ao prêmio de melhor em sua categoria.
Abraços e um feliz 2010.

3 01 2010
peregrinacultural

Marco, muito obrigada pela leitura, um ótimo 2010. Eu já esgotei os meus argumentos, que espero você tenha lido nos comentários que fiz aos leitores. Não sou contra música estrangeira. Nunca fui nem serei. Tenho um escolha de músicas semanais no blog e grande parte delas é estrangeira. Acho, só que o uso da música estrangeira nesse comercial é gratuita. Mas agradeço a sua colocação. Um bom 2010, cheio de realizações pessoais! Um abraço.

8 01 2010
Kerolin

Devo estar bastante atrasada com a crítica; eu li aos comentários mais bem escritos como suas respectivas respostas e não me lembro de alguém ter citado algo que você simplesmente ignorou (sem ofensas).

Eu não sei se isso se chama conveniência ou se foi só um ponto que você não viu mesmo. Um dos elementos básicos da comunicação é a imagem, que na minha opinião se sobrepõe a fala. Perceba que se você acompanhar o comercial do início ao fim, dá pra entender claramente a mensagem, a música só serve mesmo pra dar melodia, emoção, além de prender um pouco a atenção também. Eu não estou defendendo um outro idioma, mas esse não é o ponto.

Talvez no final, quando o locutar anuncia “O Boticário”, ele pudesse passar uma mensagem como tinha naquele outro comercial “a beleza é contagiante”; E então toda a música que se resume a uma luz que você vai deixar brilhar, pudesse ser traduzida por “Neste natal, deixe a sua luz brilhar”.

Como o outro menino que comentou, eu também sou apenas adolescente. Mas isso tem muito mais a ver com a cabeça aberta para esse nosso mundo global. Duvido muito que você ainda sustente a sua argumentação da maneira que fez quando publicou esse post; mas pelos tantos agradecimentos à discussão que você fez, acredito que as críticas tenham sido construtivas e que você não vai mais repetir essa falta sem antes tentar ver todos os elementos.

Eu tenho um blog também, e mesmo sendo apenas um “espelho de narciso”, eu procuro sempre abusar das possibilidades dos prós e contras.
Aproveite bem o seu espaço e deixe a sua luz brilhar.

Até mais,
Kerolin