Conversa com Lisa Unger, de seu site:

Escritora: Lisa Unger
O que de sua experiência nova-iorquina aparece no livro Belas Mentiras?
O lugar é todo baseado na minha própria experiência vivendo em Nova York. O apartamento de Ridey é exatamente como me lembro do meu primeiro apartamento na cidade, em East Village. Ela acena para taxis no mesmo lugar onde eu fazia isso. Lugares como Five Roses e Veniero’s são lugares reais de que eu gostava. As ruas por onde ela anda, as paradas do metro, tudo é baseado na minha vida nova-iorquina. Sempre gostei de Nova York, mas foi depois que deixei a cidade que as memórias de sua beleza ficaram mais claras.
Ridley é parecida com você ou diferente?
Ridley é mais como eu do que qualquer outro personagem que me visitou; mesmo não sendo exatamente como eu. Ela é menos experiente e ingênua do que eu e teve uma criação mais perfeita do que a minha, ou pelo menos ela pensava assim. Ela tem mais medo de compromissos do que eu. Não sei se eu teria feito as mesmas escolhas que ela, mas muito das observações que ela faz são semelhantes às minhas: suas reflexões sobre a vida, o amor, sexo e o que define uma família são próximas do que eu teria dito, caso essas perguntas me tivessem sido feitas.
O que você gosta de ler pelo prazer de ler?
Para a maioria dos escritores ler é seu primeiro amor. Sou uma leitora ávida. Fui a vida inteira. Quando virei uma escritora profissional, perdi um pouquinho daquele amor. Tem sido difícil ultimamente ler ficção sem ser crítica. Isso quer dizer, estou sempre estudando o que estou lendo, pensando “uhn, aquilo não funcionou…” ou “ por que eu não escrevi isso?” Sinto falta da maneira como eu lia antigamente, me deixando envolver pelo livro. Hoje eu sei que se eu me deixo levar pela história que estou lendo um mestre.
Que escritores mais a influenciaram?
Meus escritores favoritos são: Truman Capote, Gabriel Garcia Marquez, John Irving, Ayn Rand, Keri Hulme, Tolstoy, Tolkein … Se fui influenciada por eles? Acredito que sim, de alguma maneira, já que seus livros foram os que me inspiraram a me tornar uma escritora. Foi com livros destes autores que cheguei a conclusão de que se posso ler, se posso imaginar, posso criar estes mundos. Gosto da combinação do belo com o terrível, a bela tristeza e feia realidade de Capote, o realismo mágico onde o extraordinário, o supranatural existe lado a lado com o mundano em Marquez. Admiro a loucura e a profundeza de emoções humanas em Irving, o brilhante e épico panorama de Rand. Não poderei nunca me comparar a esses titãs. Os seus talentos são uma forma de inspiração para a vida inteira.
Em 2008, a Arx publicou o livro Verdade Roubada da mesma autora que continua com a vida e as escolhas feitas por Ridley Jones, principal personagem do livro Belas Mentiras.

Após sofrer o impacto da perda de Max, o tio que acaba se revelando seu pai biológico, a jovem Ridley Jones precisa encarar os fatos – a vida que construiu se sustentou em mentiras. E, para ser feliz, ela precisa desmascarar cada uma das pessoas com quem convive e encontrar respostas para os mistérios impostos pelo destino. Para isso, Ridley conta com suas habilidades como jornalista e com os recursos do cyber-espaço. Numa página codificada da internet, pode haver a pista mais importante. Ao voltar para suas raízes, a solução pode aparecer.






