
Biblioteca, 1949
Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992)
Óleo sobre tela
As grandes casas editoriais nos EUA tais como a Random House estão em pleno processo de cortar seus orçamentos, de cortar o número de empregados e estão também em processo de re-estruturação organizacional. A Houghton Mifflin Harcourt parou de adquirir manuscritos para o resto do ano.
O mundo editorial ainda está tentando absorver as más notícias do início do mês quando foi anunciado que diversas editoras começaram a despedir seus empregados e congelar os salários daqueles que permaneceram com estas companhias. Tudo isso está acontecendo em pleno período natalino, responsável por 25% de todas as vendas do ano para as editoras.
Ninguém pensou que as editoras fossem passar pelo período de declínio econômico no país sem sofrerem algumas conseqüências. Mas quando as mudanças na Random House foram anunciadas no mesmo dia em que a Simon & Schuster e a companhia de publicações cristãs de Thomas Nelson, anunciaram também redução do quadro de empregados dessas companhias, o setor editorial dos EUA levou um choque,
Mesmo tomando conhecimento dos problemas da economia, a maioria das pessoas no mundo editorial ainda mantinha um enfoque otimista. Livros, eles sabem de outras crises econômicas, são à prova de recessão, porque são baratos. Pelo menos é este um dos princípios em que a indústria editorial americana sempre acreditou.
Mas Larry Robin, dono da livraria Robin’s Book que está no ramos desde 1960 não acredita que se possa acreditar mais nisso. No mundo de hoje, livros já não são tão baratos. Com o computador, com os Ipods, você consegue todo tipo de entretenimento barato. Sua livraria que existe no centro da cidade da Filadélfia desde 1936 está também fazendo uma re-estruturação. Vai deixar de vender livros novos e se transformar num sebo. Era uma questão de poder ficar ainda neste ramo por mais um ano. Mas, não vejo futuro nisso. Não vejo a economia melhorar em tão pouco tempo. E tampouco vejo o modelo econômico de comércio a varejo como nós conhecíamos, voltando.
Livrarias independentes há muito tempo que estão com dificuldades de sobrevivência nos EUA. Sofrem desde que apareceram as grandes cadeias que compram muitos volumes, conseguem descontos das editoras e revendem com uma margem muito menor do que a necessária para que uma livraria independente sobreviva. Mas hoje em dia, até as grandes cadeias de livrarias, tais como Costco, Barnes & Noble, Borders e Books-a-million estão vendo suas vendas diminuindo, graças à concorrência das vendas on-line de companhias como a Amazon.
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Este artigo é uma tradução liberal do artigo do site da NPR, National Public Radio, em Washington DC.
Para ler este artigo da NPR na íntegra, clique AQUI.





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