Ontem 16/9/2008 o jornal The New York Times publicou um artigo de na seção de ciências por Nicholas Wade revelando que o estudo do genoma para combater doenças está se saindo menos promissor do que o esperado.
O entrevistado é o renomado geneticista David B. Goldstein que trabalha na Universidade Duke no estado da Carolina do Norte. Goldstein, conhecido por sua pesquisa sobre as raízes genéticas da população judia, afirma que ao contrário do que se pensava anteriormente, quando se começou a fazer a decodificação do genoma humano, não estamos mais próximos de descobrir curas para doenças até agora incuráveis, tais como Alzheimer. Na verdade muito pouco foi descoberto para justificar, não só os gastos de 3 bilhões de dólares, como para encorajar maior dedicação das companhias Affymetrix e Illumina que desenvolveram poderosos chips para escanear o genoma humano. Goldstein não tem dúvidas de que ainda não há nenhuma esperança concreta para a idéia de uma medicina personalizada. Estamos, na verdade, muito longe disso e muito aquém do que esperávamos.
A razão é muito simples, de acordo com Goldstein: a seleção genética natural é muito mais eficiente do que pensávamos ao peneirar as variantes genéticas que causam doenças. Assim, ficaria quase impossível estudar um número suficiente de pacientes para se chegar a uma conclusão satisfatória. Mas pesquisadores dedicados à caça de doenças no genoma humano, não concordam com ele. Eles sugerem que estudos feitos com um número maior de pacientes trarão resultados, mostrando um maiores variantes fomentadoras de doenças.
Acredito que teremos ainda que esperar para ver quem está certo. É claro, que há interesse dos pesquisadores em defenderem a continuação da pesquisa. Afinal eles se dedicam há muito tempo a este trabalho que imaginam continuar. Só o tempo dirá se a seleção natural será capaz de vencer até mesmo a dedicação deles.






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