Curiosidade literária

19 06 2023

Pouco se fala no outro grande sucesso de Shakespeare, além de seu legado literário. Apesar de suas primeiras peças teatrais serem hoje consideradas ainda imaturas, faltando um certo refino de forma, ela foram, em seu tempo, grande sucesso de bilheteria.  Comédias como  “A comédia de erros” (1623) e dramalhões como “Tito Andrônico” (1594)  representaram bem o gosto popular, rendendo a William Shakespeare o suficiente para sair da pobreza e viver como um “country gentleman”. Ele conseguiu especular financeiramente  comprando  e vendendo imóveis, onde obteve sucesso, investindo  sempre que possível.  Também emprestava dinheiro a juros, chegando a processar na justiça aqueles que não lhe pagavam de volta.  E finalmente ele comprou  ações do Globe Theater que o fizeram rico podendo se aposentar em 1613 em  Stratford, como um homem rico.

Fonte: Secret Lives of Great Authors, Robert Schnakenberg





Verão: William Shakespeare

2 03 2023
Ilustração Georges Barbier, 1908.

“Há quem diga que todas as noites são sonhos
Mas há também quem diga nem todas, só as de verão
Mas no fundo isso não tem muita importância
O que interessa mesmo não são as noites em si, são os sonhos.”

William Shakespeare





Soneto 18 de Shakespeare, tradução Bárbara Heliodora

26 01 2018

 

 

 

fragonardPastora, c. 1752

Jean-Honoré Fragonard (França, 1732–1806)

Óleo sobre tela, 118 × 160 cm

Milwaukee Art Museum, EUA

 

 

 

Soneto 18

 

William Shakespeare

 

 

Se te comparo a um dia de verão

És por certo mais belo e mais ameno

O vento espalha as folhas pelo chão

E o tempo do verão é bem pequeno.

 

Às vezes brilha o Sol em demasia

Outras vezes desmaia com frieza;

O que é belo declina num só dia,

Na terna mutação da natureza.

 

Mas em ti o verão será eterno,

E a beleza que tens não perderás;

Nem chegarás da morte ao triste inverno:

 

Nestas linhas com o tempo crescerás.

E enquanto nesta terra houver um ser,

Meus versos vivos te farão viver.

 

Tradução de Bárbara Heliodora

 

 

Em: Poemas de amor, William Shakespeare, Tradução de Barbara Heliodora, Editora Ediouro:2001