Eve, 2012
Patricia Schappler (EUA, contemporânea)
carvão, grafite e colagem, 156 x 118 cm
“O senhor disse, faz tempo, que se todas as épocas têm sua questão filosófica central, na nossa época essa questão será o renascimento da religião como política. E assim o senhor começou a relacionar o Islã radical e sua sexualidade bizarra com o ódio ao corpo, o corpo queimado na automorte sacrificial. Esse é um gesto da mais profunda submissão. Sabemos que o Ocidente tentou, nos anos 1960, remover o pai, autoritário ou não. Foi assim que acabamos, como o senhor apontou muitas vezes e com grande proveito, com uma cultura de mães solteiras. […]
‘O pai — como sempre fazem os pais — voltou ou na forma de gângster, como em O poderoso chefão e no seu predileto Os Sopranos, ou na forma de autoridade religiosa. Existe também a tentativa do pai de excluir, quando não pisotear, a sexualidade. Pelo menos nos outros. […]
Em: A última palavra, Hanif Kureishi, tradução de Rubens Figueiredo, São Paulo, Cia das Letras:2016, p. 211
Moça lendo
O segredo da grandeza da Inglaterra, 1863
Ilustração de Duy Huynh.
Desconheço a autoria.





