Bico de papagaio, (Flores)
Colette Pujol (Brasil, 1913-1999)
óleo sobre tela, 48 x 63 cm
Asa de Arara,1950
Leopoldo Gotuzzo (Brasil, 1887 – 1983).
óleo sobre tela, 61 X 110 cm
Bico de papagaio, (Flores)
Colette Pujol (Brasil, 1913-1999)
óleo sobre tela, 48 x 63 cm
Asa de Arara,1950
Leopoldo Gotuzzo (Brasil, 1887 – 1983).
óleo sobre tela, 61 X 110 cm
Gamela com maçãs, 1980
Colette Pujol (Brasil, 1913-1999)
pastel seco sobre papel, 50 x 60 cm
Pinacoteca Municipal de Mauá, SP
Natureza morta
Burle Marx (Brasil, 1909-1994)
óleo sobre tela, 33 X 40 cm
Natureza morta
Colette Pujol (Brasil, 1913-1999)
óleo sobre tela, 50 x 70 cm
Moranga
Virgílio Della Monica (Brasil, 1889-1957)
óleo sobre papel, 27 X 36 cm
Tomates verdes e maduros
Colette Pujol (Brasil, 1913-1999)
óleo sobre tela, 40 x 50 cm
Chuchus e tomates
João Faria Vianna (Brasil, 1905-1975)
óleo sobre eucatex, 21 x 40cm
Paisagem com Flamboyant
Funchal Garcia (Brasil, 1899 – 1979)
óleo sobre tela, 38 x 46 cm
Natureza
A. Marx [Antonio Augusto Marx] (Brasil, 1919-2008)
óleo sobre tela, 63 x 71 cm
Marinha,1970
Colette Pujol (Brasil, 1913-1999)
óleo sobre tela, 43sx 64 cm
Natureza morta com bule e maçãs
Colette Pujol (Brasil, 1913-1999)
óleo sobre tela, 30 x 40 cm
Natureza morta com frutas e bule, 1996
Adilson Santos (Brasil, 1944)
óleo sobre tela, 85 x 75 cm
Garrafão com Mexericas, 1980
Colette Pujol (Brasil, 1913-1999)
Pastel seco sobre papel, 50 x 65 cm
Pinacoteca Municipal de Mauá, SP
Tangerinas
Auguste Petit (França-Brasil, 1844-1927)
óleo sobre tela, 37 x 48 cm
Natureza morta com tangerinas
Colette Pujol (Brasil, 1913-1999)
óleo sobre placa, 44 x 56 cm
Natureza morta
Gino Bruno (Brasil, 1889 -1977)
óleo sobre placa, 60 x 80 cm
Dona do Lar, 1944
Colette Pujol (Brasil, 1913 -1999)
óleo s tela, 46 x 38 cm
Abel Silva
E então começou a acontecer comigo
de encontrar a todo instante minha mãe.
Passo na fila da carne
lá está ela esperando a vez
chego comovido e irritado
vou tocar-lhe o ombro e dizer
bobagem, mãe!
pede a carne pelo telefone
mas logo percebo o engano me afasto
e a senhora desconhecida
ganha mais um metro na direção do balcão.
No táxi
vou gritar ao motorista que pare
minha mãe está na esquina sob o sol
não há dúvidas é ela
se protegendo da chuva sob a marquise
perplexa no arrastão ondeante de corpos esguios
perigosamente lenta na correnteza de meninos sem mãe
subitamente estrangeira
(minha mãe tão brasileira!)
sob códigos confusos
minha mãe nas mulheres entrevistadas pela TV
reclamando dos preços absurdos de tudo
nos bancos da rodoviária
na fila dos aposentados
minha mãe se multiplicando pelas ruas de minha cidade
onde carrego meu buquê de esperanças devastadas e sonhos implodidos
um mil séculos-luz longe do ninho
do ponto obscuro
uterino
de que hoje sou futuro.
Em: Mundo delirante: poesias, Abel Silva, Rio de Janeiro, Europa: 1990, p. 88

Poços de Caldas
Colette Pujol (Brasil, 1913 – 1999)
óleo sobre madeira, 19 x 29 cm