Madame Mim não quer bagunça, ilustração Walt Disney.
Este fim de ano está mais caótico do que eu poderia imaginar. A essa altura vocês já devem ter notado alguma irregularidade nas minha postagens. Sim, elas não estão normais, nem tão regulares. Mas dentro em breve devem voltar a um ritmo mais ou menos normal. Seria um absurdo eu listar tudo o que deu errado. Ninguém acreditaria. Mas aos poucos, dia a dia, estou conseguindo vencer essa nuvem de pequenas e grandes frustrações, a maioria das quais ninguém é realmente culpado. Eu disse maioria das quais.
Na segunda metade de outubro comecei a dar uma repaginada aqui em casa. Mandei pintar alguns cantos, reorganizei móveis, troquei de fontes de luz e me entusiasmei, porque tive confirmado um almoço que darei para amigas escritoras, agora no final de semana, dia 20, aqui em casa;
Como estava tudo indo de vento em popa, eu me entusiasmei e decidi, com aquela famosa expressão que meus amigos portugueses adoram, bem eu decidi que: já agora, iria também fazer o mesmo no meu escritório. Poderia pintar de novas cores as paredes, remanejar alguns móveis, organizar estantes, selecionar livros. E me joguei de corpo e alma ao trabalho. Nesse meio tempo meus objetos decidiram me dizer que precisavam de assistência: perdi o som no meu computador. todas as minhas lives tiveram que ser via telefone… HORRÍVEL! O ventilador de teto da sala parou e dias depois caiu antes mesmo do novo ventilador chegar. E assim, uma sucessão de pequenos acidentes se perfilou no meu dia a dia.
Nesse meio tempo o apartamento acima do meu, que estava em reforma desde agosto, estava a ponto de ser habitado. E… os pedreiros fecharam as paredes escondendo, sem querer, um vazamento substancial. O que na minha vida já andava caótico, de repente em coisa de quatro dias passou de água no chão de um banheiro, para um balde d’água cheio a cada quarenta e cinco minutos, em um dos banheiros, com água vinda do teto. Todos os três foram afetados, porque afinal todos pertencem à mesma coluna. Mas o hall interior também teve água descendo pelos spots. Não era problema da coluna. Era dentro da parede novinha do apartamento de cima. Levamos alguns dias para descobrir e desde 12 de novembro até dia 15 de dezembro algumas coisas aconteceram enquanto esperávamos as paredes secarem: mofo, mofo e mofo e massa dos tetos caindo, tetos rebaixados esburacados, portas empenadas. E consegui desenvolver uma tremenda alergia. Um desastre muito maior do que se pode imaginar. Tem sido difícil. Objetos elétricos não funcionam. Novas tomadas precisaram ser colocadas. E hoje finalmente a pintura começou. Vão terminar tudo sexta-feira, véspera do meu almoço. O que vou servir? Ainda não sei. Mas contratei duas pessoas que começam a me ajudar a partir de amanhã. Só os livros de volta nas estantes é que precisam ser recolocados só por mim. Mas essas duas pessoas, profissionais de limpeza e organização irão tomar as rédeas da casa. Porque, francamente. estou exausta.
As bruxas se esqueceram de voltar para casa depois do dia 31 de outubro. Mas o bem sempre vence… elas estão armando suas vassouras para decolar. Voltarei a postar regularmente. Só não posso prometer quando. Mas estou por aqui. Viva. Sobrevivente. Ainda nos falamos antes dos feriados.





