Sobre o ciúme: José de Alencar

19 03 2025

Leitura, 2011

Reynaldo Fonseca (Brasil, 1925-2019)

óleo sobre tela

 

 

“O ciúme não nasce do amor, e sim do orgulho. O que dói neste sentimento, creia-me, não é a privação do prazer que outrem goza, quando também nós podemos gozá-lo e mais. É unicamente o desgosto de ver o rival possuir um bem que nos pertence ao cobiçarmos, ao qual nos julgamos com direito exclusivo, e em que não admitimos partilha. Há mais ardente ciúme do que o do avaro por seu ouro, do ministro por sua pasta, do ambicioso por sua glória? Pode-se ter ciúme de um amigo, como de um traste de estimação, ou de um animal favorito. Eu quando era criança tinha-o de minhas bonecas.”

 

José de Alencar, em Senhora, em domínio público.


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