Bonbon
Maria Rivans (Inglaterra, contemporânea)
colagem e posterior gravura
As colagens e gravuras de Maria Rivans, artista plástica contemporânea, inglesa têm me fascinado desde que conheci seu trabalho. Gosto da combinação de arte pop, e outras levas do passado. A obra de Rivans está enraizada na tradição estabelecida por Andy Wahrol. Como ele, ela retrata celebridades, principalmente de atrizes de Hollywood de décadas passadas, famosas por filmes clássicos, como são as colagens e gravuras: acima, retratando Sofia Loren, ou a abaixo, retratando Elizabeth Taylor.
Kailani
Maria Rivans (Inglaterra, contemporânea)
colagem e posterior gravura
Maria Rivans explora também a colagem com raízes no próprio movimento pop inglês, iniciado pelo IG Grupo Independente, em Londres em 1952. O que lembra o trabalho dessa época, é a semelhança com as colagens de Richard Hamilton, nas figuras aparentemente sem conexão, soltas em proporções diversas. Esse trabalho de colagem do grupo inglês foi um passo além das obras inspirados pelos primeiros surrealistas, como Max Ernst, famoso por suas novelas colagem.
O que faz nossas casas hoje tão diferentes e sedutoras?, 1956
[Just what is it that makes today’s homes so different, so appealing?]
Richard Hamilton (Inglaterra, 1922-2011)
Colagem
Museu de Arte, Tubingen, Alemanha
Prestando atenção aos adornos de cabelos nas colagens de Maria Rivans dá para notar imagens de tamanhos diferentes, aparentemente sem relacionamento umas com as outras, mas caprichosas nas escolhas.
Lily
Maria Rivans (Inglaterra, contemporânea)
colagem e posterior gravura
Além dessas deliciosas referências a diversas etapas de movimentos artísticos do século XX, Maria Rivans também faz um belo aceno à arte Rococó do século XVIII. Talvez por pintar a ‘nobreza’ Hollywoodiana, ela também tenha querido dar um ar nostálgico, frívolo e de belas cortesãs às beldades retratadas ao nos lembrar do grande volume e das intrincadas construções das perucas usadas na corte de Maria Antonieta.

Exemplos de perucas do século XVIII na França.
É sempre gratificante ver como os artistas se colocam no contexto das artes. Maria Rivans está aqui nos dizendo: “Olhem só, sou do século XXI, estou usando técnicas e abordagens de minha época, mas minha arte está enraizada numa sequência de conhecimentos adquiridos através dos tempos.”
Judy
Maria Rivans (Inglaterra, contemporânea)
colagem e posterior gravura









