Samba, 1928
Emiliano Di Cavalcanti (Brasil,1897-1976)
óleo sobre tela, 64 x 49 cm
Coleção Fadel
O samba
Batista Cepelos
Na noite em que algum santo se festeja,
Junto à fogueira, o samba principia,
Logo o pandeiro elástico estrondeja,
Ronca e muge o tambor, numa porfia.
Que extravagante, singular peleja:
Este, rapidamente rodopia;
Aquele, desconjunta-se e rasteja,
Numa parafusante cortesia.
E, em lânguido meneio, as raparigas,
Agitando os vestidos encarnados,
Cantarolam estrídulas cantigas.
E, no ardor da frenética loucura,
Os pares, em pinotes compassados,
Veia juntando cintura com cintura.
Tão expressivo que a gente tem vontade de puxar um banquinho e sentar nessa roda de música!
Sabe que quanto mais vejo a obra de Di Cavalcanti, mais gosto dela? Isso já vinha acontecendo há algum tempo. Há uns poucos anos atrás, talvez 2019? Fomos a Sâo Paulo e vi uma exposição retrospectiva dele. Caí de amores por ele. Ver o conjunto da obra foi de grande impacto para mim.
quadro lindo do Di, também adoro os quadros dele
Para mim foi uma descoberta gradual. Hoje sou fã do trabalho dele.