Charles Dickens foi um dos grandes fenômenos da literatura inglesa. Poucos sabem, no entanto, que nos dias de hoje talvez ele fosse considerado com um leve caso de TOC, transtorno obsessivo compulsivo. Porque seu comportamento quanto à arrumação de mobiliário era fora da norma.
Dickens se recusava a escrever em qualquer cômodo se mesas e cadeiras não estivessem organizadas de maneira específica. Se, porventura, ele estivesse visitando uma pessoa amiga, ou passando alguns dias em um hotel, providenciava, de imediato, que tudo naquele quarto fosse re-arrumado a seu gosto. Não bastasse isso, ele também era obsessivo com sua própria aparência, escovando seus cabelos dezenas de vezes em um dia, mesmo depois que começou a perdê-los. Era capaz de passar o pente nos cabelos, mesmo durante um jantar formal, se sentisse que havia uma mecha fora do lugar.
Além disso Dickens era muito supersticioso. Tocava três vezes em tudo, para dar sorte, considerava sexta-feira seu dia de sorte e curiosamente, sempre saía de Londres, no dia em que o último capítulo de seus livros publicados em série nos jornais, saía impresso e distribuído a seus leitores.
E, ainda sem explicação: Dickens insistia em dormir com sua cabeça de frente para o Polo Norte.
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Texto traduzido do livro:
Secret Lives of Great Authors: What Your Teachers Never Told You about Famous Novelists, Poets, and Playwrights, de Robert Schnakenberg, Kindle Edition, 2008





